Monday, October 06, 2008

Rumo à Presidência Mundial

A campanha da revista britânica The Economist da semana passada me chamou a atenção: "Global Electoral College - What if the whole world could vote". A proposta é de coletar votos pelos 4 (?) cantos do mundo, e ver quem ganharia a eleição se todos pudessem votar (veja também If the world could vote).

Nada mais lógico, afinal não são os ianques - tanto os do norte como os do sul - que pleiteiam o conhecimento universal do que é melhor para o mundo? Pois votemos todos, então! Seria o primeiro passo para uma presidência mundial - certeira prenunciação Nostradâmica, se não me falha a cachola... ou Orwelliana... seria Huxleyísta... ou Wellsiana... acho que todas...

Mas se a presidência mundial ainda soa utópico, a coisa pode ficar mais concreta se "pensarmos em blocos", como diria Mr. Lego.

Diretamente da Legolândia

Uma presidência européia parece cada vez mais cristalina no horizonte do provável, com a inevitável aprovação do Tratado de Lisboa (fruto do árduo trabalho diplomático de Sarcozy), suponhamos que abrace também a sonhada União Mediterrânea - os 27 Estados europeus mais Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Tunísia, Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Turquia e Palestina - e mas o que restar da África. China e Rússia consolidariam a União Asiática, levando de quebra a Oceania. Ao Brasil restaria fazer lobby junto aos EUA e o resto das Américas e tentar criar os Estados Unidos DAS Américas, e pegar uma posição confortável - isso se conseguir dobrar o neo-comunismo emergente se Chávez e companhia.

Mas tudo isso seria bom ou ruim? A imposição des modelos econômicos e políticos dos países desenvolvidos - seria esse o o resultado de tal passo rumo à globalização, digamos, total?


Pode parecer algo inalcançável - ainda - mas a configuração econômica atual já nos mostra a tendência de 3 grandes blocos - Américas, Europa + África e Ásia + Oceania.

Nós mortais, do lado de cá da fronteira - aquela que separa os cafetões seus clientes das putas... ou você tem dúvida de que lado nós estamos? - nós, do lado de cá, vamos tentando, dignamente, ganhar o vil metal, que se torna cada vez mais vil ao vermos como os cafetões usam o dinheiro que nós, putas e putos, suamos pra ganhar, nos submetendo a caprichos por vezes desumanos dos manipuladores de idéias e capitais.


Tudo é igual em qualquer lugar. Há pobreza e exploração em todos os lugares do mundo - alguns países com mais, outros com menos. A grande diferença se dá onde além da pobreza há também a miséria. Sob condições miseráveis, o ser-humano perde suas nobres qualidades, e age insanamente, guiado pelo último instinto que lhe resta: o da sobrevivência.

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