Self-Taugh, by Matías Sierra |
Possíveis memórias não são só as memórias que lembramos - daí seriam apenas memórias... O que dizer das memórias que não lembramos? Ora, absolutamente nada!
E para não perdê-las, roubamo-las! Por vezes temos a oportunidade de tomá-las em concórdia, em forma de depoimentos, outras vezes são tomadas forçosamente pela tortura. De qualquer maneira, uma vez tomadas, se não usadas logo, as memórias rapidamente incorporam-se a quem as tomou, buscando serem esquecidas novamente. E uma vez lá, no fundo de quem as tomou, as memórias podem ficar guardadas por muito tempo, quietinhas, paradinhas, tão desapercebidas que chega mesmo a parecer que as esquecemos... Ledo engano! Depois de um tempo, as memórias voltam com urgência, aquela urgência dos desesperados, que se agarram a qualquer fio de esperança!
E cada memória tem seu próprio tempo de ressurgência... hibernadas, cada qual em seu próprio inverno. As minhas - as que tomei de meu pai - levaram 19 anos para aflorarem... e agora, de repente, cá estão, a me lembrar com urgência que precisam sair, precisam vir à tona, e fazerem-se ouvir.
Te acalma, memória, que já estou a te servir...
E para não perdê-las, roubamo-las! Por vezes temos a oportunidade de tomá-las em concórdia, em forma de depoimentos, outras vezes são tomadas forçosamente pela tortura. De qualquer maneira, uma vez tomadas, se não usadas logo, as memórias rapidamente incorporam-se a quem as tomou, buscando serem esquecidas novamente. E uma vez lá, no fundo de quem as tomou, as memórias podem ficar guardadas por muito tempo, quietinhas, paradinhas, tão desapercebidas que chega mesmo a parecer que as esquecemos... Ledo engano! Depois de um tempo, as memórias voltam com urgência, aquela urgência dos desesperados, que se agarram a qualquer fio de esperança!
E cada memória tem seu próprio tempo de ressurgência... hibernadas, cada qual em seu próprio inverno. As minhas - as que tomei de meu pai - levaram 19 anos para aflorarem... e agora, de repente, cá estão, a me lembrar com urgência que precisam sair, precisam vir à tona, e fazerem-se ouvir.
Te acalma, memória, que já estou a te servir...