Tuesday, March 31, 2009

uma receita ecológica


Andam questionando para onde vai o óleo de cozinha usado... depois que ele não serve pra mais nada, o que você faz com o óleo? Joga na pia? Na provada? No tanque? No lixo?

Pois é, uma empresa em São Paulo está "enchendo o bolso" de dinheiro com isso... estão fazendo sabão! Eles se dispões a coletar o óleo - não ficou claro na reportagem se coletam num ponto específico ou de casa em casa, o que me soa inviável para quem está "enchendo o bolso" de dinheiro.

Mas enfim, imediatamente me lembrei de minha querida avó Cecília, que já lá nos idos de 70 (até onde minha memória pode chegar) já fazia sabonetes com resto de outros sabonetes. Ssabe quando o sabonete fica tão pequeno que você não consegue nem manipulá-lo? Pois é, ela colocava tudo numa lata, um pouco de água e esquentava um pouco até virar uma só pedra. E também, bem me lembro, fazia seu sabãozinho à base de óleo...

Interessado? Receitas e fotos aqui na Fundação Verde.

Monday, March 30, 2009

0.00015 %

Four Courts, Dublin

Sábado passado foi o dia - ou melhor, a noite - do Earth Hour, uma iniciativa da WWF, também conhecida como "Panda", onde as luzes são apagadas durante uma hora em todo o planeta.

Uma hora? Não parece muito, parece? Alguém pode pensar "Puxa, uma hora no escuro", ou pior, "Uma hora sem TV!", ou simplesmente achar que tudo isso seja uma grande besteira. Bem, as fotos não mostram isso...

No site da WWF você pode comprovar o que aconteceu ao planeta: quase 4000 cidades e vilas em 88 países visivelmente demonstraram sua crescente preocupação com a saúde do planeta, ao apagarem suas luzes por uma hora. Um índice baixíssimo, eu diria, dada a gravidade da situação e a nobreza de sua causa.

Uma hora, para um planeta de mais de 4,5 bilhões de anos - primeiras formações da crosta terrestre datam de até 4,5 mil milhões de anos! - representa a insignificante marca de 0.0000000000025% da sua existência (isso se meus parcos conhecimentos de matemática não me traem os cálculos). Para nós, seres humanos de vida média, digamos, 75 anos, representa 0.00015%.

Achas muito?

Saturday, March 28, 2009

é hoje...

Às 8h30 (hora local) de hoje, sábado, 28 de Março, onde quer que você esteja no planeta Terra, apague as luzes... É o que vem sendo chamado de "A Hora do Planeta". Uma iniciativa realmente sem fins lucrativos - não pude imaginar nada que alguém possa se benificiar com isso. (Os fabricantes de palitos de fósforo e isqueiros? Os produtores de velas?) Diferentemente das sacolinhas plásticas nos supermercados, como já comentei neste espaço (verde, verde... muito verde!), ou a iniciativa de reciclagem onde o usuário deve dispender de seu próprio tempo e dinheiro para que colabore como a salvação do planeta... não que não devamos, numa certa proporção, mas os governos deveriam se responsabilizar mais em arrecadar recursos de acordo com a capacidade destrutiva do indivíduo: destrói mais, paga mais.

Justíssimo... como o Imposto de Renda!!! (e eu colocaria uma dose extra de sarcasmo aqui, só para garantir, caso a frase sozinha não tenha causado o impacto necessário...)

Friday, March 27, 2009

um dia daqueles...

Gozado a vida... Eu, paulistano da gema, do Ipiranga (que em tupi significa "rio vermelho"), o berço de São Paulo; adoro aquela cidade! Costumava dizer que depois de Nova Iorque e Londres, era a minha cidade predileta (isso depois de apenas visitar Nova Iorque e Londres). Tão viva, tão cheia de cultura, dinâmica e independente... na ponta do que acontece no Brasil e no mundo... Perdi a magia ou a magia me perdeu? Será que houve magia algum dia? Será que se morasse em Nova Iorque ou Londres tambem perderia o encanto? Hum... talvez...

