Tuesday, August 05, 2008

verde, verde... muito verde!


Em alguns países da Europa, há muito tempo que as as sacolas plásticas nos supermercados são cobradas. Vários tipos, vários preços. Das mais simples, frágeis e realmente descartáveis até as mais sofisticadas, resistentes e reutilizáveis. Pode-se pagar de 0.20€ até 2.50€. Dizem que o objetivo é "verde", ou seja, compromisso com o meio ambiente, já que estudos mostram que o plástico das sacolas demora no mínimo 100 anos para se desintegrar. Cobrando as sacolinhas, os supermercados estariam incentivando os consumidores a trazerem suas próprias sacolas.

Na lógica cartesiana, isso até que funcionaria bem. Mas a lógica moderna é plenamente formal, preocupando-se cada vez menos com o conteúdo moral das preposições, e uma nova indústria acaba surgindo, um novo nicho, com mais e mais tipos diferentes de sacolas de plástico, tamanhos, cores, estampas, texturas, resistências... um novo artigo de venda! E o verde? O que acaba acontecendo é que de verde só a nota, (não só o dólar, mas a nota de 100 euros também é verde).

Deveriam sim, os governos, regulamentarem o setor para evitar o enxovalho, e exigir que as sacolas sejam de papel - material totalmente reciclável - e gratuitas. Mas não! Quando tem-se o problema, não se busca a solução, se busca o remendo, na qual se oculta um buraco abrindo outro. No caso, um buraco muito mais lucrativo.

No comments: