- De que todos são vaidosos, sem excessão. A diferença é que enquanto alguns, como os gregos, são vaidosos por dentro - ou seja, com os miolos - outros, como os romanos, são vaidosos por fora - quer dizer, com o rosto e os cabelos;
- Que mesmo sendo pequenos, os homens sempre se acharão grandes ao encontrarem alguém menor;
- Que a nossa coragem é tão somente nossos medos com uma espada na mão;
- Que mesmo sendo o vinho o sangue de cristo, ainda assim ele exalta as línguas e atiçam-nas para fora das bocas, muito mais do que deviam;
- E sendo o vinho o sangue de cristo, conclui-se que a cachaça é o mijo do diabo, e constata-se que também tem o poder de manipular as línguas, fazendo-as saltar pra fora das bocas e vez ou outra procurar morada em bocas outras;
- E que se misturarmos o sangue de cristo com o mijo do diabo, percebemos que a espada que está na mão dos nossos medos se torna muito maior;
- Que o mal não é só o que sai da boca do homem, mas o que entra também;
- Sendo o futuro não mais que uma miragem e o presente mais rápido que um relâmpago, acha-se que se tem o poder de mexer as contas para frente e para trás, e assim desfazer as besteiras feitas sob o efeito das experimentações descritas acima, e que agora pertencem ao universo do passado: não é bem assim que o mecanismo dos tempos e dos espaços funciona - infelizmente;
Sendo o mundo redondo e não aquela meia-bola flutuante no oceano, tampouco aquele disco plano sustentado nas costas de tartarugas ou elefantes, uma certeza que temos é que dará voltas. E na passagem dele por nossas bandas novamente, poderemos pegar de novo o trem da história pra ver onde é que isso tudo vai dar...
De volta ao Terra Papagalli - um belíssimo livro!
De volta ao Terra Papagalli - um belíssimo livro!
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