Wednesday, January 27, 2010

êta sujeito de sorte!


Como tem gente desinformada, não? E pior do que desinformada, são passadoras de informação distorcida... errada mesmo! Ficam aí creditando a Belchior os versos da música Sujeito de Sorte,? Ele pode ter feito toda a letra, mas os versos "Ano passado morri, mas esse ano eu não morro" ele pegou de Zé Limeira e se esqueceu de citar a fonte - como chama isso? Roubo?!?

Só porque ele, Belchior ROUBOU os versos de Zé Limeira, poeta paraibano que ao lado dos irmãos Lourival, Dimas e Otacílio Batista, José Alves Sobrinho e outros, formou a fina flor do repente, não quer dizer que é um mau poeta... é um poeta mau - descarado. Pois não dizem por aí que nada se cria, tudo se copia?

Zé Limeira cantou lá em Catingueira, antes de Piancó e depois de Misericórdia, pra todo mundo que estivesse vivo e de ouvidos bem abertos:
"Eu já cantei no Recife,
Dentro do Pronto Socorro,
Ganhei duzentos mil réis,
Comprei duzentos cachorro,
Morri no ano passado,
Mas esse ano eu não morro".
Viu quem quis ver. Belchior não estava lá, ou se estava, achou que ninguém mais estivesse e que poderia capturar os versos assim indiscriminadamente.
"No tempo do Padre Eterno
Getúlio já governava,
Prantava feijão e fava
Quando tinha bom inverno
Naquele tempo moderno
São João viajou pra cá,
Dom Pedro correu pra lá,
Escanchado num tratô...
Canta, canta, cantadô
Que teu destino é cantá."
"Na corrida de mourão
Quem corre mais é quem ganha,
São Thomé vendia banha
Na fogueira de São João...
Foi na guerra do Japão
Que se deu essa ingrizia,
Camonge quage morria
Da greguena berra-berra ,
Quem se morre é quem se enterra
Adeus, até outro dia"

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