Em questão de segurança, nem mesmo a Europa é uma maravilha, sabemos disso. Mas também está longe, mas muito longe, dos problemas que temos no Brasil. E por quê? Ora, longe de querer ser o iluminado que diz o que anda errado aqui ou ali, posso apontar um dedo ou dois: educação. E educação é um problema até para quem é educado.
Aqui, aprende-se desde criancinha que todos têm um papel social a cumprir, com responsabilidade, e geralmente cumprem. Não é porque algum espertinho não respeita a pista correta para a conversão à direita que os outros também não a respeitarão. Têm-se um senso comum do que é correto, e ninguém precisa lembrar ninguém.
Outro exemplo. A reciclagem do lixo. A coleta é realmente uma coisa não muito eficiente: as latas verdes para os recicláveis - papel, papelão e latas - só passa uma vez por mês. Plásticos - não todos - devem ser levados aos centros de reciclagem, que não são muitos. Mas mesmo assim, as pessoas vão. E geralmente, não usam as latas verdes para outros lixos - a coleta das latas verdes são gratuítas, enquanto o lixo não-reciclável custa 8 euros [pouco mais de 20 reais] por lata de 240 litros.
Geralmente é este o "background" do europeu-ocidental. Há excessões, mas elas não são as regras, e assim todos vivem bem, mesmo os espertinhos que eventualmente são apanhados em suas pequenas subversões e muitas vezes têm que desembolsar a multa na hora - ao vivo e à cores, já que o euro é bem coloridinho, como o real (Parênteses: episódio de Os Simpsons em que o Brasil é esteriotipado com macacos nas ruas, bandidos por todos os lados, seqüestros, favelas - nada de novo, na verdade, só o fato Rio do Janeiro ser ao lado da Amazônia - e o dinheiro colorido - "coisa mais gay!", foi o comentário. Fecha parênteses)
Na mesma linha da conduta social, tem o governo, que não é dos melhores - governo e perfeição são palavras que não cabem no mesmo pote - mas tem seus méritos, nem tanto econômicos - já que deve seu sucesso aos incentivos europeus - mas sociais. Paga-se caros impostos por isso, mas eu acho que vale a pena. Tem gente que reclama: "Onde já se viu pagar impostos para sustentar vagabundos e drogados?" É um ponto. É apenas uma parte do dinheiro que vai para este fim - habitação e auxílio financeiro para quem não trabalha - e é esta mesma parte do dinheiro que mantém os níveis de violência baixos, pois o governo dá casa salário para essa gente. Eles têm três opções: 1) viverem com o mínimo possível, aquém do limite do que muitos considerariam humano e digno, e assim comprarem suas drogas e se matarem aos poucos; 2) viverem simples, mas dignamente com o pouco que o governo oferece; 3) arrumarem um emprego e mudarem de vida. É isso, o benefício desse dinheiro é que não se cria bandidos. Violência [quase] zero. Aqui na Irlanda só morre gente de velhice, em tiroteios entre gangues de narco-traficantes, acidentes de carro envolvendo bêbados e suicídio de adolescentes.
Ainda assim uma doce-triste realidade!
Aqui, aprende-se desde criancinha que todos têm um papel social a cumprir, com responsabilidade, e geralmente cumprem. Não é porque algum espertinho não respeita a pista correta para a conversão à direita que os outros também não a respeitarão. Têm-se um senso comum do que é correto, e ninguém precisa lembrar ninguém.
Outro exemplo. A reciclagem do lixo. A coleta é realmente uma coisa não muito eficiente: as latas verdes para os recicláveis - papel, papelão e latas - só passa uma vez por mês. Plásticos - não todos - devem ser levados aos centros de reciclagem, que não são muitos. Mas mesmo assim, as pessoas vão. E geralmente, não usam as latas verdes para outros lixos - a coleta das latas verdes são gratuítas, enquanto o lixo não-reciclável custa 8 euros [pouco mais de 20 reais] por lata de 240 litros.
Geralmente é este o "background" do europeu-ocidental. Há excessões, mas elas não são as regras, e assim todos vivem bem, mesmo os espertinhos que eventualmente são apanhados em suas pequenas subversões e muitas vezes têm que desembolsar a multa na hora - ao vivo e à cores, já que o euro é bem coloridinho, como o real (Parênteses: episódio de Os Simpsons em que o Brasil é esteriotipado com macacos nas ruas, bandidos por todos os lados, seqüestros, favelas - nada de novo, na verdade, só o fato Rio do Janeiro ser ao lado da Amazônia - e o dinheiro colorido - "coisa mais gay!", foi o comentário. Fecha parênteses)
Na mesma linha da conduta social, tem o governo, que não é dos melhores - governo e perfeição são palavras que não cabem no mesmo pote - mas tem seus méritos, nem tanto econômicos - já que deve seu sucesso aos incentivos europeus - mas sociais. Paga-se caros impostos por isso, mas eu acho que vale a pena. Tem gente que reclama: "Onde já se viu pagar impostos para sustentar vagabundos e drogados?" É um ponto. É apenas uma parte do dinheiro que vai para este fim - habitação e auxílio financeiro para quem não trabalha - e é esta mesma parte do dinheiro que mantém os níveis de violência baixos, pois o governo dá casa salário para essa gente. Eles têm três opções: 1) viverem com o mínimo possível, aquém do limite do que muitos considerariam humano e digno, e assim comprarem suas drogas e se matarem aos poucos; 2) viverem simples, mas dignamente com o pouco que o governo oferece; 3) arrumarem um emprego e mudarem de vida. É isso, o benefício desse dinheiro é que não se cria bandidos. Violência [quase] zero. Aqui na Irlanda só morre gente de velhice, em tiroteios entre gangues de narco-traficantes, acidentes de carro envolvendo bêbados e suicídio de adolescentes.
Ainda assim uma doce-triste realidade!
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