Wednesday, September 30, 2009

Hoje é dia de tratado


Bem ou mal tratado, Lisboa está em pauta. Começa hoje a votação para ratificar (ou não) o Tratado de Lisboa na Repblica da Irlanda. As ilhas do condado de Donegal (Dún na nGall, em irlandes)

Por falar em Donegal, aprendi esses dias uma coisa que nem nativo sabe: Dún na nGall, Donegal em em irlandes, que significa "forte dos estrangeiros", diferentemente do que "todo mundo" pensava, não se pronuncia Dun-nû-nal (o "n" antes do "G" anula o som do "G"), pois "nal", em irlandês, significa "cego", o que mudaria o sentido para "forte dos cegos". Para evitar tal engano, criou-se uma saída, forçando o som do "g", não em "nGall", mas em "na"... algo como "Dún-nung-nal".

Essa é uma das coisinhas que tornam a língua "interessante"...

Tuesday, September 29, 2009

quando alguém é mais "igual" que você...


Os políticos brasileiros precisavam de um chá... primeiro de sumiço, depois de vergonha na cara. É tanta falcatrua, sacanagem e maledição que, antes de ser político, me pergunto se fulano não é gente! E se é, é daquele tipo, gente ruim. Ô raça pra praticar o nepotismo e fazê-lo soar como normal! Aliás, muito além do significado da palavra nepotismo, nosso políticos extrapolam pra amigo, vizinho, amigo do amigo, vizinho do amigo do vizinho... Vai ter nepote lá longe!

E por falar em lá longe (do Brasil), aqui em Dublin, no Dublin Castle, conhecido centro do poder, de onde os nobres governavam a cidade logo após a invasão normana, a deusa Justiça é muito bem representada: sem a venda e virada para dentro do pátio do castelo - as costas para a rua, para o povo - simbolizando que ela, a Justiça, dentro dos muros do castelo, não é cega não! No Brasil, a Senhora Justiça deu no pé! Em seu lugar, ficou sua prima, Fortuna, deusa grega que preside a sorte tanto ao bem quanto ao mal, e que também deveria ser cega, usar venda nos olhos, para assim distribuir a sorte - boa ou má - sem ver a quem... mas como tudo em Pindorama, Dona Fortuna não usa tal adereço, pois parece que ela agracia com os bons ares sempre os mesmos "afortunados"... Lembra do ex-deputado João Alves, o João de Deus, que ganhou na loteria mais de 200 vezes? Pois é... ô gente sortuda, não? Que deus (ou o diabo) o tenha...

Monday, September 28, 2009

We are there already!


Vou dizer uma coisa... Não foi fácil, mas chegamos lá!!! Se as minhas pernas amanheceram doendo, imagine as do pessoal!

Cada equipe era composta de 4 membros. Das 93 equipes que largaram no sábado pela manhã, 10 não chegaram ao final, 18 chegaram com menos de 3 membros (o mínimo era 3) e apenas 65 terminaram a caminhada: 100km em até 30 horas!

NOSSA equipe (hehe, eu era "apenas" o motorista), a "Are We There Yet?" terminou a prova num honroso vigésimo lugar, com o tempo total de 25:11:59 - ou seja, quase 5 horas de sobra... e o mais importante é que a equipe tenha chegado inteira - com os 4 membros - já os integrantes... chegaram VIVOS!

A planilha com os resultados oficiais podem ser vista aqui, mas posso antecipar o resultado dos meninos:


É isso aí pessoal! Parabéns Tatiano, Renato, Eduardo (xará), Gustavo, Luciane, Anna, Carol, Teresa e eu também!

Estou esperando o upload das fotos pra blogar... e VAMOS TOMAR NO CREW!!! E até a próxima!

Friday, September 25, 2009

are we there yet?


Pois é, o Oxfam Trekking 2009 acontece este fim-de-semana... e eu vou lá , dar o maior apoio aos nossos amigos do "Are We There Yet?". O desafio é percorrer 100km em 30 horas. Parece fácil, não? 3.33km por hora... mas não é bem assim. Não estamos falando de caminhar na esteira, ou num terreno plano. Estamos falando de montanhas, pedras, água, florestas... um verdadeiro mergulho na "wild life"!

