É pessoal... a casa caiu!
Desde muito tempo, nós os normais, que aliás também pagamos impostos, nós que andamos de ônibus, trem e metrô pela cidade de São Paulo e não usamos carros blindado nem helicópteros, nós, há muito já havíamos percebido tal violência, e, infelizmente alguns de nós (o palhaço aqui, por exemplo), também sofrido tal violência. Eu tive um assalto para chamar de meu, e também quase tive que engolir uma bala (que também não era de caramelo) pelos meus ouvidos. A diferença é que agora a violência que eu e você já conhecíamos está chegando nas mansões, está cutucando a bunda dos novos ricos e está privando-os de exibirem seus relógios Rolex e suas bolsas Louis Vuitton.
Do jeito que li, tive a impressão que só o Luciano Huck - e o Lula, claro - pagam impostos. Sem dúvida que a experiência do Huck foi transcedental, assim como a minha também foi, há sete anos atrás. Ele ficou indignado? Qualquer um ficaria em ter qualquer coisas sua roubada. E é só, camaradinha! Não adianta fazer drama não! A realidade, seu Luciano, está batendo na sua porta, né? Só que o mundo já deveria ter acordado há muito tempo! Vamos ver se ele - o mundo - acorda mais quando Dona Violência, essa senhora refinadíssima, de braços fortes, mãos grandes e dedos longos ornados com anéis funestos, subir mais alguns degraus e bater em portais mais nobres, não nestes dos novos ricos - produto da putaria econômica que privilegia e escancara as desigualdades sociais - mas nos dos velhos ricos, aqueles que foram privilegiados pela divisão das terras nos primórdios da cidade e hoje são donos de toda a cidade (e também é assim no estado e no país), os mesmos que se benificiam com informações privilegiadas na hora de uma transação qualquer, os mesmos que transformam o público em privado com a ajuda de marionetes-governantes. Isso é o país, uma grande festa com um grande bolo, onde pessoas privilegiadas comem gulosa e gananciosamente, pedaços e mais pedaços ao longo de um banquete histórico, sem se importar em deixar nem mesmo as migalhas aos outros, pois nem à festa foram convidados.
Entre o João Dória Jr. gritar "Cansei" e criar o Movimento "Cívico" (?) e "Apolítico" (!) para "Tomar o Poder com Oportunismo" (!?!?) e o Lobão cantar "Peidei" há um abismo enorme, meu caro Luciano: o sr. Dória é do andar de cima, como você, e, como você, está apenas querendo desfilar em paz. Nada contra, é claro! Todos - até os ricos! - têm o direito de ir e vir. Mas comparar este "movimento" com a indignação de Lobão - um ativista nato, que renunciou aos privilégios da burguesia e ao marasmo da Grande Indústria em pról de algo chamado "ideal" - palavra que pouca gente conhece no sentido kantiano - é demais! É muita falta de noção da realidade, a não ser que a realidade seja a sua própria, num mundinho todo cor-de-rosa.
Realmente tem alguma coisa errada, sim. Muita coisa errada: começando com a utilidade de um Rolex... me diga com sinceridade: você não se sente mal? Ah, talvez o seu era daqueles "baratinhos", de US$ 10.000,00 - DEZ MIL DÓLARES AMERICANOS!!! Algo em torno dos R$ 20.000,00 - VINTE MIL REAIS!!!
Aqui em Dublin, no Dublin Castle, conhecido centro do poder, donde os nobres governavam a cidade logo após a invasão normana, a deusa Justiça é muito bem representada: sem a venda, voltada para o pátio do castelo, simbolizando que ela, a Justiça, dentro dos muros do castelo, não é cega não! No Brasil, a Senhora Justiça deu no pé! Em seu lugar, ficou sua prima Fortuna, deusa grega que preside a sorte ao bem e ao mal, que deveria também ser cega por uma venda nos olhos e assim distribuir a sorte - boa ou má - sem ver a quem, mas parece não usar tal adereço, já que parece agraciar com os bons ares sempre os mesmos "afortunados".
Desde muito tempo, nós os normais, que aliás também pagamos impostos, nós que andamos de ônibus, trem e metrô pela cidade de São Paulo e não usamos carros blindado nem helicópteros, nós, há muito já havíamos percebido tal violência, e, infelizmente alguns de nós (o palhaço aqui, por exemplo), também sofrido tal violência. Eu tive um assalto para chamar de meu, e também quase tive que engolir uma bala (que também não era de caramelo) pelos meus ouvidos. A diferença é que agora a violência que eu e você já conhecíamos está chegando nas mansões, está cutucando a bunda dos novos ricos e está privando-os de exibirem seus relógios Rolex e suas bolsas Louis Vuitton.
