Thursday, February 24, 2005

22022005

Escrevi no dia, mas só deu pra postar hoje...
É. pois é. É meu niver, e daí? Tô aqui com meu note, meu charuto e minha champagne (que já passou para conhaque), que na verdade não é champagne, pois não é da região de Champagne, e não é conhaque pelo mesmo motivo, não é da região de Cognac, então, cá estou com meu Notebook, meu Charuto baiano - não cubano -, meu Frisante e meu Brandy...

Parabéns pra você nesta data querida... e que tudo o mais vá pra o inferno... Simples manifestação existencialista de quem já não sabe se é crente, ateu ou agnóstico, embora filosoficamente tenha comigo que não é possível ser ateu, kantianamente falando, pois não há como não acreditar em Deus tentando provar sua não-existência (não-existência do que não se acredita já é um paradoxo). Isso já uma crença! Assim, para não dizer - retro-ativamente - que creio, melhor agnóstico, do que ateu, o que seria muito triste!

Mas é sobre aniversários que vou falar...estando aqui, meio isolado de tudo e de todos, repenso o sentido da data. Afastado do sentido capitalista do aniversário, sobrou o sentido humano: considerações. Só considerações, sem presentes comprados e pagos com dinheiro suado do trabalho de alguém, que provavelmente foi explorado na sua força-trabalho - longe da mais-valia - e que assim ajudou a engordar uma cadeia de exploradores que vão cada vez mais enchendo suas bundas enormes de dinheiro explorado, gerado por gente explorada que muitas vezes não pode nem comprar o produto de seu trabalho explorado. E mesmo os exploradorezinhos são ao mesmo tempo motor e engrenagem de um sistema maior e impessoal, onde tratados são feitos sob as aparências da legalidade, favorecendo os ricos - cada vez mais ricos - em detrimento dos pobres - cada vez mais pobres.

Bem, mas isso tudo não é nem novidade e nem sobre aniversários... talvez seja porque ainda estou meio entorpecido pelos dois ótimos filmes que assisti no fim de semana:

"The Yes Man" - um filme sobre um grupo de ativistas que incorporam os representantes da WTO (World Trade Organisarion) e aparecem em palestras, seminários, rádio e TV, dizendo uma série de bobagens, para desmoralizar a WTO, passando a verdadeira mensagem de que eles são uns verdadeiros exploradores, bandidos e assassinos, pelo jeito que conduzem os tratados internacionais, priveligiando os países ricos com uma série de imposições aos países pobres. Nós, brasileiros, que digamos, sobre os Estados Unidos (vide ALCA). A mais recente é que se fez passar por um porta-voz da empresa Dow Química, responsável por uma das maiores catástrofes industriais da história, o desastre de Bhopal, na Índia (após vinte anos, o acidente continua matando uma pessoa por dia). O "porta-voz" conseguiu convencer a surcusal francesa da BBC de que a Dow estaria preparando uma indenização bilionária aos parentes das vítimas. A matéria foi ao ar e causou a queda das ações da empresa.

O outro filme chama-se "Edukators", com uma atmosfera de idealismo romântico, socialista-marxista, três jovens brincam de invadir casas de pessoas ricas e deixar mensagens que os façam pensar na condição deles perante a miséria do mundo... e educa-los. Por mais desatualizado que o tema possa parecer, é sempre atual, pois são questões que observamos diariamente, e cada vez mais. Quem diz que Marx está ultrapassado (eu não diria isso!) talvez esteja fazendo uma referência rasa à época de Marx, certamente não às idéias, principalmente se as interpretarmos sob a luz da modernidade. Como já disse pelas palavras de Max de Castro no post anterior, "atrás da mais-valia só não vai quem já morreu". E para citar o saudoso Arnaldo Xavier, "Citar Mais é de Marx, né?"

Fui!

Tuesday, February 22, 2005

O Vírus Móvel

Primeiro vírus para celular do mundo chega aos EUA

Esta é a "atitude hacker" que eu gosto de ver... sem apologias à criminalidade - pois não o é! Mostra a fragilidade das tecnologias, e conseqüentemente das empresas que oferecem - e exploram - estas tecnologias. Ou seja, ninguém está seguro, na busca das futilidades...