E eu vou estar lá também... na equipe de apoio!

Não menos importante que o próprio time, a equipe de apoio tem o papel fundamental de fornecer água, comida, apoio moral e conforto para o time, nas poucas paradas que têm direito ao longo do caminho. Somos responsáveis também por todos os primeiros socorros que forem necessários.

Não é fácil, mas que vai ser divertido, ah isso vai!

De TUDA um pouco...


Na TUDA de Setembro fiz uma tradução de um poeta baiano, Plínio de Aguiar. Já comentei o fato aqui, mas o negócio é que ele mandou a tradução para outra revista eletrônica, e os caras publicaram. A revista é a litbr, e minha tradução está aqui. Confiram!

Thursday, September 24, 2009

You beach!


Na rabiola de um assunto já tratado aqui, falemos de sotaque e do quão difícil é pronunciar certos sons em determinados idiomas. Por mais discordância que o assunto possa causar, creio que todo mundo concorda nesse ponto: há certos sons que simplesmente não conseguimos falar! Isso, é claro, não nos impede de falar um idioma, claro que não. Acabamos simplesmente passando por cima daqueles sons da melhor maneira possível, por pura analogia, uma relação de equivalência com outros sons.

Por exemplo, o "u" francês tem um som bem particular, e para nós, brasileiros, é ensinado como o som da letra "i"emitido com a boca no formato para falar "u". Chegamos perto! O som gutural do "g" holandês - temos que puxá-lo como um "h" expirado, arranhado no fundo da garganta. Chegamos perto, novamente.

No inglês temos vários exemplos - a mistura de "d", "s" e até "f" (sem falar da linguinha entre os dentes) do "th", o pequeno "a" entre as letras "r" e "l", para amaciar e facilitar a pronúncias de palavras como "world" - "wor(a)ld", são técnicas usadas por professores para aproximar o som para algo mais "palpável" a quem aprende.

Vejam a palavra "beach" (praia), por exemplo. As letras "e" e "a" juntas têm um som longo de "i", foneticamente representadas com o símbolo (i:). Já a palavra "bitch" (cadela, prostituta), o "i" representa-se foneticamente pelo símbolo (I). O mesmo do verbo "to do" no passado - "did", o mesmo para "bit" e "rabbit", mas certamente não o mesmo "i" de "time" (ai), essa diferenciação mostra que os "is" têm sons diferentes - um aberto e longo, outro fechado e curto. Tal particularidade pode, por vezes, levar a confusões. Naquela técnica de analogia usada pelos professores para aproximar o som de algo mais palatável ao falante, algum professor (ou método) poderia dizer que aquele "i" de "bitch" e "did" soa fechado, algo entre o "i" e o "e" - eu diria "î", em letras romanas... outras confusões são dizer que o "f" de "of" (preposição "de) tem som de "v". Isso é assim dito para facilmente diferenciar o som do "f" simples, do som do "f" duplo, como em "off" (estar desligado, estar fechado) por exemplo - mas aí as pessoas levam ao pé da letra, e saem dizendo "ov", com som de "v" no final. Outro: "new". Para não falar "níu", ensina-se que o "ew" tem som de "u", e passam a dizer "Nu York".

Às vezes estas "liberdades" fonéticas acabam por criar novos fonemas - ainda mais no inglês, língua muito dada a absorções - e o "nu" incorporou-se no termo "nu-jazz", estilo musical cunhado por músicos nórdicos, pioneiros do "future-jazz e do jazztrônica.

É isso aí!

Wednesday, September 23, 2009

a primeira vez a gente nunca esquece...


Fiz uma tradução de um poeta baiano, Plínio de Aguiar, lá na TUDA de Setembro (confira). O poema me foi enviado por um amigo em comum, Roniwalter Jatobá.

Após a publicação da revista, Plínio - que não conheço pessoalmente - me enviou um email de agradecimento, dizendo ter gostado da tradução e que estava muito feliz em ver um trabalho seu vertido para outro idioma. Fora a primeira vez!

