Sunday, April 12, 2009

divagações sobre a morte - III

Conversávamos sobre assuntos banais, quando alguém citou um documentário sobre pena de morte. Um padre americano com a teoria de que na hora da morte é possível captar na expressão do condenado se ele realmente é culpado ou não, e segundo ele, muitos inocentes vêem sendo executados.

Aí a discussão veio à tona: contra ou a favor? No time de cá, a defesa alega que há certos indivíduos cuja vida não vale o custo que causam ao sistema penitenciário (nos Estados Unidos há a prisão perpétua), enquanto os atacantes do lado de lá dizem que não deixa de ser um assassinato, a execução sumária - e sumária porque julgada por um grupo pré-determinado de pessoas, supostamente qualificadas a julgar quem deve viver ou morrer, como o polegar do imperador romano após as lutas de gladiadores: para cima, a misericórdia da vida, para baixo, a inescapável morte.

Qual a diferença entre matar e encarcerar pela a vida toda? Nenhuma, dirão uns, pois viver trancafiado não é vida... a única diferença é que o condenado tem uma oportunidade de se arrepender e aliviar sua alma. Sendo os EUA um país protestante/católico, talvez seja justamente isso que eles não querem...

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