Costumava discutir com Arnaldo as conseqüências de 1968. Arnaldo Xavier, mais que ninguém que conheçia, achava que algo havia naquele ano mágico... algo "a mais", o primeiro ano dos tempos modernos. O mundo parecia conectado, tudo acontecia ao mesmo tempo e agora, em todos os lugares, e num mundo onde sonhava-se com a internet (a ARPANET, vovó da Internet, só apareceu em 1969, e para fins militares do DOD, Departamento de Defesa dos EUA) ou qualquer outro meio de comunicação que entregasse as notícias na velocidade que temos hoje. Eu não podia me lembrar destas coisas, pois competaria apenas 2 anos de vida naquele fevereiro, mas Arnaldo beirava os 20. Cabeça burbulhante, já perturbada pela busca da experimentação de uma poesia de invenção, da prosa-peixeira, das transgressões dogmáticas, Arnaldo trazia na memória fatos & fotos que não se encaixavam no quebra-cabeça de sua lógica, na busca da compreensão do mundo, naquele importante ano de 1968.
A Primavera de Praga, movimento liderado por intelectuais do PC Tcheco interessados em promover a experiência de um socialismo com face humana; o assassinato de Martin Luther King; o assassinato de Robert Kennedy; o Maio de 68 em Paris e os tumultos estudantis ao redor do mundo; as reações contra a participação crescente dos EUA na Guerra do Vietnã; condenação do uso de anticoncepcionais pelo papa; O acordo de não proliferação nuclear assinado por 137 países; a violência contra as manifestações estudantis como o Massacre de Tlateloco, no México, a noite das barricadas, em Paris e a batalha da Maria Antônia, em São Paulo; o golpe de estado no Peru; o AI-5, decretado por Costa e Silva, dando início ao período mais violento da ditadura militar no Brasil; a contracultura, o rock 'n rool, os hippies... É, '68 foi um ano. O divisor das águas. O momento de grande contestação da política e dos costumes no Brasil e no mundo. "É proibido proibir", era o lema! Mas onde estava o "por que" das coisas... essa era a pergunta.
Mas porque tudo isso? É que hoje tomei conhecimento de um fato novo para mim: A revolução dos estudantes franceses de 1968 começou no Campus de Nanterre da Universidade de Paris, na sala de Manuel Castells, o sociólogo espanhol que é um dos precursores do estudo do impacto da tecnologia na sociedade, postado aqui.
Talvez seja este um pedaço do elo-perdido...
A Primavera de Praga, movimento liderado por intelectuais do PC Tcheco interessados em promover a experiência de um socialismo com face humana; o assassinato de Martin Luther King; o assassinato de Robert Kennedy; o Maio de 68 em Paris e os tumultos estudantis ao redor do mundo; as reações contra a participação crescente dos EUA na Guerra do Vietnã; condenação do uso de anticoncepcionais pelo papa; O acordo de não proliferação nuclear assinado por 137 países; a violência contra as manifestações estudantis como o Massacre de Tlateloco, no México, a noite das barricadas, em Paris e a batalha da Maria Antônia, em São Paulo; o golpe de estado no Peru; o AI-5, decretado por Costa e Silva, dando início ao período mais violento da ditadura militar no Brasil; a contracultura, o rock 'n rool, os hippies... É, '68 foi um ano. O divisor das águas. O momento de grande contestação da política e dos costumes no Brasil e no mundo. "É proibido proibir", era o lema! Mas onde estava o "por que" das coisas... essa era a pergunta.
Mas porque tudo isso? É que hoje tomei conhecimento de um fato novo para mim: A revolução dos estudantes franceses de 1968 começou no Campus de Nanterre da Universidade de Paris, na sala de Manuel Castells, o sociólogo espanhol que é um dos precursores do estudo do impacto da tecnologia na sociedade, postado aqui.
Talvez seja este um pedaço do elo-perdido...
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