Outras pessoas também elogiaram o trabalho, outras até enviaram sugestões que ajudaram a dar uma interpretação ainda melhor ao poema. São estas coisas que nos fazem bem, e nos dão força para manter-nos na batalha... Aliás, a TUDA anda bem badalada. Dá até vontade de publicar lá, não fosse a decisão prévia de usá-la apenas para exercícios de tradução.

E falando em tradução, outro dia me perguntaram quantas línguas eu falo, e retruquei "properly? Só português! E olha lá!" É claro que conheço outras línguas, arranho espanhol, francês e italiano, estudei japonês e russo, e atualmente tomo aulas de irlandês, mas tudo isso porque gosto de línguas. E por gostar de línguas - ainda mais agora, depois de ler "Just A Phrase I'm Going Through" (É só uma frase que eu estou passando) de David Crystal - se eu me armar de um bom dicionário, um compêndio gramatical e um guia de verbos, vou me meter a traduzir línguas que não falo, sim... pelo simples desafio... vide minhas traduções na TUDA!

Para a próxima edição, estou pensando num letrista catalão, ativista na luta contra a ditadura franquista...

Até lá!

Monday, September 21, 2009

De apontamentos e assentamentos

Quando você sabe que é chegada a hora de se assentar? Depende do que você chama de assentamento, eu diria. Tem aquele assentamento do ser, onde você põe os seus pés no chão e diz "daqui não saio, daqui ninguémj me tira", e aquele outro, temporário, que embora temporário é um assentamento. Eu, que ultimamente "vivo em mudança", nesta sexta-feira me considerei - talvez ainda prematuramente - temporariamente assentado. Me permiti esse estado... e digo, foi bom. Não, não... foi MUITO bom! Tão bom que já comecei a desencaixotar certas coisas... (!)

E por falar em desencaixotar, amigo meu me disse assim, meio on passant, que não há nada que não possamos fazer quando nos determinamos a fazer algo... entenderam? Guardadas as restrições dos terrenos das probabilidades e das possibilidades, traduz o que minha falecida avó - que deus a tenha - dizia, "quem quer faz, quem não quer manda!", ou pede. E para não pedir - muito, que um pouco eu já pedi - e não pagar também, lá fui eu tentar instalar a antena de satélite da TV lá de casa... na verdade, fui regular a antena, já que na instalação física tive a valorosa ajuda daquele mesmo amigo já citado.

Tem um aparelho pra localizar o sinal dos satélites, que custa uma nota. Quem tem, oferece o serviço por meros 60 euros, mas como escolhi ter TV "free to air", quis manter o espírito "free" e me lancei na maratona de tentar regular a antena sozinho. Quase desisti, não fosse um site chamado Satellite Signals, que foi muito útil em fornecer as coordenadas - latitude, longitude, azimuth, elevação, frequência, polarização, etc, etc. É claro que me tomou algumas horas para me habituar com esse linguajar todo, mas o resultado foi positivo: ao fim da tarde, consegui sintonizar os canais que eu queria - e vários que eu não queria também!

É isso que acontece quando se aponta para o lado certo... com muita paciência e a ajuda de uma boa bússola, é claro!

Quanto ao assentar-se no ser... bem, isso pode demorar um pouco ainda, e fica para a próxima viagem!

Friday, September 18, 2009

de transporte público e oportunidadaes...


Pois é, nem só de maravilhas vive a "Terra Do Faz-De-Conta Da Minha Cabeça": aqui também dá ladrão! Dá sim!

Aqui é tão tranquilo andar pelas ruas e nos transportes públicos, que você esquece que natureza humana é predadora e acaba relaxando, baixando a guarda.

