Friday, November 21, 2008

Jazz-me!

Sob o título "Scene Norway", o London Jazz Festival deste ano trouxe gente da pesada. E nós estávamos lá! Fomos para ver Marie Boine e Bugge Wesseltoft, mas acabamos nos surpreendendo com outras coisas tambem. A noite abriu-se com a dupla "Terje Isungset & Karl Seglem". O saxofonista e o percursionista noruegueses sabem o que estão fazendo, misturando como ninguem trechos folclóricos com ambiente e jazz. De tirar o fôlego! Marie Boine veio em seguida com sua nova banda - muito boa por sinal. Destaque para a precisão do baterista e a sutileza do guitarrista. E ela, claro, Marie Boine esbanjando sua voz, cantando exclusivamente em Sami.

Na sala dois assistimos ao tecladista Bugge Wesseltoft & Convidados. Primeiro Bugge começou sua apresentação solo ao piano, destilando-se em samplers e sequencers, numa aula de improvisação e composição "on-demand"! Em seguida, o baterista - em solo - tentou fazer o mesmo, menos impressionante mas ainda criativo, mas quando a trompista - também em solo - partiu para sua seqüência de samplerização, deixou a desejar., e acabou vaiada...

Não se faz jazz pela fama, pelas as jóias ou pelas mulheres. Isso é coisa de RaP, Hip-Hop, Pagodeiro... Muito menos se espera fama e dinheiro quando se sai da trilha do convencional, seja em qualquer estilo! Vair um músico não é educado, tampouco justo ou honesto. Traz o sentido do desprezo, e ao invés de demonstrar que você não gostou, sugere que você pode fazer melhor. E mesmo que possa, não vaie, pois poderia ser você lá no palco... Não gostou? Não aplauda. Umas poucas palmas espaçadas já é embaraçoso o suficiente para qualquer artista, não há necessidade das vaias.

Este fim de semana vamos para ver Chick Corea & John McLaughlin juntos, mais Kenny Garrett, Christian McBride e Vinnie Colaiuta. O Grand Finale do festival! O super grupo de Corea e McLaughlin - ambos parte do Bitches Brew Band, de Miles Davis antes de suas experiências com fusion em suas próprias bandas (Return To Forever e The Mahavishnu Orchestra). Já tive o prazer de ver McLaughlin este ano cá em Dublin, mas algo me diz que esta apresentação vai dar o que falar...

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