A tecnologia dos últimos anos cumpriu seu presságio: permitir que tarefas que antes demoravam horas ou dias, passassem a ser executadas em minutos; tarefas que envolviam duas ou mais pessoas, serem executadas por apenas uma; a não-necessidade da presença física no escritório; a propagação da informação ao nível mundial em minutos. A revolução tecnológica causou - e ainda está causando - impacto comparado à Revolução Industrial iniciada no século XVIII, onde - como agora - uma classe privilegiada pela ascenção social e pelo dinheiro, que controla os meios de produção, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias em detrimento do capital humano. E a história se repete.
Quando o peixe foi-nos vendido, prometeram "tempo livre" para o ócio e o lazer, mais empregos para todos, mais qualidade de vida, e toda a balela de blá, blá, blás que se possa imaginar. A realidade, porém, se revelou tão cruel quanto aquela do final do século XVIII: exclusão e exploração, desigualdade e banalização do ser-humano. O "tempo livre" proporcionado pela alta tecnologia foi creditado no bolso dos "donos do poder", na forma de mais produção, mais capital, mais lucros, maior competitividade, e ao operário - operário é aquele que opera, seja uma prensa seja um telefone celular para comprar ou vender ações - ao explorado, creditou-se na forma de carga horária extendida, comprometimentos extra-oficiais, postura pró-ativa, doação da sua vida familiar e social.
Domenico de Massi, aquele sociólogo italiano badaladíssimo em Pindorama e nem tanto na Itália, em seu livro O Ócio Criativo sonhou a utopia do mundo ideal, onde todos pudessem juntar trabalho, lazer e estudo na mesma atividade. Não sendo possível, o que deveria prevalecer é o balanceamento - muito em moda no norte Europeu.
Sorte dos que podem - por enquanto - desfrutar desse balanço...
Quando o peixe foi-nos vendido, prometeram "tempo livre" para o ócio e o lazer, mais empregos para todos, mais qualidade de vida, e toda a balela de blá, blá, blás que se possa imaginar. A realidade, porém, se revelou tão cruel quanto aquela do final do século XVIII: exclusão e exploração, desigualdade e banalização do ser-humano. O "tempo livre" proporcionado pela alta tecnologia foi creditado no bolso dos "donos do poder", na forma de mais produção, mais capital, mais lucros, maior competitividade, e ao operário - operário é aquele que opera, seja uma prensa seja um telefone celular para comprar ou vender ações - ao explorado, creditou-se na forma de carga horária extendida, comprometimentos extra-oficiais, postura pró-ativa, doação da sua vida familiar e social.
Domenico de Massi, aquele sociólogo italiano badaladíssimo em Pindorama e nem tanto na Itália, em seu livro O Ócio Criativo sonhou a utopia do mundo ideal, onde todos pudessem juntar trabalho, lazer e estudo na mesma atividade. Não sendo possível, o que deveria prevalecer é o balanceamento - muito em moda no norte Europeu.
Sorte dos que podem - por enquanto - desfrutar desse balanço...
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