Embora eu me sinta um pouco sem identidade (o preço do multi-culturalismo), a minha lista de prediletas vem aumentando, e nela já figuram também Barcelona, Paris, Madri, Lisboa, Berlin, Porto, Amsterdam, Bruxelas... e São Paulo também, sejamos justos - só não sei em que ordem.

Quando resolvi me aventurar mundo afora tinha em mente algo temporário - adquirir experiência profissional e dominar o inglês eram os meus objetivos. Depois da tentativa frustrada de ir pra terra do tio Sam graças aos fogos de artifício do Osaminha (eu já estava praticamente com os dois pés lá...) e uma vaga em Londres na qual tive que desistir (uma pena!) pintou a Dublin (Janes Joyce, foi a associação imediata!). Um contrato de 6 meses que poderia ser extendido para mais um ano e cá estou, há 5 anos na Irlanda! Me sinto bem, feliz de não ter caído nas garras do tio Sam e suas 60 horas de trabalho semanais (nem todos, eu sei... alguns não têm tanta sorte assim!), e mês que vem vou aplicar para a minha cidadania Irlandesa, e conseqüentemente Européia - ao menos por enquanto, né? Espero que sobrevivamos!

Sabe aqueles dias em que você se sente particularmente bem? Pois é, hoje é um daqueles dias em que me sinto assim; e não só porque é sexta-feira, nem só porque está um belo dia la fora (pelo menos estava, quando comecei a escrever este artigo), tampouco porque fechei com sucesso a TUDA ontem (o que me causa uma misto de realização e alívio!), mas porque... é um daqueles dias!

Que seja então um BELO DIA, DAQUELES!

Thursday, March 26, 2009

gases podem matar o planeta

A onda agora é ser verde. Ecologia, Sim! Viva o Verde, a Natureza, os Orgânicos... Viva o Planeta! E abaixo os agrotóxicos, os transgênicos e tudo o que é artificial... Mas cuidado: se nessa onda verde você aproveitar para instigar uma tendência vegetariana, prepare-se para receber severas críticas, não apenas dos amantes da carne (tenra, vermelha, com aquela gordurinha bem temperada...), mas de todo mundo! É que as mais novas descobertas da ciência indicam que se diminuirmos nosso consumo de carne, conseqüentemente veremos a redução na criação de animais para consumo, e assim teríamos mais áreas para plantio. O outro lado da moeda, por sua vez, reza que com o aumento da população animal no mundo, aumentaria também a emissão de gases na atmosfera... ésim, aqule famoso pum, ou peido mesmo!

Por isso, lanço um apelo:

VAMOS PEIDAR MENOS, GENTE!!!

Tuesday, March 24, 2009

janelo ou janela


Olhei pelo janelo... não havia ninguém. Esperei alguns minutos, imóvel, quase sem respirar, tentando ser o menos notável possível, na esperança que algum moleque voltasse para tocar a campainha novamente, mas foi em vão...

É assim que começo um conto meu... com a infreqüente palavra janelo - substantivo masculino usado para descrever uma pequena janela, ou ainda aquela abertura à altura dos olhos que colocam nas portas para que possamos ver quem está a bater, e assim decidir se atendemos ou não.

Na etimologia, o "bom e velho" Caldas Aulete dizia que a palavra deriva de janela. E como elemento de composição, antepositivo do latin ianus ou janus, com o sentido de 'passagem'.

Sendo assim, podemos concluir que agora podemos também dizer que "Os olhos são OS JANELOS da alma..."

Friday, March 20, 2009

é chegado aquele dia de novamente...

O Obama vai imprimir Dólares... Nós, brasileiros sabemos bem o que isso significa. Mas já andam dizendo que a tecnologia é de ponta... diretamente do Zimbabue, os especialistas no assunto (inflação.. ops, emissão de dinheiro, sim, emissão!).

Amigo acabou de voltar de Nova Iorque, onde esteve de férias por duas semanas. Outro voltou de Boston, também de férias... e eu aqui me pergunto: férias na América? Pois é... para os europeus, a Europa é local - claro! - e acaba sendo destino de final-de-semana prolongado, ou férias temáticas - golfe, ski, festivais... Pra mim tudo é novidade! Não ligo nem um pouco de passar as férias na Califórnia ou numa vila italiana...

