Thursday, July 23, 2009

Nenhum homem é uma Ilha


John Donne, poeta inglês do século XVI, em seu famoso texto "Meditações XVII", disse:
"No man is na island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if promontory were, as well as if a manor of thy friend’s or of thine own were. Any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee"
Ou, em palavras luso-brasileiras:
"Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um grão for levado pelo mar, a Europa sai perdendo, assim como se fosse um pontal, assim como se fosse parte da terra de teus amigos ou mesmo da tua própria; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti"
Esse trecho mais tarde foi usado pelo escritor norte-americano Ernest Hemingway em seu romance "Por Quem os Sinos Dobram".

E o Zé Sarnento que tem uma ilha dele mesmo? Alguém aí sentiu o Brasil - ou mesmo o Maranhão - menor? Oras, já que a ilha é dele, conseqüentemente não é do Estado! E por extensão de sentido, se o Zé Sarnento vai pra Ilha Dele - que não faz parte do Maranhão, e portanto não faz parte do Brasil - podemos considerá-lo ausente do Brasil, não? Ora pois, se ele se ausentou, metaforicamente o mesmo que morrer, deveríamos nos sentir menores, já que fazemos parte da humanidade...

Estranhamente, sinto um alívio tremendo!!

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