Tuesday, February 15, 2005

A Ética Consumista e o Espírito Desumano

um texto para hiperlinks

Permitam-me chamar meu camaradinha Max de Castro para umas palavrinhas [hiperlink1 - que se não é meu camaradinha é porque ainda não teve a oportunidade]: "Se hoje eu posso consumir eu sou cidadão, amanhã se não então eu sou marginal" [hiperlink2 - É, pois é, não há mais girassol/A tarde inteira o sol bronzeia os urubus/Pagando os pecados debaixo do Equador/Atrás da mais-valia só não vai quem já morreu/Se hoje eu posso consumir eu sou cidadão/Amanhã se não então eu sou marginal/Mas a mesma indiferença que cultiva o jardim na capital/É a mesma que o envenena e espalha o terror//É meu caro amigo, o mar está revolto/É sangue no olho, não dá pra segurar/Já deu meio-dia, não tem mais perdão/A sombra mais curta, o fim do erro mais longo//Ah eu quero ver o que vai acontecer/com quem fica no poder, quem não faz e não deixa fazer//Ah eu quero ver, pra onde vai correr/Quem fez tanta gente sofrer, na hora de quem nunca teve vez/Eu quero ver, se não muda o proceder/De quem gosta do poder, quem não faz e não deixa fazer.]

São os sinais dos nosso tempos... a ética consumista [hiperlink3 - Comportamento que expõe o desejo descontrolado por consumir, geralmente influenciado pela mídia, que leva as pessoas a consumir muito mais do que necessitam para sobreviver, herança cultural do sistema capitalista que não pára de produzir, e as pessoas, mesmo não precisando, se deixam levar pelo desejo de comprar, seguindo uma tendência ou para sentirem-se mais felizes e prazerosas.] engolindo a conduta, o comportamento, o tratamento das pessoas, onde você nada mais é que seu crédito. Nem o seu dinheiro é importante, mas o crédito, pois sem o crédito seu dinheiro não tem valor [hiperlink4 - simples assim: você com dinheiro na sua conta, mas sem cartão de crédito, por limite excedido, e seu cartão do banco não funciona]. Aí, aquela mesma cara amigável que costuma passar seu cartão de crédito na máquina comedora de dinheiro, recua um pouco ao receber a mensagem "transação não concluída" e pergunta se você tem outro cartão. Quando você responde que não, aí você passa automaticamente para a categoria dos indesejáveis, problemáticos e indígnos, só para ser curto... As expressões mudam nos rostos iguais - ainda iguais, porém não cordiais: você fugiu do padrão passarcartão-entregarcartão-sorrir-agradecer, e cuspir aquele sorriso plastificado, decorado em cursos de marketing pessoal de segunda categoria [hiperlink5 - sorrisos plastificados e vazios são ensinados em cursos de marketing pessoal, ou atendimento ao cliente, esquecendo-se que o corpo todo fala, e fala mais que qualquer palavra ou expressão pré-ensaiada e impressa em rostos tristes]...
to be continued...

Wednesday, February 09, 2005

Soltando a Língua III, ou "O linguarudO"

Como já me comentei no Soltando a Língua II, estou desenhando o projeto de um livro de frases que pretendo chamar de "O linguarudO - Um Guia Básico de Sobrevivência ao Redor do Mundo", que pretende abranger o Português, o Inglês, o Espanhol, o Francês, o Italiano, o Japonês, o Russo, o Neederlandês e o Checo. Coincidentemente as línguas que "flerto", seja falando, estudando ou tentando me comunicar! As futuras pretendidas são o Romeno, o Alemão, o Chinês, o Latim, o Grego, o Hebraico, o Árabe, o Afrikaner e o Tupi, não necessariamente nesta ordem.

O esboço está quase pronto. Eis a primeira idéia de uma TOC (Table of Contents):
  1. Introduzindo…
    1.1 Proposta, Objetivo & Método
    1.2 Modo de Usar

  2. O Som da Palavra
    2.1 Um Guia de Pronúncia

  3. Pronomes (& Outras Cosinhas) Pessoais & Impessoais

  4. Particularmente…

  5. Perguntas Úteis & Comuns

  6. Batendo Um Papo…

  7. Números, Dinheiro, Horas, Dias, Tempo

  8. Um Pouco de Gramática

  9. Situações & Vocabulários
    9.1 Chegando
    9.2. Ficando
    9.3. Comendo
    9.4. Comprando
    9.5. Saindo
    9.6. Turistando
    9.7. Se Dando Mal...

  10. Expressões & Cultura
E antes que alguém diga, eu sei que ninguém vai precisar de um livro de frases Tupi... é o que parece não é? Mas vai que aparece um gringo louco que quer ver índios...

É isso aí!