Tuesday, March 20, 2007

Parabéns, Senhor Arbusto

A coisa é: embora anunciado amplamente por uma parte da imprensa americana o "fato" de (quem ainda não acredita?) o Senhor Arbusto ter entrado na guerra pelo sujo e vil petróleo, não se vê nada acontecendo para mudar a desapropriação que dos nossos vizinhos da direita (do ponto de vista Europeu, é claro. Do ponto de vista Latino-Americano eles são "colegas de continente") promoveram no Iraque.

Na louca e deslavada mentira da paz - paz pela guerra, é mole? - e de combater o terrorismo - ou combater a oposição, dá na mesma! - o Sr. Jorge Andador Arbusto não se cansa de pedir a colaboração do povo americano, que além de ser submetido à guerra - uma guerra que, se não é travada em território americano, traz o terrorismo para mais perto do americano comum. Ainda se fosse opcional, vá lá, mas após a convocação, o comparecimento é obrigatório. E ainda que eles mandem muitos não-americanos para a linha de frente, não muda o número de mortos (uma lista pode ser encontrada aqui).

Monday, March 12, 2007

:- crônicas do amanhã -:

SIMPLESMENTE… SER

Sem pensar no que somos, donde e ao que viemos. Somos, apenas... com a deliciosa dúvida da escolha: ou acolá, agora ou depois, isto ou aquilo, hoje ou amanhã... ah, como é bom poder escolher! Mesmo escolhendo errado – o que às vezes pode ocorrerainda assim é o “poder” da escolha, pois somos seres fadados ao plano cartesiano espaço x tempo: temos que escolher, e bem; o melhor que pudermos, ao menos, pois o tempo, invariável, passará, e se nossa escolha não for a correta, este tempo estará perdido para sempre.

Fôssemos diferentes, todavia, poderíamos, brincar com tais equações: se não nos subjugássemos à rigidezespaço x tempo”, por exemplo, teríamos tudo ao mesmo tempo agora. Não precisaríamos decidir entre estar aqui ou ali – poderíamos estar nos dois (ou mais) lugares ao mesmo tempo. Tampouco precisaríamos nos preocupar em fazer isto ou aquilo – faríamos tudo ao mesmo tempo – e tempo” não passaria de uma medida tridimensional, que poderíamos arrastar para , para ou acolá, conforme a conveniência.

Outra maneira de subvertermos o espaço x tempo, seria se fôssemos imortais. Daí, a próxima pergunta, uma vez passada a euforia que a idéia da imortalidade carrega emmesma, seria “o que fazer com isso”? Quem agüenta ser imortal?

Nada fácil pensar numa continuidade sem fim, semobjetivo”. A finitude das coisas nos dá o parâmetro necessário do nosso esforço e objetivo. Sendo assim, nossa finitude é a coisa mais natural – e esperada! – da nossa vida mortal. não sabemos quando, e pensamos em adiá-la o máximo possíveldentro dos limites humanos da dignidade.

E o que dizer quando essa “naturalidade” é interrompida pela mão brusca da natureza (ou de deus, para os gnósticos)? Quando algo que vinha no prumo se desconchava, quando um pai perde o filho... é difícil entender a cosmologia.

Já se foi dito que se os cavalos ou os bois pudessem esculpir, fariam estátuas de deuses à sua semelhança e os adorariam... tal qual fazem os humanos!

Friday, March 09, 2007

2 gigs

Depois de perder Herbie Hancock tocando em Dublin, Bill Frisell eu não perco não! Será 12/05/07 no Vicar Street, juntamente com outros dois músicos - Martin Hayes e Dennis Cahill. Engraçado que no site de Bill, o show está anunciado como "Bill Frisell with musicians Dennis Cahill and Martin Hayes", enquanto no Vicar Street, "Dennis Cahill, Martin Hayes and Bill Frisell". Será porque Dennis Cahill e Martin Hayes são irlandeses? Bem, como não os conheço, não posso dizer se seus nomes deveriam ou não estar na frente no anúncio... Direi depois do show.

Outro não tão imperdível assim, mas igualmente "worthwhile" será E.S.T. - Esbjörn Svensson Trio - suecos que fazem um jazz justo... e como andamos carentes de jazz por aqui, vale a pena conferir, dia 16/03/07 também no Vicar Street. Aliás, o Vicar street sempre traz coisas legais... foi lá também a prineira vez que assisti The Bad Plus ao vivo... WOW!
E.S.T.

Thursday, March 08, 2007

dia da mulher

Totalmente contra os meus princípios, vale um comentário no "dia da mulher". Primeiro, acho que o dia da mulher não devia ser comemorado. Nem o dia da criança, ou idoso, assim como não tem o dia do homem. Dia do carteiro, da secretária, do aviador, do livro, da música, de São Pedro, Nossa Senhora da Aparecida, etceteras, vai lá, pois são profissões, coisas, santos, ou nada disso. Também sou contra a comemoração do dia do negro e do índio, já que não há o dia do branco. Gênero e raça não deve ser comemorado, pois vira pura súplica desesperada pelo reconhecimento, assumindo assim um papel menor. Se papéis e posições sociais foram alcançadas ao longo da história, que sejam desfrutadas olhando-se para a frente. De nada vale lembrar que a humanidade foi horrível no passado - e ainda é em muitos lugares. "Mas e o preconceito?", perguntarão uns... Sim, é uma coisa estúpida, que deve ser combatida sempre e com fervor, mas ainda acho que não justifica a comemoração de datas, que só trazem à memória o passado de uma situação desumana.