E com esse sol maravilhoso que faz lá fora, só mesmo aproveitando pra sair mais cedo do trabalho - ah... dá uma saudades do Brasil nessas horas... - e curtir uma sexta-feira mais longa.

Já 15:30? O quê?!? Fui!

Thursday, March 19, 2009

haja proteção!

Incrível a nossa anatomia muscular, não? Como os músculos, tanto os voluntários como os involuntários, os lisos e os esqueléticos, sem esquecer aquele cardíaco, vulgo miocárdio, reagem sob atividade física. Principalmente quando o hospedeiro destes músculos é dado, por necessidade ou opção, a um estilo de vida pejorativamente chamado de sedentário: quanto mais sedento, mais sôfrego!

Sabemos, ou cremos saber, que a atividade física, seja ela qual for, obriga o aumento do fluxo sanguíneo e vasodilatação, facilitando a circulação do ácido láctico por todo o corpo, permitindo também que o mesmo seja eliminado após o esforço físico. Diz a crença popular que se tal ácido deixa resíduo, pode provocar dores musculares...

Tal dor pode ou não estar associada à inflamação das fibras musculares mas estará certamente relacionada com o tipo de contração muscular feita durante o esforço. A extensão excessiva do tecido conjuntivo muscular, a alteração do mecanismo de entrada e saída de cálcio, o estiramento muscular, e blá blá blá. E o organismo para se proteger disso tudo, liberta substâncias vasodilatadoras que estimulam as terminações nervosas geradoras de dor. Concluímos assim, brilantemente, que a dor funciona como um mecanismo de proteção!

Eu, depois de um fim-de-semana regado a golfe e tênis - não usual - diria, cá no meu canto, que me sinto PROTEGIDÍSSIMO!!!

Wednesday, March 18, 2009

it's a beautiful day indeed...


Um belo final de semana, na verdade... muito sol - frio, é claro - e muito céu azul. Inusitado, no entanto, pois num mesmo final de semana arrisquei-me não só no golfe mas também no tênis!

Foi o dia do São Patrício (Saint Patrick, ou melhor, Naomh Phádraig, em irlandês), não fomos à parada - ultimamente ela perdeu a graça, e anda resultanto em badernas isoladas - mas a mensagem foi recebida: Naomh Phádraig voltou a andar entre os vivos por alguns momentos e, ao ir embora, levou com ele as serpentes. Não aquelas do passado, tidas como divindades na cultura druída, mas estas dos nossos tempos, das nossas desavenças.

No seu caminho de volta, segundo consta dos Livros dos Colóquios dos Anciões (Acallam na Senórach), Patrício deparou-se com dois guerreiros, Caílte Mac Rónáin e Oisín, sobreviventes da eterna batalha entre O Bem e O Mal. Os guerreiros juntaram-se a Patrício, e contaram-lhe suas histórias...

Sunday, March 15, 2009

golfing in Ireland...


Ontem tive a minha primeira experiência no golfe. Depois do ski, que foi fantástico, o golfe é simplesmente espetacular!

Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre o golfe: que é esporte de rico/fresco, que não exige esforço, ou que é chato; o golfe não é nada disso... se é caro no Brasil, é porque o fazem caro: aqui não tem ninguém pra carregar teus tacos, e o carrinho não está incluso no preço do campo... pagamos a bagatela de 6,50eu pelo campo e 2,50eu pelo aluguel dos tacos! Uma mixaria, convenhamos! No Brasil, costuma-se ter todo um ritual "mordômico" que não é o padrão europeu; é claro que há clubes em que só jogam sócios, em que os preços são muito mais desfavoráveis, e a etiqueta muito mais rígida, mas isso, aqui, não é pré-requisito: pode-se muito bem jogar um golfezinho discontraído, por uns meros 15 euros (lemrando que uma coca-cola custa 1 euro).

