O que tem de texto circulando por aí atribuído a gente famosa é brincadeira! Drummond, Veríssimo, Jabor... textos geralmente amadores com "cacoetes" estilísticos que tentam imitar o suposto autor para tentar dar credibilidade, e todo mundo acredita! Eu sempre ignoro tais emails - não leio mesmo! Desculpem-me os amigos que os enviam, que assim só colaboram com os spams - uma das maiores pragas da internet - e com a falsa informação. Mas este eu li! E resolvi comentar, porque é especialmente reacionário, e quem não consegue perceber isso, camaradinha, está precisando rever seus conceitos... a saber:
Dar ou não dar esmola pra pobre não tem nada que ver com cobrar que governo resolva o problema da pobreza. A pobreza não é um problema, é um estado. Sempre vai existir, até em países ricos existe. O que precisa acabar é a miséria. Em país rico não tem miséria, mas tem pobreza. E o governo ajuda. É até um direito. Dá esmola quem quer. Mas dar esmola para um miserável pode salvar o dia do desinfeliz. Solidariedade, compaixão e misericórdia não dependem de ação de governo nenhum, não tem nacionalidade nem crença. É uma questão de coração.
E até agora eu estou só no terceiro ou quarto parágrafo! Melhor mesmo é pular esse monte de merda e partir pra conclusão do sujeito:
Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.Começou bem, pois "babaca" é uma palavra que Arnaldo Jabor usaria tranqüilamente, no seu jeito despojado de falar. Dá credibilidade à mentira. Continuemos...
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;Aí pegou. Primeiro que Lula não tem história de vida sofrida, ele tem história de vida simples, como todo mundo que não se enquadra naqueles 3 (ou serão 10) por cento de privilegiados que nasceram em berço de ouro e não precisam (ou não precisaram) trabalhar duro pra conseguir as coisas. Querer desclassificar o gari não parece também uma colocação de Jabor, que sabe reconhecer a importância de qualquer profissão, de puta a jogador de futebol. E o que elegeu Lula, todo mundo sabe e o Jabor também, foi o populismo. Aquele mesmo usado por Collor e por FHC, mas FHC é letrado, e candidato letrado não faz populismo, mas plano de governo.
Dar ou não dar esmola pra pobre não tem nada que ver com cobrar que governo resolva o problema da pobreza. A pobreza não é um problema, é um estado. Sempre vai existir, até em países ricos existe. O que precisa acabar é a miséria. Em país rico não tem miséria, mas tem pobreza. E o governo ajuda. É até um direito. Dá esmola quem quer. Mas dar esmola para um miserável pode salvar o dia do desinfeliz. Solidariedade, compaixão e misericórdia não dependem de ação de governo nenhum, não tem nacionalidade nem crença. É uma questão de coração.
Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.Errou aqui... duvido que Arnaldo Jabor usasse "bobalhão". Não é do seu repertório.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo , ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.Criticar um humorista? Não... não é o Jabor. Isso é coisa de recalcado chauvinista, que tem medo de rir... rir da desgraça sim, por que não? Rir não te imobiliza, não te "abobalha", ao contrário, faz pensar. Além do mais, ser humorista nesse país é uma tarefa árdua, pois a concorrência é grande: a realidade já é uma piada. Mas o chauvinismo é o pior deshumor. "Põe na cadeia"!
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.Aqui o autor do texto deixou cair sem querer a máscara do seu facismo barato e expôs ao que realmente veio - acabar com o problema da miséria acabando com os miseráveis. E como ele provavelmente não faz parte dessa fatia da população que vive de bolsa-família, poderia ter idéias melhores e fazer coisas melhores, mas não, prefere num texto esdrúxulo exigir que os "vagabundos" que vivem de R$90 por mês se ocupem de pensamentos mais nobres do que a simples sobrevivência.
E até agora eu estou só no terceiro ou quarto parágrafo! Melhor mesmo é pular esse monte de merda e partir pra conclusão do sujeito:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente. Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!Alguém aí é capaz de adivinhar a quem ele se referiu ao dizer "... e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente"? Faltou dizer que "Esse é um país que vai pra frente" e "Brasil: ame-o ou deixe-o".
No comments:
Post a Comment