Conheci um Sexta-Feira. Era esse o seu nome - Friday. Ou melhor, apelido. Apelidaram-no assim porque Sexta-Feira é o dia em que reconhecidamente ninguém trabalha direito devido à expectativa do final de semana. E assim era Sexta-Feira... um não-trabalhor, como prontamente corrigia se alguém lhe chamasse de desempregado:
- Desempregado é alguém sem emprego, alguém que perdeu o emprego. Eu nunca trabalhei! Sou um não-trabalhador!
E dizia isso cheio de um orgulho que deixava as pessoas confusas, a se perguntarem do que exatamente Sexta-Feira sentia-se orgulhoso. E se perguntassem a ele do que sentia orgulho, responderia de bate-pronto, "De ser independente!", o que poderia levar os mais desavisados a pensar que não era verdade, já que Sexta-Feira só sobrevivia devido caridade dos outros; caridade dos que lhe davam comida, caridade dos que lhe davam abrigo vez ou outra, caridade dos que lhe davam roupas, e caridade também dos que lhe davam ouvidos... talvez essa a única caridade da qual Sexta-Feira realmente dependesse.
Seria um engano dizer que Sexta-Feira não era independente. Ele era independente do dinheiro sujo. Segundo Sexta-Feira, o dinheiro, mesmo aquele proveniente do trabalho honesto, era sujo, pois ele dizia não haver trabalho honesto num mundo onde as vantagens e as oportunidades tomadas sobre o próximo regem as engrenagens. "Vide os mercados financeiros, os interesses das grandes organizaçcões e seus políticos lobistas, os patrões sobre seus empregados, os ricos sobre os pobres...", dizia Sexta-Feira.
O negócio é que Sexta-Feira sumiu. Desapareceu... uns dizem que deram um fim nele, pois andava incomodando muita gente com aqueles pensamentos pseudo-comunistas. Outros dizem que achou um bilhete de loteria premiado.
A verdade é que nunca mais se viu o Sexta-Feira...
- Desempregado é alguém sem emprego, alguém que perdeu o emprego. Eu nunca trabalhei! Sou um não-trabalhador!
E dizia isso cheio de um orgulho que deixava as pessoas confusas, a se perguntarem do que exatamente Sexta-Feira sentia-se orgulhoso. E se perguntassem a ele do que sentia orgulho, responderia de bate-pronto, "De ser independente!", o que poderia levar os mais desavisados a pensar que não era verdade, já que Sexta-Feira só sobrevivia devido caridade dos outros; caridade dos que lhe davam comida, caridade dos que lhe davam abrigo vez ou outra, caridade dos que lhe davam roupas, e caridade também dos que lhe davam ouvidos... talvez essa a única caridade da qual Sexta-Feira realmente dependesse.
Seria um engano dizer que Sexta-Feira não era independente. Ele era independente do dinheiro sujo. Segundo Sexta-Feira, o dinheiro, mesmo aquele proveniente do trabalho honesto, era sujo, pois ele dizia não haver trabalho honesto num mundo onde as vantagens e as oportunidades tomadas sobre o próximo regem as engrenagens. "Vide os mercados financeiros, os interesses das grandes organizaçcões e seus políticos lobistas, os patrões sobre seus empregados, os ricos sobre os pobres...", dizia Sexta-Feira.
O negócio é que Sexta-Feira sumiu. Desapareceu... uns dizem que deram um fim nele, pois andava incomodando muita gente com aqueles pensamentos pseudo-comunistas. Outros dizem que achou um bilhete de loteria premiado.
A verdade é que nunca mais se viu o Sexta-Feira...
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