Termos da nova dramática
Elisa Lucinda
Parem de falar mal da rotina. Parem com essa sina anunciada de que tudo vai mal porque
se repete. Mentira. Bi-mentira: Não vai mal porque repete. Parece, mas não repete
Não pode repetir. É impossível ! O ser é outro, o dia é outro, a hora é outra.
E ninguém é tão exato. Nem em filme. Pensando firme nunca ouvi
ninguem falar mal de determinadas rotinas: chuva, dia azul,
Crepúsculo, primavera, lua cheia, ceu estrelado,
barulho do mar, O que que há? Parem
de falar mal da rotina. Beijo na
boca, mão nos peitinhos,
água na sede, flor no
jardim, colo de
mãe, namoro,
vaidades de
banho e
baton
vai-
dades
de terno e
gravata, vaidades
de jeans e camiseta,
pecados, paixões, punhetas,
livros, cinema, gavetas são nossos
obvios de estimação e ninguem pra eles fala não
abraço, pau, buceta, inverno, carinho,sal, caneta, e quero
são nossas repetições sublimes e não oprime o que é belo e não
oprime o que aquela hora chama de bom, na nossa peça, na nossa trama
na nossa ordem dramática. Nosso tempo então e quando. Nossa circunstância é
nossa conjugação. Então vamos a lição: gente-sujeito vida-predicado; eis a minha oração.
Subordinadas aditivas ou adversativas aproximem-se! É verão, é tesão! O enredo a gente sempre
todo dia tece o destino ai acontece: o bem e o mal tudo depende de mim sujeito determinado da oração principal.
Elisa Lucinda
Parem de falar mal da rotina. Parem com essa sina anunciada de que tudo vai mal porque
se repete. Mentira. Bi-mentira: Não vai mal porque repete. Parece, mas não repete
Não pode repetir. É impossível ! O ser é outro, o dia é outro, a hora é outra.
E ninguém é tão exato. Nem em filme. Pensando firme nunca ouvi
ninguem falar mal de determinadas rotinas: chuva, dia azul,
Crepúsculo, primavera, lua cheia, ceu estrelado,
barulho do mar, O que que há? Parem
de falar mal da rotina. Beijo na
boca, mão nos peitinhos,
água na sede, flor no
jardim, colo de
mãe, namoro,
vaidades de
banho e
baton
vai-
dades
de terno e
gravata, vaidades
de jeans e camiseta,
pecados, paixões, punhetas,
livros, cinema, gavetas são nossos
obvios de estimação e ninguem pra eles fala não
abraço, pau, buceta, inverno, carinho,sal, caneta, e quero
são nossas repetições sublimes e não oprime o que é belo e não
oprime o que aquela hora chama de bom, na nossa peça, na nossa trama
na nossa ordem dramática. Nosso tempo então e quando. Nossa circunstância é
nossa conjugação. Então vamos a lição: gente-sujeito vida-predicado; eis a minha oração.
Subordinadas aditivas ou adversativas aproximem-se! É verão, é tesão! O enredo a gente sempre
todo dia tece o destino ai acontece: o bem e o mal tudo depende de mim sujeito determinado da oração principal.
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