Eu li as duas peças de teatro do atirador; "Richard McBeef" e "Mr. Brownstone". Elas são ruins. Literariamente ruins. Mal escritas. E não é pela violência despropositada ou linguajar de baixo calão que elas encerram - há muita literatura violenta e suja mas de qualidade - e sim a falta de objetivo aparente nas histórias. Elas não começam de algo tampouco vão para algum lugar... simplesmente agridem, sem a beleza do despropósito sadio, da crítica à violência. Ele apenas queria estar fazendo o que escreveu... mas isto não importa, importa? Deixe para os psicólogos analisarem os aspectos intrínsecos da personalidade perturbada de Seung Chuo.
Sobre o massacre de Virgínia, o que dizer? Aconteceu de novo... e se alqguém achava que depois de Columbine isto não conteceria mais, foi por pouco... Vale perguntar por que não temos estes tipos de malucos por aqui... Ora, temos, mas em menor escala, ou periculosidade, se podemos assim dizer. Lembremos de Mateus da Costa Meira, condenado por atirar contra a platéia e matar três pessoas que estavam no cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, em 3 de novembro de 1999. Na ocasião, Meira, armado com uma submetralhadora 9 mm, atirou contra as pessoas que assistiam ao filme "Clube da Luta", na sala 5 do cinema. Ele cursava o 6º ano de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Por isso, camaradinha, se você pensa em cursar uma faculdade nos EUA, pense duas vezes: Os EUA são aqui (ou deveria dizer aí), no Brasil. Não é preciso ir até lá para ser morto por um psicopata, nem para presenciar, impotente, poderosos lobbies agindo em causa própria, na via contrária aos interesses da população e do país. E discriminação racial tampouco é algo que não estejamos acostumados a presenciar.
Como disse o editorial do blog do pessoal do Campus da Universidade Técnica de Virgínia: “The biggest complaint about media is how they overdo it and never report enough good news. Hopefully, we can change that. “Invent the Future””
Se me sobrar um tempinho - o que anda difícil - vou traduzir as peças, só por curiosidade e exercício.
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