O cara não podia ver um nome de mulher que logo associava a uma música. E começava a cantarolar: "Telma eu não sou gay...", Lígia, Lígia, eu nunca sonhei com você...", "Carolina, em seus olhos fundos...", "A Rita levou meu sorriso...", "Amélia é que era mulher de verdade...", e por aí vai. Ou melhor, por aí ia. Tamanho era o problema nos caixas dos supermercados, com as escriturárias nos bancos e com recepcionistas em geral, que ele teve que abster-se da prática que achava até muito salutar: cantarolar... passou então a assoviar!
Assoviar era muito mais discreto. A melodia podia vir logo à mente, mas as palavras da letra não estavam lá... dependia de cada um associá-las ou não. Mas nem todas eram assim, desligadas. Muitas ainda pescavam o silvo, e geralmente encaravam o fato, por ser mais discreto, como um galanteio. Certa vez ao assoviar "Telma eu não sou gay", a Telma em questão virou-se para ele com um sorriso maroto: "Ainda bem!". Sem graça e pego de surpresa, quis aproveitar a situaçao e emendou: "Você vem sempre aqui?", mas ao percebe a besteira que dissera a uma caixa de supermercado, calou... sorte que ela riu da palhaçada. Resultado: acabou comendo!
Depois disso, achou que havia descoberto um filão de ouro! Aumentou o repertório, procurou músicas com nome de mulheres na internet e decorou suas letras e melodias, mas percebeu que não adiantava ele saber as músicas, e sim elas tinham que saber. Aí desistiu das pesquisas e passou a ouvir às rádios populares... passava horas do dia e da noite ligado na programação das rádios, de todas elas, num frenético vai-e-vem no daial.
A verdade é que depois daquela Telma não pintou mais nada. Nem Lígias, Carolinas, Amélias, tampouco outro nome qualquer. Um sorriso ou outro, sem graça pra dizer a verdade, nada mais. Dado por derrotado no que pensara ser a motivação de sua vida, voltou para a monotonia dos seus dias de professor de jazz para crianças de rua, ao grupo de teatro para a terceira idade, e ao trabalho voluntário no bairro...
Essa coisas sem graça nem importância...
Assoviar era muito mais discreto. A melodia podia vir logo à mente, mas as palavras da letra não estavam lá... dependia de cada um associá-las ou não. Mas nem todas eram assim, desligadas. Muitas ainda pescavam o silvo, e geralmente encaravam o fato, por ser mais discreto, como um galanteio. Certa vez ao assoviar "Telma eu não sou gay", a Telma em questão virou-se para ele com um sorriso maroto: "Ainda bem!". Sem graça e pego de surpresa, quis aproveitar a situaçao e emendou: "Você vem sempre aqui?", mas ao percebe a besteira que dissera a uma caixa de supermercado, calou... sorte que ela riu da palhaçada. Resultado: acabou comendo!
Depois disso, achou que havia descoberto um filão de ouro! Aumentou o repertório, procurou músicas com nome de mulheres na internet e decorou suas letras e melodias, mas percebeu que não adiantava ele saber as músicas, e sim elas tinham que saber. Aí desistiu das pesquisas e passou a ouvir às rádios populares... passava horas do dia e da noite ligado na programação das rádios, de todas elas, num frenético vai-e-vem no daial.
A verdade é que depois daquela Telma não pintou mais nada. Nem Lígias, Carolinas, Amélias, tampouco outro nome qualquer. Um sorriso ou outro, sem graça pra dizer a verdade, nada mais. Dado por derrotado no que pensara ser a motivação de sua vida, voltou para a monotonia dos seus dias de professor de jazz para crianças de rua, ao grupo de teatro para a terceira idade, e ao trabalho voluntário no bairro...
Essa coisas sem graça nem importância...
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