Até que não dei vexame: 18 buracos, que demandam uma média de 3 tacadas por buraco pra profissionais, o que daria 54 tacadas, fiz em 113. Pouco mais da metade, sendo que fiz um buraco em 2 tadacadas, 2 em 3, alguns em 4, mas vááários em 7, 8, 9 ou 10!

Valeu! Pela experiência, pela amizade (Marcelo Melo, Marcelo Pererira e Tatiano Freitas... aquele abraço!), e pelo social: estarei eu mais "irish" que antes?!?

Ansioso pela próxima...

Friday, March 13, 2009

discriminação

Por conta de um debate sobre assunto, resolvi homenagear na TUDA de março o homossexualismo, com a tradução do poeta Ian Iqbal Rashid, nascido na Tanzânia mas criado no Canadá e estabelecido em Londres. E como de costume, homenagearei a negritude através dos poemas do saudoso Arnaldo Xavier - mas escolherei algo "particularmente negro" este mês...

Já discuti muito, por exemplo, com pessoas que são contra a política de cotas nas universidades brasileiras, que argumentam ou que isso aumenta a discriminação ou que o critério deveria ser puramente técnico. Ora, se aumenta a discriminação, ao menos esta é positiva - para os negros! E quanto aos critérios técnicos, lá estão: os europeus aplicados para a escravidão: caçaram todos os "tecnicamente negros".

Pois é. E quanto à homossexualidade, há quem discurse não ter preconceito, mas acha "ridículo" ou "inaceitável" ou qualquer outra coisa, um homossexual "externar demasiadamente sua sexualidade" - em outras palavras, a "bicha afetada", como uma amigo meu se auto-define. Mas é diferente quando um homossexual chama o outro de "bicha afetada" de quando um hetero preconceituoso o faz...

Também é fácil discursar sobre o que é certo ou errado quando se é branco, europeu, heterossexual e bem-empregado (sim, desempregado também é vítima de preconceito, não sabia?). Não precisa nem ser bem-sucedido, basta estar devidamente encaixado nos padrões pré-definidos como "normais". É aí, camaradainha, que eu digo que é preciso estar no meio do oceano pra aprender que nadar é a sua única opção! Ponha-se numa situação onde você seja humilhado, desprezado, preterido, e tente incondicionalmente sorrir para todos estes que te diminuem... Você provavelmente vai procurar o seu próprio mecanismo de defesa - aí chega alguém e lhe diz que isso é pura balela, ou simples frescura!

Agora o pior mesmo é quando se passa a tirar conclusões baseadas no comportamento alheio - "daqueles" alheios - querendo fazer crescer a idéias de que as ditas minorias estariam se aproveitando (?!?) da sua condição e explorando injustamente as outras partes... A pérola se desenvolve na hipótese de se um negro ou um homossexual for preterido numa seleção de pessoal por discriminação e abrir um processo por preconceito (que é crime inafiançável - Lei 7.716/89), ele (ou ela) pode estar se aproveitando da situação, e que o motivo da dispensa PODE TER SIDO puramente técnico!
"Você nunca acordou com uma cara preta, e teve que olhar pra tua cara preta no espelho. Você nunca teve que botar a tua cara preta na rua, e sentir as pessoas olharem pra tua cara preta! Como você pode dizer que não existe racismo?"
Arnaldo Xavier (1947-2004)
Pois é camaradinha, não sendo aquele critério técnico dos europeus, está valendo! E a polícia está aí pra isso mesmo, botar racista e preconceituoso na cadeia.

E porque hoje é sexta-feira...

Melhor esquecer de tudo - inclusive a efeméride de termos a segunda sexta-feira 13 seguida! - relaxar... Aqui na Irlanda, terça-feira é o "Paddy's Day", e para muitos o fim-de-semana será prolongado. Mesmo que não seja - o meu caso - ainda assim muito valoroso, faz você relembrar os momentos da semana que passou...

No meu caso, como de costume: cineminha, cozinhar um prato diferente e abrir aquele belo vinho... e claro, tomar muito cuidado para não virar "boi de piranha", como bem definiu hoje o Zé Sarnento & seus 458 Associados. Tadinhos, estão sendo "perseguidos" lá no Congresso da Mãe-Joana...

