Monday, March 09, 2009

no tempo do dez réis e do vintém...


Conhecem aquela música Saco de Feijão, de Francisco Santana, que se popularizou na voz de Beth Carvalho? Faz uma pesquisa básica no youtube, você vai achar... a letra vai por aqui:
Meu Deus mas para que tanto dinheiro
Dinheiro só pra gastar
Que saudade tenho do tempo de outrora
Que vida que eu levo agora
Já me sinto esgotado
E cansado de penar, meu Deus
Sem haver solução
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão
Me diga gente
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão
No tempo dos "derréis" e do vintém
Se vivia muito bem, sem haver reclamação
Eu ia no armazém do seu Manoel com um tostão
Trazia um quilo de feijão
Depois que inventaram o tal cruzeiro
Eu trago um embrulhinho na mão
E deixo um saco de dinheiro
Ai, ai, meu Deus

Foi quando o primeiro real (aquele do período colonial) começou a desvalorizar - o que se comprava com "derréis" passou a custar mirréis, depois um conto de réis... e daí pra frente a coisa só desandou; vieram o cruzeiro, depois o Cruzeiro Novo, e o Cruzeiro de novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro (de novo), Cruzeiro Real, e finalmente o Real de hoje...

Dinheiro antigo, expressões antigas... me lembrar de jargões enraizados culturalmente em certas regiões, que mesmo não fazendo mais sentido ainda são utilizadas. Coisas como "amigo da onça", para o falso amigo, "onde o Judas perdeu as botas", para grandes distâncias, "a preço de banana", para coisas a preços módicos, "mas será o Benedito?", usada sempre que alguém tem alguma dúvida sobre alguma coisa... e tantas outras.

E tudo isso foi pra dizer que já foi o tempo em que a preço de banana, amigo, era algo barato! Não sei no Brasil, mas com o preço da banana aqui na Irlanda, dá pra comprar alguns saquinhos de feijão, sim senhor!

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