Friday, December 23, 2016

Ho... Ho.. Ho.

Papai Noel velho batuta, rejeita os miseráveis. Eu quero matá-lo, aquele porco capitalista. Presenteia os ricos. Cospe nos pobres! Mas um dia vamos sequestrá-lo e vamos matá-lo. Porque aqui não existe natal.
Garotos Podres, in “Papai Noel Velho Batuta” (1985).

Na verdade a música se chamava Papai Noel Filho da Puta, mas a censura não permitiu...

Um pouco menos do que Mao, mas desde de muito também sou indiferente ao natal. Acho que foi depois de ver o amigo do meu tio, que se vestia de papai noel na noite de natal, comendo gulosamente na mesa de jantar, ao entrar lá de surpresa... Vê-lo tentar por a barba durante uma garfada de macarrão e perú matou meus sonhos natalinos... de alguma forma.

Também padeço de uma indignação com o consumismo desenfreado e o aspecto econômico da data, sem falar das decorações de mal-gosto, dos compromissos que nos impomos, das mesmas músicas tocando em todo lugar... É a época do ano caracterizada pelos excessos justificados. O comércio entupido, os consumidores se acotovelando pelo último exemplar de uma besteira qualquer, a comilança - mesa natalina é uma exceção à regra, pois a glutonia é permitida uma vez por ano!

"Azia? Epocler!"

(...)
E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim...
Sou nada...
Sou uma ficção...
Que ando eu a querer de mim ou de tudo neste mundo?
(...)
"Se eu não tivesse a caridade..."
Meu Deus, e eu que não tenho a caridade!

É, seu Álvaro de Campos, se não fosse o Joãozinho querendo escrever cartinha pro Papai Noel (Inc.), sei não... E quando ele descobrir que Papai Noel não passa de uma marca empossada por uma mega-empresa multi-planetária, e que a fábrica de brinquedos não é mais no polo norte, mas foi relocada para China e Índia por motivos financeiros? Que decepção...

A melhor coisa que se pode fazer é plantar a consciência e o bom exemplo nas crianças: filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, afilhados e afilhadas, netos e netas, e toda outra criança que você puder, porque mudando a coisa lá no comecinho, a tendência é de não mudar nunca! Então nesse natal, tenha uma pausa consciente e refletiva, e tente passar essa consciência para os seus. Se todos fizerem, a gente chega... se não lá, pelo menos perto!

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Ho... Ho.. Ho.

2 comments:

Luther said...

Obrigado pelo texto.
O natal, como qualquer outro evento religioso, eh uma oportunidade de aplicarmos o amor e a mensagem que Jesus deixou. Se tentássemos todos os dias reconhecer o amor que Jesus pregou e se aplicarmos seus ensinamento sem o dualismo, faremos um exemplo duradouro, não so para nossos filhos, mas para todo o universo.
Um feliz natal e paz para todos. Aproveitem esta oportunidade para conectar-se com quem realmente faz a diferença, o amor inerente que todos os seres humanos tem dentro de si.

Eduardo Miranda said...

Falou e disse meu amigo...

Grande abraço!