Esses dias no Youtube, ao assistir ao discurso de despedida do Obama, resolvi também recordar o discurso de vitória do Trump. Dois belos discursos, diga-se de passagem, mas o que me surpreendeu mesmo foram as propagandas, essas grandes invasoras de privacidade de hoje em dia!
Nos pouco mais de 60 minutos do Trump, tive vários (ou deveria dizer vááááááriosssss!!) daqueles irritantes momentos em que um anúncio comercial interrompe seu vídeo para lhe falar das mais nova "coisa incrível" que você não pode viver sem! E é claro, fazem isso porque sempre tem gente genuinamente capaz de se perguntar como é que viveu até agora sem aquilo, seja lá o que aquilo seja! Irritante, para dizer pouco, e enquanto esperava os eternos 4 segundos que para voltar ao vídeo, anotava o nome do produto, só para ter certeza de NUNCA comprar da dita marca, por mais que eu genuinamente precise do item!
Enfim, findo o vídeo do Trump, fui ao de Obamam, e para a minha surpresa, foram 50 minutos sem ao menos um dos irritantes anúncios! Achei fantástico! Só me pergunto como... seria falta de interesse dos patrocinadores no Obama, pois agora ele é apenas o EX-presidente, enquanto o Trump é O presidente, ou teria o Obama pago o Youtube para que não houvesse anúncios?
Ora, quem se importa? Perguntariam... pois eu me importo, com os anúncios, os do Youtube e além, que só beneficiam aqueles que anunciam e o meio em que é anunciado. Para o "consumidor" (tem opção?) do anúncio, sobra chatice, aborrecimento e perda de tempo. "Ah, mas quando anunciam algo que preciso, aí é útil", diriam uma daquelas gentes "genuinamente capazes de precisar de qualquer coisa", mas eu ainda acho que não...
O problema está mesmo é no consumismo (xi, papo de socialista/comunista!) e no paradigma do crescimento infinito! Crescer é a palavra de ordem! Crescer, crescer e crescer... mas pra onde?!?
Nos tempos antigos, quando as sociedades tradicionais eram fortemente baseadas na agricultura, os laços familiares eram bem mais marcantes... De repente, esses laços foram substituídos por habilidades individuais, surgindo os técnicos, os grandes empreendedores, que visando grandes lucros e dispostos a correr grandes riscos, dão campo ao surgimento dos grandes bancos, que proporcionam pesados investimentos em infra-estrutura de transportes e comunicação, que ajuda a ampliar o comércio externo, que traz um aumento das taxas de investimentos e poupança, que gera investimentos em novas técnicas agrícolas e industriais, com tecnologia (sempre) de ponta e o surgimento de diversas novas indústrias, a expansão do comércio ao nível internacional...
A economia experimenta grandes mudanças, e aqueles antigos valores se tornam ultrapassados. Praticamente não há carência tecnológica em nenhuma área de produção, e países passam a poder produzir aquilo que acharem necessário. Atingimos, assim, o crescimento auto-sustentado! E uma vez lá, precisamos manter a roda rosdando, e é aí que o consumo de massa entra no jogo!
O inevitável - e considerável - aumento da renda per capita gera o anseio pelo bem-estar social, e finalmente a necessidade das pessoas não pertence mais a elas, mas é sim direcionada pelo marketing das grandes empresas, e suas motivações para o consumo também não partem mais delas, mas de aspirações sociais criadas por aquele mesmo marketing, como sucesso, prestígio ou exclusividade.
Nos pouco mais de 60 minutos do Trump, tive vários (ou deveria dizer vááááááriosssss!!) daqueles irritantes momentos em que um anúncio comercial interrompe seu vídeo para lhe falar das mais nova "coisa incrível" que você não pode viver sem! E é claro, fazem isso porque sempre tem gente genuinamente capaz de se perguntar como é que viveu até agora sem aquilo, seja lá o que aquilo seja! Irritante, para dizer pouco, e enquanto esperava os eternos 4 segundos que para voltar ao vídeo, anotava o nome do produto, só para ter certeza de NUNCA comprar da dita marca, por mais que eu genuinamente precise do item!
Enfim, findo o vídeo do Trump, fui ao de Obamam, e para a minha surpresa, foram 50 minutos sem ao menos um dos irritantes anúncios! Achei fantástico! Só me pergunto como... seria falta de interesse dos patrocinadores no Obama, pois agora ele é apenas o EX-presidente, enquanto o Trump é O presidente, ou teria o Obama pago o Youtube para que não houvesse anúncios?
Ora, quem se importa? Perguntariam... pois eu me importo, com os anúncios, os do Youtube e além, que só beneficiam aqueles que anunciam e o meio em que é anunciado. Para o "consumidor" (tem opção?) do anúncio, sobra chatice, aborrecimento e perda de tempo. "Ah, mas quando anunciam algo que preciso, aí é útil", diriam uma daquelas gentes "genuinamente capazes de precisar de qualquer coisa", mas eu ainda acho que não...
O problema está mesmo é no consumismo (xi, papo de socialista/comunista!) e no paradigma do crescimento infinito! Crescer é a palavra de ordem! Crescer, crescer e crescer... mas pra onde?!?
Nos tempos antigos, quando as sociedades tradicionais eram fortemente baseadas na agricultura, os laços familiares eram bem mais marcantes... De repente, esses laços foram substituídos por habilidades individuais, surgindo os técnicos, os grandes empreendedores, que visando grandes lucros e dispostos a correr grandes riscos, dão campo ao surgimento dos grandes bancos, que proporcionam pesados investimentos em infra-estrutura de transportes e comunicação, que ajuda a ampliar o comércio externo, que traz um aumento das taxas de investimentos e poupança, que gera investimentos em novas técnicas agrícolas e industriais, com tecnologia (sempre) de ponta e o surgimento de diversas novas indústrias, a expansão do comércio ao nível internacional...
A economia experimenta grandes mudanças, e aqueles antigos valores se tornam ultrapassados. Praticamente não há carência tecnológica em nenhuma área de produção, e países passam a poder produzir aquilo que acharem necessário. Atingimos, assim, o crescimento auto-sustentado! E uma vez lá, precisamos manter a roda rosdando, e é aí que o consumo de massa entra no jogo!
O inevitável - e considerável - aumento da renda per capita gera o anseio pelo bem-estar social, e finalmente a necessidade das pessoas não pertence mais a elas, mas é sim direcionada pelo marketing das grandes empresas, e suas motivações para o consumo também não partem mais delas, mas de aspirações sociais criadas por aquele mesmo marketing, como sucesso, prestígio ou exclusividade.