Pilar del Río, viúva de Saramago, é presidente da Fundação Saramago, mas faz questão de ser chamada de "presidenta"... Diz ela, de boca cheia: "Presidenta, porque sou mulher!" Ela alega não perdoar "sexismos gramaticais"!
Essa cena vi no filme José e Pilar, documentário sobre José Saramago e Pilar Del Río, sua esposa e companheira dos últimos vinte e tantos anos de vida. Saramago lhe fez várias dedicatórias em seus livros, e a que mais me tocou foi esta:
Tudo bem dona Pilar... quando a senhora ficar "doenta", ou com dor de "denta", procure uma destista, pois feminista que é, duvido que procure um "dentisto"!
Essa cena vi no filme José e Pilar, documentário sobre José Saramago e Pilar Del Río, sua esposa e companheira dos últimos vinte e tantos anos de vida. Saramago lhe fez várias dedicatórias em seus livros, e a que mais me tocou foi esta:
"A Pilar, que ainda não havia nascido, e tanto tardou a chegar."Em meio a tanto lirismo - Saramago quando abre a boca, é só para falar o que precisa ser dito; seja uma piada sarcástica ("Se Cristo realmente reencarnasse, diria 'Homens, perdoai-o, pois Ele não sabe o que faz!'"), seja indagações ("Céu? O que é céu? Não há céu... só o espaço..."), ou divagações filosóficas (Sobre a morte, "... é o sentimento de ter estado e já não estar"). Em meio a tanto lirismo, destoou o feminismo exarcebado de Pilar. Ela, 30 e tantos anos mais jovem, parecia uma adolescente insegura querendo impor uma opinião exdrúxula e sem fundamentos frente a um grupo de pessoas mais velhas, experientes e informadas, na ocasião em que tentava defender Hillary Clinton - exclusivamente por ser mulher - num almoço de família... Saramago, calmo e didático, tentou falar, mas Pilar o sobrepôs...
Tudo bem dona Pilar... quando a senhora ficar "doenta", ou com dor de "denta", procure uma destista, pois feminista que é, duvido que procure um "dentisto"!
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