Do jeito que li, tive a impressão que só o Luciano Huck - e o Lula, claro - pagam impostos. Sem dúvida que a experiência do Huck foi transcedental, assim como a minha também foi, há sete anos atrás. Ele ficou indignado? Qualquer um ficaria em ter qualquer coisas sua roubada. E é só, camaradinha! Não adianta fazer drama não! A realidade, seu Luciano, está batendo na sua porta, né? Só que o mundo já deveria ter acordado há muito tempo! Vamos ver se ele - o mundo - acorda mais quando Dona Violência, essa senhora refinadíssima, de braços fortes, mãos grandes e dedos longos ornados com anéis funestos, subir mais alguns degraus e bater em portais mais nobres, não nestes dos novos ricos - produto da putaria econômica que privilegia e escancara as desigualdades sociais - mas nos dos velhos ricos, aqueles que foram privilegiados pela divisão das terras nos primórdios da cidade e hoje são donos de toda a cidade (e também é assim no estado e no país), os mesmos que se benificiam com informações privilegiadas na hora de uma transação qualquer, os mesmos que transformam o público em privado com a ajuda de marionetes-governantes. Isso é o país, uma grande festa com um grande bolo, onde pessoas privilegiadas comem gulosa e gananciosamente, pedaços e mais pedaços ao longo de um banquete histórico, sem se importar em deixar nem mesmo as migalhas aos outros, pois nem à festa foram convidados.
Entre o João Dória Jr. gritar "Cansei" e criar o Movimento "Cívico" (?) e "Apolítico" (!) para "Tomar o Poder com Oportunismo" (!?!?) e o Lobão cantar "Peidei" há um abismo enorme, meu caro Luciano: o sr. Dória é do andar de cima, como você, e, como você, está apenas querendo desfilar em paz. Nada contra, é claro! Todos - até os ricos! - têm o direito de ir e vir. Mas comparar este "movimento" com a indignação de Lobão - um ativista nato, que renunciou aos privilégios da burguesia e ao marasmo da Grande Indústria em pról de algo chamado "ideal" - palavra que pouca gente conhece no sentido kantiano - é demais! É muita falta de noção da realidade, a não ser que a realidade seja a sua própria, num mundinho todo cor-de-rosa.
Realmente tem alguma coisa errada, sim. Muita coisa errada: começando com a utilidade de um Rolex... me diga com sinceridade: você não se sente mal? Ah, talvez o seu era daqueles "baratinhos", de US$ 10.000,00 - DEZ MIL DÓLARES AMERICANOS!!! Algo em torno dos R$ 20.000,00 - VINTE MIL REAIS!!!
Aqui em Dublin, no Dublin Castle, conhecido centro do poder, donde os nobres governavam a cidade logo após a invasão normana, a deusa Justiça é muito bem representada: sem a venda, voltada para o pátio do castelo, simbolizando que ela, a Justiça, dentro dos muros do castelo, não é cega não! No Brasil, a Senhora Justiça deu no pé! Em seu lugar, ficou sua prima Fortuna, deusa grega que preside a sorte ao bem e ao mal, que deveria também ser cega por uma venda nos olhos e assim distribuir a sorte - boa ou má - sem ver a quem, mas parece não usar tal adereço, já que parece agraciar com os bons ares sempre os mesmos "afortunados".
1 comment:
Muito boa Edu! O movimento peidei é uma crítica à currupção e também ironiza o " movimento CANSEI " , protagonizado pelas "estrelas" Ivete Sem galo, Bebe que tá Amargo, Regina fora da arte... e alguma outra que não lembro. São movimentos profundos, do fundo das entranhas, da mais pura essência da substância humana, que naturalmente só poderia acabar em merda. Eu associaria os dois pensamentos e colocaria um terceiro, o " Cheirei " , este o Lobão, algumas estrelas, certos políticos conhecem bem, mas O Cheirei refere-se ao povo, sofrido, calado, que traiçoeiramente é fulminado com os gases alheios, que quando ruidosos (porque vazou informação ou o sistema de mensalão esqueceu de pagar algum, etc ...) identificamos por razões óbvias, mas não punimos com todo rigor da lei (Qual lei?). Quando silenciosos, que são a grande maioria, os covardes, nojentos e fétidos personagens, perduram anos ou peiduram ânus até serem apontados, julgados com todos os privilégios, CPIazados, até serem absolvidose e tudo acabar no produto final de uma vergonhosa roubalheira desenfreada, pizza ou merda!
Conjuguemos então:
Peida tu
vomite ele
cheiremos nós
peidai vós
caguem eles
ou outras combinações conjugais...
É o que você falou: vamos escrever qualquer merda, merda com um pouco de qualidade ... existe?
Vamos falar, pois quem cala consente.
Um abraço,
Dorival Fontana
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