Ô Brasil, é tanta injustiça...

Monday, March 09, 2009

no tempo do dez réis e do vintém...


Conhecem aquela música Saco de Feijão, de Francisco Santana, que se popularizou na voz de Beth Carvalho? Faz uma pesquisa básica no youtube, você vai achar... a letra vai por aqui:
Meu Deus mas para que tanto dinheiro
Dinheiro só pra gastar
Que saudade tenho do tempo de outrora
Que vida que eu levo agora
Já me sinto esgotado
E cansado de penar, meu Deus
Sem haver solução
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão
Me diga gente
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão
No tempo dos "derréis" e do vintém
Se vivia muito bem, sem haver reclamação
Eu ia no armazém do seu Manoel com um tostão
Trazia um quilo de feijão
Depois que inventaram o tal cruzeiro
Eu trago um embrulhinho na mão
E deixo um saco de dinheiro
Ai, ai, meu Deus

Foi quando o primeiro real (aquele do período colonial) começou a desvalorizar - o que se comprava com "derréis" passou a custar mirréis, depois um conto de réis... e daí pra frente a coisa só desandou; vieram o cruzeiro, depois o Cruzeiro Novo, e o Cruzeiro de novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro (de novo), Cruzeiro Real, e finalmente o Real de hoje...

Dinheiro antigo, expressões antigas... me lembrar de jargões enraizados culturalmente em certas regiões, que mesmo não fazendo mais sentido ainda são utilizadas. Coisas como "amigo da onça", para o falso amigo, "onde o Judas perdeu as botas", para grandes distâncias, "a preço de banana", para coisas a preços módicos, "mas será o Benedito?", usada sempre que alguém tem alguma dúvida sobre alguma coisa... e tantas outras.

E tudo isso foi pra dizer que já foi o tempo em que a preço de banana, amigo, era algo barato! Não sei no Brasil, mas com o preço da banana aqui na Irlanda, dá pra comprar alguns saquinhos de feijão, sim senhor!

Friday, March 06, 2009

porque hoje é sexta-feira...

Porque hoje é sexta-feira, é dia de sair... vá ao cinema, ao teatro, ao pub, visite os amigos... e na falta de um evento social, relaxe, e abra um belo vinho lá em casa, ou sua cerveja preferiada, um whyskinho... é dia de ficar até mais tarde ocupado com as coisas que te dão prazer, de ir mais tarde para a cama, quando as crianças já estao dormindo...

E também é dia do niver do meu irmãozinho...

Parabéns Lelê!!!

beijos & amores & tudo de bom!

vem pro caldeirão você também

E dizem as más-línguas - aquelas bem más mesmo - que o presidente Lula vai anunciar ainda este mês o lançamento de um programa de subsídio "praticamente integral" para compra de casa própria para famílias com renda de até três salários mínimos, chamado Bolsa-Habitação. "Puxa, que legal!" pensarão uns... "Mas que populista fdp!", outros... Será que finalmente o lobby das construtoras foi atendido? Independente de ser pró ou contra, os mais sensatos prevêem (com "chapeuzinho" sim) que se trata do buraco que dá no inferno: na mesma linha do sistema imobiliário dos Estados Unidos e da Europa!

O plano de Lula não prevê pagamento de entrada, mas uma de mensalidades simbólicas, de R$ 15 a R$ 20... famílias com renda de até dez salários mínimos tembém poderão falar copm o capeta, mas com facilidades limitadas! Para o presidente, além de diminuir o déficit habitacional, o programa deve movimentar a economia do país... juntamente com o modelo da Moeda Única! Além de ser outro belo nome... mas se o Duda Mendonça fosse consultado nessa, teria sacado "O Caldeirão da Habitação". Certamente...

Thursday, March 05, 2009

rumo à moeda-única

Conjecturemos hipoteticamente que o presidente Lula, conhecido por ser ou ter sido de esquerda, resolva, numa recaída marxista, leninista, stalinista ou trotskista, distribuir dinheiro à população para que ela consuma mais, gaste mesmo, e assim aqueça a frígida economia brasileira, que começa a dar sinais de dependência da bagunça que vem acontecendo no mundo!

