E não é que a Veja ainda é editada em Pindorama? Se é editada é porque tem gente que lê. Ou melhor, gente que vê, já que a revista continua firme na sua proposta imagética de 1968: propagandas e mais propagandas, quase competindo com as matérias. Como sempre foi, uma revista para se ver. E como as matérias são ruins, MUITO RUINS, quase ninguém liga, pois pouco tem-se para ler lá. A que tenho em mãos (até tú, Brutus?) tem o Fidel na capa, com o triste título "Já vai tarde", como se a revista se colocasse na posição onissapiente de julgar o que é certo e errado, bom ou ruim, do bem ou do mal.
Esta é a diferença entre a Veja e a The Economist: enquanto esta noticia, aquela traça opiniões parciais e factóides com ar de matéria. Que o conselho editorial da Veja é composto por gente de opinião parcial, todo mundo sabe. Inclusive seu presidente e editor, Roberto Civita, envolvido em escândalos de informações privilegiadas no governo Sarney, apadrinhado por ACM, e toda aquela chafurda. Mas "noticiar" opiniões políticas e julgamento de valores passa do limite do bom jornalismo que alguns membros do conselho bravamente defendem.
Porque a comparação com a The Economist? Porque assinei a revista. E assinei porque é boa. Mas podia ser uma comparação com a Newsweek, que aliás sempre foi o paradigma da Veja. Ao menos é o que eles dizem, mas eu digo que está longe de ser Realidade (Realidade foi uma revista lançada pela Editora Abril que circulou até 1968, e deu lugar para a Veja. Tinha uma abordagem mais ousada, com matérias em primeira pessoa, fotos que deixavam perceber a existência do fotógrafo e designer gráfico pouco tradicional).
Para a infelicidade da Veja, Fidel não acaba assim. A própria política americana e seus terrores deram-lhe a importância necessária, devida ou não. E alguém desse tamanho está muito acima de um simples cargo de presidente (a que renunciou) e de primeiro-secretário do Partido Comunista (a que não renunciou). Enquanto estiver vivo, Fidel continuará sendo a Suprema Instância, e sabe-se lá se não continuará mesmo depois de morto.
Agora é moda
Neste 4 de Março, Ian Paisley anunciou sua renúncia. Político e líder religioso da Irlanda do Norte, Paisley é o fundador da Igreja Livre Presbiteriana de Ulster e líder do Partido Unionista Democrático (DUP), o mais radical entre os protestantes, e que defende o domínio britânico no norte da ilha.
Curiosidade: ele, como Fidel, também tem 81 anos.
Esta é a diferença entre a Veja e a The Economist: enquanto esta noticia, aquela traça opiniões parciais e factóides com ar de matéria. Que o conselho editorial da Veja é composto por gente de opinião parcial, todo mundo sabe. Inclusive seu presidente e editor, Roberto Civita, envolvido em escândalos de informações privilegiadas no governo Sarney, apadrinhado por ACM, e toda aquela chafurda. Mas "noticiar" opiniões políticas e julgamento de valores passa do limite do bom jornalismo que alguns membros do conselho bravamente defendem.
Porque a comparação com a The Economist? Porque assinei a revista. E assinei porque é boa. Mas podia ser uma comparação com a Newsweek, que aliás sempre foi o paradigma da Veja. Ao menos é o que eles dizem, mas eu digo que está longe de ser Realidade (Realidade foi uma revista lançada pela Editora Abril que circulou até 1968, e deu lugar para a Veja. Tinha uma abordagem mais ousada, com matérias em primeira pessoa, fotos que deixavam perceber a existência do fotógrafo e designer gráfico pouco tradicional).
Para a infelicidade da Veja, Fidel não acaba assim. A própria política americana e seus terrores deram-lhe a importância necessária, devida ou não. E alguém desse tamanho está muito acima de um simples cargo de presidente (a que renunciou) e de primeiro-secretário do Partido Comunista (a que não renunciou). Enquanto estiver vivo, Fidel continuará sendo a Suprema Instância, e sabe-se lá se não continuará mesmo depois de morto.
Agora é moda
Neste 4 de Março, Ian Paisley anunciou sua renúncia. Político e líder religioso da Irlanda do Norte, Paisley é o fundador da Igreja Livre Presbiteriana de Ulster e líder do Partido Unionista Democrático (DUP), o mais radical entre os protestantes, e que defende o domínio britânico no norte da ilha.
Curiosidade: ele, como Fidel, também tem 81 anos.
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