Lá vou eu de novo, um tanto sonolento, no Dart (Dublin Area Rapid Transit) para Dun Laoghaire, sentado lendo minha edição da revista Village, até que na parada de Blackrock, quando as pessoas começaram a sair do trem, eu, que estava sentado ao lado da janela, de "rabo de olho" percebo um cara passar, usando um colete reflexivo - bem comum entre ciclistas e trabalhadores do setor de construção. Não olhei para ele, mas ele deu uma paradinha, virou-se, voltou três passos, e depois continuou. Esse movimento me chamou a atenção e olhei para ele, e o que vi foi uma mochila igualzinha à minha. Pego na surpresa, volto o olhar para onde deveria estar minha mochila... e não estava! Saio em disparada atrás do elemento, que calmamente caminhava com a minha moichila nas costas. Abordo o indivíduo e segue-se o diálogo:
- Excuse me... but I think you you mistook my bag!
- Oh, is this your bag? (E já tirou ela do ombro, estendendo-a para mim, com uma puta cara de espantado!)
- Yes, indeed.
- It's a laptop, isn't it? (só depois eu me questionei o por que da pergunta)
- Yes, a thinkpad (e abri a mala pro figura ver meu laptop).
- Oh, fuck... (olhando para o trem partindo, como se procurando algo dentro do vagão, e continuou andando)
A primeira impressão que tive foi de que o figura realmente havia se enganado, mas pensando bem depois, concluí que ele fora movido pela oportunidade... a mochila estava desassistida, num bagageiro de um banco vazio, pois quando a coloquei lá, eu estava em pé ao lado de um banco ocupado, e mais tarde vagou um lugar três poltronas adiante. Não tive dúvidas: sentei e deixei a mochila lá mesmo onde já estava... o cara ao descer em Blackrock viu uma mochila de laptop num bagageiro sem ninguém na poltrona, pensou "Ops... someone left a laptop behind..." e pegou.

Se a oportunidade faz o ladrão, a falta de oportunidade deveria fazer os honestos, não? Eu hein?

Wednesday, September 16, 2009

mal das pernas


Depois que encontraram o Belchior - ou ele se deixou encontrar - o que fica na memória do povo é que ele está passando por dificuldades financeiras. É sabido - depois das reportagens todas, inclusive no The Guardian inglês, que não é um tablóide, mas um jornal de peso - que o cantor não andava bem das pernas... as financeiras! Estar no Uruguai num projeto musical... hum, soa estranho, mas e daí? Problema dele, não? Dizem que ele deixou o carro no Aeroporto de Congonhas, e agora vai ter que bendê-lo pra pagar a conta do estacionamento...

Bem, espero que dessa história toda Belchior saia com um disco novo, em português ou em espanhol, tanto faz, contanto que mantenha a mesma qualidade de sempre...

Tuesday, September 15, 2009

NAMA Banana

Como eu já havia citado no The Little Green Bug, o governo prepara a maior bananada da história - até agora! É o NAMA, sigla para National Asset Management Agency (que em letras pindorâmicas dá algo como Agência Nacional de Gerenciamento dos Bens Públicos). Em outras palavras, é o acordo do governo com os banqueiros, onde o governo assumirá metade dos riscos de todo o crédito podre dos bancos, resiltado de anos e anos de putaria financeira, onde muita, mas muita gente - não eu nem você - ganhou dinheiro fácil - vazio e sujo também. Vazio porque devido a virtualidade das bolsas, onde o dinheiro especulado é meramente virtual - ele não existe fisicamente, e o valor atribuído a tais papéis também é falso, mera peça do joguinho dos mega-investidores. Sujo porque para sustentar esse jogo do capital, pessoas - estas sim de verdade - não têm emprego, casa, passam fome, morrem por falta de condições básicas de sobrevivência.

Pois é... lembra aquela festança do subprime da qual você não foi convidado? Aquela onde os banqueiros putanharam à vontade nas coxas de todo mundo, ganhando dinheiro fácil na especulação financeira proporcionada pela falta de regulamentação dos governos? É isso. Agora o governo corre para ajudá-los a honrar (desmentir) a mentira que contaram... com o dinheiro do contribuinte, é claro! Você não foi convidado para a festa mas vai ter que limpar o salão de festa, repor a louça quebrada e arcar com os prejuízos pela quebra da mobília.

Justo, não?

Monday, September 14, 2009

De sapos e pererecas


Como de mudança ninguém se cansa, cá vamos nós mudando - não de novo, mas ainda! É que houve, há, haverá, uma pequena possibilidade de mudarmos de novo... já pensou? Teresa me mata!

Tudo depende do tamanho do sapo que estás disposto a engolir. Eu, por mim, não engulo, já que não gosto do gosto que os sapos têm, não destes sapos que não são devidamente preparados culinariamente - e não precisa procurar no dicionário não... a palavra não existe mesmo!

