A morte de Benazir Bhutto no dia 27 de dezembro de 2007 durante um atentado suicida, vem para piorar o que já não ia bem: o balanço do ano de 2007. Não há muito de bom para ser lembrado, e certamente isso contribui para marcar 2007 como um ano ruim para o mundo: o Senhor Jorge Caminhador Arbusto (Mr. George Walker Bush todo, ele mesmo, é algo ruim, o verdadeiro Senhor da Guerra: Guerra do Petróleo, Guerra Contra o Terror, Guerra Contra o Meio-Ambiente), o Aquecimento Global (e algumas pessoas e organizações querendo dizer que Aquecimento Global é balela), a crise bancária mundial, o fortalecimento da direita facista na Europa, a exacerbação do consumismo a cada ano e cada vez mais...
Vladimir Putin está usando o petróleo como arma política, assim como Bush e Chávez. A própria China, que vem se mostrando uma verdadeira potência mundial - o poder dominante não só economicamente, mas também andam mexendo seus músculos militarmente - prevê que em 2020 os chineses consumirão o equivalente a toda a atual produção de petróleo do mundo. Numa estimativa apenas razoável, dá pra se dizer que a ávida raça humana em breve, muito breve, precisará de um segundo planeta para habitar. Isto porque as pessoas querem consumir e pronto! Alguém aí consegue imaginar que chineses ou indianos concordariam em parar seu desenvolvimento? E o Brasil a respeito da Amazônia? A que custo desenvolvimentista parar com o desmatamento? Haveria uma "compensação" para este retardamento desenvolmentista? Seria justo cobrar algo para não destruir o que resta dos recursos naturais do planeta, como já destruíram os países desenvolvidos?
Complexo não? Mas para simplificar um pouco a coisa, cabe a pergunta: reparaste se alguns de teus familiares, amigos ou vizinhos propuseram uma reavaliação de seu consumismo notório? É da natureza humana que pessoas só tomem este tipo de atitude em casos de extrema necessidade - e o que seria extremo? Usar máscaras de oxigênio para poder respirar? A ciência ter que encontrar uma alternativa para a água potável? Não poder mais se expor durante o dia aos raios solares? Estará tudo isso muito distante dos nossos dias? Ou será isso apenas um problema para nosso bisnetos - problema deles, então!?!? Sem falar na última das catástrofes possíveis - e que daria um final muito mais trápildo a tudo isso: A Guerra Nuclear.
"Não, não a guerra nuclear! Aí você já está sendo pessimista, derrotista", dirão uns. "A ameaça nuclear acabou junto com a guerra fria". Infelizmente não é bem assim... apocalíptico sim, eu sou, mas a história do poder geopolítico mostra que a Guerra-Fria não terminou devido a um tratado de paz, mas sim por um mecanismo chamado MAD - Mutual Assured Destruction (Destruição Mútua Garantida). Em poucas palavras, EUA e (na época) URSS não poderiam disparar suas armas nucleares sem se destruírem a sí mesmos. Ou seja, nada muito nobre, apenas auto-preservação.
Ontem mesmo discutía com amigos sobre a Teoria do Caos: Tudo está conectado. Seja a produção de carne no Brasil que tenta entrar na Europa, seja as enchentes na Ásia, a seca na África, o mercado de ações ao redor do mundo... E como disse James Downey no Irish Independent, que "... o silêncio permanente de uma brava mulher transformou um ano ruim num ano verdadeiramente terrível." Benazir Bhutto era a atual Presidente do Partido do Povo Paquistanês (PPP, Pakistan Peoples Party), um partido de centro-esquerda afiliado à Internacional Socialista. Bhutto foi a primeira mulher eleita para liderar um Estado muçulmano, tendo sido duas vezes Primeira Ministra do Paquistão. Seu assassinato tem uma abrangência muito maior do que possa parecer. A importância geopolítica do Paquistão é colossal, e se desintegrada, o choque será sentido em todo o mundo, seja pela ameaça de suas (possíveis) armas nucleares, seja pelos fundamentalismo islâmico que o país abriga.
Como já dizia o poeta: "Paz na Terra aos homens de má-vontade, pois os de boa-vontade já estão cheios dela!"
Com sorte, 2008 será um pouco melhor.
Vladimir Putin está usando o petróleo como arma política, assim como Bush e Chávez. A própria China, que vem se mostrando uma verdadeira potência mundial - o poder dominante não só economicamente, mas também andam mexendo seus músculos militarmente - prevê que em 2020 os chineses consumirão o equivalente a toda a atual produção de petróleo do mundo. Numa estimativa apenas razoável, dá pra se dizer que a ávida raça humana em breve, muito breve, precisará de um segundo planeta para habitar. Isto porque as pessoas querem consumir e pronto! Alguém aí consegue imaginar que chineses ou indianos concordariam em parar seu desenvolvimento? E o Brasil a respeito da Amazônia? A que custo desenvolvimentista parar com o desmatamento? Haveria uma "compensação" para este retardamento desenvolmentista? Seria justo cobrar algo para não destruir o que resta dos recursos naturais do planeta, como já destruíram os países desenvolvidos?
Complexo não? Mas para simplificar um pouco a coisa, cabe a pergunta: reparaste se alguns de teus familiares, amigos ou vizinhos propuseram uma reavaliação de seu consumismo notório? É da natureza humana que pessoas só tomem este tipo de atitude em casos de extrema necessidade - e o que seria extremo? Usar máscaras de oxigênio para poder respirar? A ciência ter que encontrar uma alternativa para a água potável? Não poder mais se expor durante o dia aos raios solares? Estará tudo isso muito distante dos nossos dias? Ou será isso apenas um problema para nosso bisnetos - problema deles, então!?!? Sem falar na última das catástrofes possíveis - e que daria um final muito mais trápildo a tudo isso: A Guerra Nuclear.
"Não, não a guerra nuclear! Aí você já está sendo pessimista, derrotista", dirão uns. "A ameaça nuclear acabou junto com a guerra fria". Infelizmente não é bem assim... apocalíptico sim, eu sou, mas a história do poder geopolítico mostra que a Guerra-Fria não terminou devido a um tratado de paz, mas sim por um mecanismo chamado MAD - Mutual Assured Destruction (Destruição Mútua Garantida). Em poucas palavras, EUA e (na época) URSS não poderiam disparar suas armas nucleares sem se destruírem a sí mesmos. Ou seja, nada muito nobre, apenas auto-preservação.
Ontem mesmo discutía com amigos sobre a Teoria do Caos: Tudo está conectado. Seja a produção de carne no Brasil que tenta entrar na Europa, seja as enchentes na Ásia, a seca na África, o mercado de ações ao redor do mundo... E como disse James Downey no Irish Independent, que "... o silêncio permanente de uma brava mulher transformou um ano ruim num ano verdadeiramente terrível." Benazir Bhutto era a atual Presidente do Partido do Povo Paquistanês (PPP, Pakistan Peoples Party), um partido de centro-esquerda afiliado à Internacional Socialista. Bhutto foi a primeira mulher eleita para liderar um Estado muçulmano, tendo sido duas vezes Primeira Ministra do Paquistão. Seu assassinato tem uma abrangência muito maior do que possa parecer. A importância geopolítica do Paquistão é colossal, e se desintegrada, o choque será sentido em todo o mundo, seja pela ameaça de suas (possíveis) armas nucleares, seja pelos fundamentalismo islâmico que o país abriga.
Como já dizia o poeta: "Paz na Terra aos homens de má-vontade, pois os de boa-vontade já estão cheios dela!"
Com sorte, 2008 será um pouco melhor.