É de perder a cabeça!

É só o que posso dizer sobre este ma-ra-vil-ho-so site/software chamado Spotify (www.spotify.com).

Spotify permite que você ouça música pela internet - o chamado streaming. Permite que você crie e salve suas playlists, compartilhe-as com seus amigos no próprio Spotify ou no Facebook! E todas essas bilhões de músicas estão disponíveis gratuitamente! E se você quiser ir para a versão paga, você pode ouvir música off-line, ou seja, sem uma conexão à internet. Pode até mesmo rodar Spotify do seu iPhone!

A má notícia é que o Spotify só está disponível em alguns países... mas parece ser uma questão de tempo para a boa notícia se espalhar mundo afora! O futuro está no streaming, sem a necessidade de enorme espaço de armazenamento, música, filmes, TV... tudo disponível online, num instante!

Realmente, de perder a cabeça! Por bem, não no sentido literal que o médico francês, dr. Joseph-Ignace Guillotin quis dizer quando sugeriu o uso de um certo aparelho (que viria a ter o seu nome) na aplicação de penas de morte, já que considerava o enforcamento e a decapitação com machado muito "desumanos". Guillotin emprestou o nome ao aparelho, mas não foi o inventor da coisa...  ele apenas sugeriu sua volta na Revolução Francesa como eficiente método de execução humana. O primeiro protótipo da guilhotina para execução humana trazia uma lâmina horizontal, que não raramente não matava a vítima na primeira guilhotinada. Foi um célebre cirurgião da época que preconizou a construção do aparelho com a lâmina oblíqua, sendo ela a única maneira de matar os condenados com certeza e rapidez. Humano... demasiadamentes humano, como diria Nietzsche!

Mas voltando ao streaming, para aqueles que não podem perder a cabeça com o Spotify, podem tentar o Deezer - menos sofisticado mais igualmente revolucionário!

Enjoy!

É Tudo de Bom!

Você já falou, durante um diálogo ou numa divagação qualquer, a expressão "isso é tudo de bom!!!" ? "Pois é, camaradinha", se já falou, ou se fala, você provavelmente também fala... "com certeza". Sinto muito!

Certos vícios deveriam desaparecer do linguajar das pessoas. Geralmente são palavras soltas a esmo, sem muito significado ou função além de preencher uma pausa, ou dar tempo ao interlocutor, ou ainda - e esta é a pior de todas - demonstrar interesse pelo assunto.

Segue um diálogo ilustrativo:

- "Qualquer dia, Ananias, me dou um tiro na cabeça!".
- "Aguenta a mão, Azevedo, que hoje não posso, prosear... estou com uma baita dor de cabeça".
- "É... melhor mesmo é esquecer de tudo e aproveitar que tem futebol na TV!"
- "Opa, futebol é tudo de bom, não é?"
- "Com certeza..."

Então tá, então... militância linguística, sim... e sempre!

fim de festa

Seis de Janeiro comemora-se a epifania. No sentido literário, epifania é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que ilumina a vida da personagem. Este é o Seis de Janeiro, onde também se comemora o Dia de Reis, que segundo a tradição cristã, foi o dia que Jesus recebeu a visita de três Reis Magos.

Religião à parte, o fato mais marcante para a minha infância era que dia seis de Janeiro era o dia de encerrar os festejos de natal... dia de desarmar presépios, desmontar árvores, guardar enfeites... sempre muito triste!

Significava também que a vida voltava ao "normal", no novo ano que começava... depois de grandinho, constatou-se que na verdade as coisas só engrenam mesmo depois do carnaval!

E viva a folia, né?!?

Para citar Twain...

Be good and you will be lonesome.
Mark Twain, 1835-1910

Diferentemente do que pretendi dizer na minha mensagem de ano novo, há quem tenha interpretado como uma mensagem "pessimista", e que eu soara, no mínimo, "negativo"...

Ora, ora... não posso reclamar, pois o texto nasce para ser interpretado, não é mesmo? Pois, sendo assim, apenas usei de um subterfúgio literário-explicativo para fazer-me escancaradamente claro, ao dizer...

Então, pegue a sua (interpretação) você também! Eu fico com a primeira, acabou o ano, pois isso sim - e só isso - não podemos mudar.

Simples, não? Embora possa parecer menos "elegante", deixou menos espaço para interpretações equivocadas, como no caso da citação de Mark Twain acima... algum desavisado pode pensar que Twain soltou uma franca ameaça aos homens de bem, ou mesmo uma praga: Seja bom e serás solitário!

Eu sugiro que você seja um cara de bem. Mas seja do bem MESMO, de verdade, e não por temor religioso ou obrigação social. Independentemente de sua crença, seja bom apenas por ser bom. Não espere uma gratificação - seja ela terrestre ou divina - que você pode se arrepender... Por isso, seja bom você também, e experimente esta solidão da qual Mark Twain se referiu...