o brasil de viver
Ilustração: William Medeiros |
Pessoas do bem: já piso terras pindorâmicas!
Pessoas do mal: me perdi, ainda não cheguei!
Vir ao Brasil é sempre uma aventura que começa antes mesmo de chegar: neguinho furando fila, com malas super-cheias barganhando uns quilinhos a mais, pulando de um acento ao outro querendo garantir três acentos vazios para dormir, gritando dentro do avião, desrespeitando o sinal de apertar os cintos, levantando antes do avião parar, se amontoando para coletar as malas na área sinalizada para ficar livre... E quando chega é a saudades do calor pegajoso, do trânsito sufocante, dos motoristas irracionais, do ar irrespirável, da super-população nos meios de transporte, das notícias populistas, da sensação de insegurança que paira no ar... A invasão de espaço, de privacidade e de dignidade. Desrespeito não só ao próximo, mas também ao anterior e ao atual! É tanta malandragem, é o jeitinho brasileiro, o carma do homem cordial, a maldição da lei de Gerson; é tanta hiprocrisia, cara de pau e corrupção de valores - monetário e principalmente morais! O crescimento da cultura do "vigilante" (salve Charles Bronson!), onde cada vez mais cidadãos, que já se sentiam juízes absolutos da situação nacional, estadual e municipal, agora, mais preocupante, também o são das ruas, onde a máxima malufiana "bandido bom é bandido morto" é usada como grito de guerra! Aí, quando os trê pilares da democracia - legislativo, executivo e judiciário - se concentram numa só pessoa ou grupo de pessoas, cabendo a elas decidirem, julgarem e executarem, aí a merda já não fede mais camaradinha, pois você já a engoliu! Mas tem futebol (cartolado) na TV, cerveja (com milho transgênico) na geladeira e carne (adulterada) no freezer, e uma pá de séries legais pra assistir/baixar: Prision Break, Walking Dead, Game of Thrones, Empire, Pretty Little Liars, The Blacklist... Nomes no mínimo sugestivos!
Pessoas do mal: me perdi, ainda não cheguei!
Vir ao Brasil é sempre uma aventura que começa antes mesmo de chegar: neguinho furando fila, com malas super-cheias barganhando uns quilinhos a mais, pulando de um acento ao outro querendo garantir três acentos vazios para dormir, gritando dentro do avião, desrespeitando o sinal de apertar os cintos, levantando antes do avião parar, se amontoando para coletar as malas na área sinalizada para ficar livre... E quando chega é a saudades do calor pegajoso, do trânsito sufocante, dos motoristas irracionais, do ar irrespirável, da super-população nos meios de transporte, das notícias populistas, da sensação de insegurança que paira no ar... A invasão de espaço, de privacidade e de dignidade. Desrespeito não só ao próximo, mas também ao anterior e ao atual! É tanta malandragem, é o jeitinho brasileiro, o carma do homem cordial, a maldição da lei de Gerson; é tanta hiprocrisia, cara de pau e corrupção de valores - monetário e principalmente morais! O crescimento da cultura do "vigilante" (salve Charles Bronson!), onde cada vez mais cidadãos, que já se sentiam juízes absolutos da situação nacional, estadual e municipal, agora, mais preocupante, também o são das ruas, onde a máxima malufiana "bandido bom é bandido morto" é usada como grito de guerra! Aí, quando os trê pilares da democracia - legislativo, executivo e judiciário - se concentram numa só pessoa ou grupo de pessoas, cabendo a elas decidirem, julgarem e executarem, aí a merda já não fede mais camaradinha, pois você já a engoliu! Mas tem futebol (cartolado) na TV, cerveja (com milho transgênico) na geladeira e carne (adulterada) no freezer, e uma pá de séries legais pra assistir/baixar: Prision Break, Walking Dead, Game of Thrones, Empire, Pretty Little Liars, The Blacklist... Nomes no mínimo sugestivos!
- Tá dando a delação premiada da Odebrecht na TV...
- Ah... Vocês vão querer pizza de quê?