Saturday, December 21, 2013

Outro tesouro

Já disse nesse espaço que tempo era um luxo - e ainda é! Eu, exemplo vivo, que o diga! Blogar, escrever, tocar... atividades que tanto gosto, estão ficando cada vez mais esparsas...

Mas há um outro tesouro, uma outra riqueza, que sempre que acho que tenho a graça de possuir, percebo que algo me falta, pois assim que alguém diz "eu tenho", já é o sinal de sua falta.

Humildade!

Entre tantos tesouros - saúde, tempo, bom-senso, sabedoria, sensibilidade - talvez a humildade seja o mais valioso de todos, e consequentemente o mais difícil de obter-se, devido ao intríseco poder de repulsão que ela possui.

Incrível o poder inverso que a humildade exerce nas pessoas: quanto mais humilde alguém se mostra, se apresenta, mais falta humildade no outro, próximo ou distante. É como se a humildade, não humilde ela mesma, não suportasse a convivência com outra de sua própria espécie, e travam então uma batalha de nervos, onde apenas uma delas acaba vencendo e botando a outra pra correr!

E se você for o azarado da humildade derrotada, só lhe restará rezar, camaradinha, para que um resquício qualquer de bom-senso o desperte da arrogância alucinada na qual você provavelmente estará atolado, a discursar absurdos cheio de propriedades, e com um pouco de sorte, você se retrairá a tempo de salvar um pouco de dignidade...

Rara e cara, desejada e difícil de se obter, e mesmo quando está disponível, acaba-se não tendo! E se de algo me falto, também me alimento, que a pele é a melhor escola - tudo que se sente na pele, sente-se mais; tudo o que se aprende pela pele, nos marca mais!

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