Hoje em dia, à base de corte de algumas despesas, eliminação de intermediários em áreas e negócios (o próprio governo dá a mordida!), reduzindo - ou mesmo isentando - taxas para empresas e capitais, além do subsídio europeu e a super-utilização de recursos humanos (mão-de-obra, que antes antes sub-utilizada, pois não havia trabalho), a Irlanda conseguiu sair da sua condição de de primo pobre e passar para a linha de frente do continente. À base de muito sacrifício... mas sacrifício para alguns, para a grande maioria, é verdade, mas não para todos, pois também aqui, tal qual todas as democracias, como as leis se aplicam a todos, todos tornam-se iguais perante as leis... acontece que há aqueles que são "mais iguais" que os outros...
A boa notícia é que, nas próximas eleições, se a lógica vencer, mudarão deste governo (corrupto!) que já dura 16 anos, para algo novo (???), se é que isso é possível, já que todos os partidos daqui parecem jogar no mesmo time dos interesses corporativos. Num exemplo rápido e ilustrativo, o governo (aliança do Fianna Fáil com os Democratas Progressivos) e sua principal oposição (o Fine Gael) disputavam há pouco, o fechamento ou não de casinos na Irlanda... Um queria, outro não... ambos veementes em seus pontos, quando de repente, de uma sexta para uma segunda, ambos passaram a concordar com o não fechamento dos casinos. Alguém do Sein Fein, o partido "marxista" irlandês, comentou que achava estranho a mudança de posição repentina, e urgiu querer saber o que havia se passado no final de semana destes senhores... Não faltaram dicas para a resposta!
Ao longo dos últimos 16 anos, o governo irlandês tem implementado uma série de programas econômicos nacionais destinados a controlar a inflação, diminuir os impostos, reduzir a percentagem que o investimento público tem no PIB, aumentar a qualificação da mão-de-obra e promover o investimento estrangeiro. O período de maior crescimento econômico foi de 1994 a 2000. Desde 2001 a economia começa a abrandar, seguindo uma tendência global, especialmente no sector de alta tecnologia; e embora a economia da República seja considerada enxuta e moderna, é, mais do que nunca, dependente do comércio, que tem se beneficiado do aumento nos gastos dos consumidores e de uma recuperação no investimento na construção e nos negócios. Atualmente a taxa de crescimento diminuiu cerca de 50%, e oscila entre 3 e 5 %, o que não é nada mal, mas um contraste aos 9% da época em que a Irlanda era conhecida como O Tigre Céltico...
Pois é... e dá-lhe imposto!!! Nos pobres (não-ricos fica melhor!), é claro!
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