Os poloneses chegaram na Alemanha pela porta da frente. Lideraram o grupo ao qual pertenciam nas eliminatórias européias por boa parte do tempo, e só foram ultrapassados pela Inglaterra já na reta final. Mas entraram mesmo assim, sem a chamada repescagem, como um dos segundos colocados com melhor campanha. E por pouco não fecharam com chave de ouro. Se vencessem a Alemanha hoje, poderiam voltar para casa felizes e satisfeitos, com a alma lavada e um sabor de vitória e vingança.
Foi no primeiro dia de Setembro de 1939 que as tropas alemãs invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, os alemães exigiam a devolução do "corredor polonês", faixa de terra que separava a antiga Prússia Oriental da Alemanha e que dava à Polônia acesso ao mar Báltico. Historicamente o tal "corredor polonês" pertencia à Pomerânia polonesa e foi colonizado por uma minoria alemã. Foi dado à Polônia pelo Tratado de Versalhes em 1919.
A primeira coisa que me vem à memória ao se falar em corredor polonês são aqueles corredores que fazia-se nas escolas de antigamente, onde pegava-se um novato que fizera alguma besteira, formava-se uma fila dupla de veteranos, e a vítima era obrigada a atravessar o corredor recebendo cascudos, nem sempre moderados.
Tal prática nos lembra também os setores da repressão policial, onde formava-se a fila dupla de monstros e obrigava-se o prisioneiro a passar pelo meio, levando porrada dos dois lados.
Hoje não houve violência. Só o desejo doce da vingança não foi satisfeito...
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