Depois que aqueles dois palhaços do circo das ações pagaram o mico, digo, o barril (leia aqui sobre os dois primeiros infelizes a pagarem US$100 num barril de petróleo), presenciamos ainda por algum tempo uma alta nos preços do petróleo, mas ultimamente, só para engrossar ainda mais o caldo da crise mundial, o preço do barril está em franca decadência.
Uma boa notícia, então?
Nem tanto. Para o leitor desavisado, não em total harmonia com O Espírito Capitalista - deixemos A Ética Protestante de lado por hora - a confusão pode ser grande. Espertos como sempre, o capitalista comum está constantemente à procura de mecanismos para levar vantagem sobre situações. O que ele fez? Ao ver que o barril do óleo vinha aumentando, foi ao "mercado" e comprometeu-se a comprar a produção de um ano a um preço X. Coloquemos em números:
Suponhamos que o barril vale 99,40. O Sr. Experto sugere comprar a produção de um ano da Rindo A. Toa S/A. a, digamos, 110. Feito o negócio, o barril ainda subindo, tudo corre como esperado: o Sr. Experto não liga para os aumentos e a Rindo A. Toa torce para que o barril não suba muito e o contrato acabe logo.
Mas há sempre um porém, não é? Atualmente, com o barril ao redor dos US$65, o Sr. Experto não anda muito feliz. E parece que espertos foram todos os que usam o vil óleo, poi num programa na RTE, o jornalista comenta - e comemora - que o preço do barril esteja abaixando, e que os combustíveis, as viagens, os alimentos, tudo enfim, poderia refletir esta baixa e beneficiar o consumidor, mas o especialista respondeu que não, que o mercado deveria sim, e logo, se estabilizar ao redor dos US$90, ou as coisas poderiam ficar ainda piores.
Eu diria que depois da confissão do Alan Greenspan, presidente do FED, dizendo que ele estava errado sobre o mercado ser capaz de se auto-regular, o capitalismo passa pela sua maior crise, que é justamente a de confiança. E respeito. Assim como a economia americana, o respeito intelectual de Greenspan deixa a desejar. O negócio é adotar as medidas bushianas de socializar o prejuízo, digo o sistema financeiro...
Viva la Revolución!
Uma boa notícia, então?
Nem tanto. Para o leitor desavisado, não em total harmonia com O Espírito Capitalista - deixemos A Ética Protestante de lado por hora - a confusão pode ser grande. Espertos como sempre, o capitalista comum está constantemente à procura de mecanismos para levar vantagem sobre situações. O que ele fez? Ao ver que o barril do óleo vinha aumentando, foi ao "mercado" e comprometeu-se a comprar a produção de um ano a um preço X. Coloquemos em números:
Suponhamos que o barril vale 99,40. O Sr. Experto sugere comprar a produção de um ano da Rindo A. Toa S/A. a, digamos, 110. Feito o negócio, o barril ainda subindo, tudo corre como esperado: o Sr. Experto não liga para os aumentos e a Rindo A. Toa torce para que o barril não suba muito e o contrato acabe logo.
Mas há sempre um porém, não é? Atualmente, com o barril ao redor dos US$65, o Sr. Experto não anda muito feliz. E parece que espertos foram todos os que usam o vil óleo, poi num programa na RTE, o jornalista comenta - e comemora - que o preço do barril esteja abaixando, e que os combustíveis, as viagens, os alimentos, tudo enfim, poderia refletir esta baixa e beneficiar o consumidor, mas o especialista respondeu que não, que o mercado deveria sim, e logo, se estabilizar ao redor dos US$90, ou as coisas poderiam ficar ainda piores.
Eu diria que depois da confissão do Alan Greenspan, presidente do FED, dizendo que ele estava errado sobre o mercado ser capaz de se auto-regular, o capitalismo passa pela sua maior crise, que é justamente a de confiança. E respeito. Assim como a economia americana, o respeito intelectual de Greenspan deixa a desejar. O negócio é adotar as medidas bushianas de socializar o prejuízo, digo o sistema financeiro...
Viva la Revolución!
No comments:
Post a Comment