Tuesday, June 16, 2009

today, today - is the Bloomsday!

"A primeira vez a gente nunca esquece!" Foi justamente para celebrar um Bloomsday que desembarquei na Irlanda pela primeira vez. O ano era 2003, e aquele Bloomsday me impressionou: desde o café dfa manhã - o chamado full irish bloomsday breakfast, uma das maneiras mais tradicionais de celebrar o Bloomsday, com muita lingüiça, ovo, batata, feijão doce, chouriço e Guinness - até os recitais e o "Caminho de Bloom", uma caminhada que explora os bastidores da saga de Bloom, conforme ele atravessa a cidade em busca de algo para comer.

Para os desavisados: o Bloomsday é considerado a única data fictícia comemorada no mundo. Comemora o dia em que se passa toda a ação do romance Ulisses de James Joyce, e acredita-se também que 16 de Junho de 1904 foi o dia em que Joyce saiu pela primeira vez com aquela que viria a ser sua esposa, Nora Barnacle, . O dia é chamado Bloomsday - ou O Dia de Bloom - em homenagem à personagem central Leopold Bloom. O romance segue a vida e os pensamentos de Bloom e de outras personagens reais e fictícias desde 8 da manhã de 16 de Junho de 1904 até as primeiras horas da manhã seguinte.

Conta a história que uma das primeiras celebrações do Bloomsday foi um almoço organizado por Sylvia Beach, editora de Ulisses, em Junho de 1929 na França. O primeiro Bloomsday comemorado na Irlanda foi em 1954, marcando o cinquentenário da aventura. Na ocasião, os escritores Patrick Kavanagh e Flann O'Brien visitaram locais do romance, como a Martello Tower em Sandycove, o pub Davy Byrne's, e o número 7 da Eccles Street, onde "viveram" Leopold e Molly Bloom. Tudo regado a muita leitura de Ulisses e - claro! - muita bebida!

Hoje o Bloomsday é comemorado em vários países com leituras e performances joyceanas. Em Dublin, o James Joyce Centre coordena as comemorações, onde entusiastas se vestem em trajes eduardianos e se reunem durante o dia nos locais onde ocorrem episódios de Ulisses. Eu, que nunca participei de um Bloomsday que não fosse na Irlanda, gostei mesmo do Bloomsday de 2004, o do centrenário. Me foi especialmente marcante, por ter sido o primeiro como morador de Dublin...

O Bloomsday realmente vale a pena!

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