Dos outros sapos, aqueles preparados culinariamente para serem devidamente engolidos, daqueles sim, gosto; embora sapo mesmo nunca tenha comido, e talvez nem sejam comestíveis, mas a rã é. E todos sabemos que são coisas bem distintas, sapos e rãs, já que estas são conhecidas por sua pele lisa, da família dos ranídeos, encontrados em quase todo o mundo, que vivem na água ou próximo a ela, e é conhecida como a rã-verdadeira, ou perereca, lá em Pindorama, enquanto aqueles são anfíbios terrestres do gênero Bufo, da família dos bufonídeos, de pele rugosa e seca. E os sapos a serem engolidos aqui não passa daquele regionalismo Pindorâmico de tolerar coisas ou situações desagradáveis sem responder por incapacidade ou conveniência

Mas mudando de sapo para perereca, as culinariamente boas de se comer, culinariamente é palavra que não existe. Adicionei o sufixo -mente, conhecido formador de advérbios, numa brincadeira com a palavra culinária, afim de exprimir circustância de qualidade culinária ao sapo (rã) a ser engolido.

Assim fica mais fácil, né?

Friday, September 11, 2009

The Hole In The Wall


Não tem sido fácil estes dias, e embora ninguém tenha me falado que seria fácil, tampouco me disseram que seria difícil! Difícil sim, como força de expressão. A língua permite estes abusos.

E por falar em língua, no meu cursinho de irlandês esses dias, soube que a Quinta-feira é - ou era, na Antigüidade (trëma?) Céltica, um dia de banquete. É que em irlandes, "Dé Aoine", Sexta-feira, deriva de "Dé" (dia) e "Aoin" (jejum) - Dia de Jejum. Quarta-feira é "Dé Ceadaoin", onde "Ceadaoin" deriva de "Céad", primeiro, prévio, e "Aoin", jejum - Dia do Primeiro Jejum; e finalmente Quinta-feira é "Déardaoin", que deriva de "Dé idir dá Aoin", onde "Dé" - dia, "idir" - entre, "dá" - dois, e "Aoin" - jejum. O dia entre os dois jejuns. Certamente, Quinta-feira era o dia daqueles fartos e altamente calóricos desjejuns irlandeses, com toucinho, lingüiça, chorizo, batata, ovos, cogumelos, tomate, feijão doce, pão de soda e torradas na manteiga... nossa!

E como é Sexta-feira, Dia de Jejum, vou assumir que é quinta mesmo, e ir correndinho lá pro "The Hole in the Wall", meu novo "Local Pub"...

Fui!

Tuesday, September 08, 2009

Tempo de mudança 2

Estive afastado a semana toda! São as mudanças... e suas várias fases. Depois da mudança física, vem a psicológica - sempre necessária nessas coisas de arrumar a mala de ser. Difícil é começar, até mesmo com toda a boa vontade do mundo - deste e de outros!

O primeiro passo ainda é no campo da mudança física, dar uma cara ao lugar tal qual a sua. Seja pintando a parede, instalando uma estante nova, pendurando um quadro, adicionando uma almofada ou simplesmente reposicionando os móveis. Tudo isso antes mesmo de entrar! Então você soca tudo dentro do novo lugar, e é aí que vem o mais trabalhoso: deixar de viver em caixas: arrumar um lugar para cada coisa, e no caso de mudar para um lugar menor - deliberadamente o nosso caso - se desfazer das coisas que não encontraram o seu lugar.

Agora sim: quebrado os laços emocionais destes relacionamentos com seus objetos - e te digo, eles são fortes mesmo! - é tempo de se adaptar à sua nova vida (quase, e sempre ao rumo de ser) espartana. E espartano aqui, não é aquele cidadão de Esparta, cidade-estado da Grécia Antiga, tendo figura exemplar em Aristodemo, um dos 300 espartanos enviados para a famosa Batalha de Termópilas, que opôs os defensores da Grécia aos persas invasores, em meados de 480 a.C., mas sim aquele cidadão simples que pode viver sem excessos nem luxúria.

E acredite, a simplicidade não é fácil!