Pois é, isso é o que o governo japonês está fazendo: distribuindo dinheiro para a população. É, deu na BBC Brasil! Por isso aproveito para conjecturar nosso hipotético quadro; só que sendo Lula brasileiro da gema, ex-torneiro mecânico, sofrido na vida e devidamente vacinado contra malandragem, diferentemente dos japoneses, ao invés de dinheiro, lançaria os vale-consumo - nome aplaudidíssimo, aliás, pelo povo nos discursos da anunciação. O que nem todos sabem é quanto Duda Mendonça embolsou para chegar a tão genial analogia!

Bem, lançado o tal do vale-consumo, o próximo passo seria só esperar o povo consumir, e logo, já que o vale tem prazo de expiração. Mas não é bem isso que acontece... A economia se aquece, sim, mas de outra maneira: a população, calejada de acreditar em elixires milagrosos vendidos por alquimistas caseiros em cima de charretes mambembes, resolve, ao invés de gastar o vale-consumo, recorrer ao "mercado-branco" - alusão ao antigamente chamado "mercado-negro", banido por ser considerado racismo - e vender os vales por algo em torno de 70% do seu valor de estampa. Isso rapidamente agitou a economia informal, criando os famosos "valeiros", camelôs especializados em compra e venda de vales-consumo. Vendo que o prazo de expiração dos vales se aproxima, os comerciantes, que deveriam ser os principais favorecidos no esquema, subsidiam um forte esquema de propaganda onde declaram que não respeitarão o prazo de validade estampado nos vales-consumo, e que a população pode utilizá-los quando bem entenderem. Tal pronunciamento causa uma alta no "câmbio" do vale-consumo, onde os felizardos possuintes conseguem permutar os vales por até 25% a mais do valor de estampa. Preocupado com a volta da Inflação, aquela senhora refinadíssima, de brincos e colares de brilhantes em sua silhueta delicada, anéis de ouro em seus dedos longos e audazes, bem conhecida dos brasileiros, o presidente Lula autoriza a Casa Da Moeda a imprimir mais vales-consumo, desta vez devidamente não-expiráveis e em diversos valores. Silvio Santos, tido como um "expert" em transformar papel-comum em papel-moeda, é convidado para ocupar o Ministério da Economia e do Messianismo Pidorâmico, e o Brasil exporta a tecnologia para o mundo todo.

Está criada a "moeda única".

Tuesday, March 03, 2009

incertezas


Atarefadíssimo, mas com muito prazer... Como disse a um amigo meu, TUDA está com TUDO, num romance invejável! Mas o trabalho que dá é inimaginável - mal publico um exemplar e já tenho que começar a preparar o outro - mas comno disse, tudo com muito prazer!

E entre uma tradução e outra revisão, ainda sobra tempo pra um cineminha... andei perdendo alguns filmes que queria ter visto, mas outro amigo meu já me garantiu que tem as cópias de todos os filmes do oscar... bem, dentre eles há um ou outro que queria assistir, sim. Já escalei meu fornecedor!

Mas ontem - sim, uma segunda-feira chuventa - fomos ao cinema assistir Doubt. O filme se passa numa escola católica do Bronx de 1964, onde um padre carismático (Philip Seymour Hoffman) tenta terminar com os estritos costumes que há tempos vêem sendo conduzidos com mãos-de-ferro pela Madre-Diretora da escola (Meryl Streep), que acredita que medo e disciplina são os caminhos da educação. A trama se estende quando a Madre-Diretora passa a desconfiar que o padre esteja dispendendo demasiada atenção a um determinado aluno.

Como esperado, Philip Seymour Hoffman e Meryl Streep estão fantásticos. Dois atores dotados de um talento especial, ao meu ver, para peculiarizarem os papéis que interpretam. O tema, também, me agrada muito - a hipocrisia da igreja católica, que adota a política da omissão nos casos de abuso sexual cometidos por padres contra crianças, para evitar "escândalos" e "descrédito" da igreja, e uma iminente crise de fé.