Que semana esta! Tanta coisa acontecendo e eu aqui caladinho, no meu canto... ou melhor, no meu cubículo escritorial, afundado em definições clusterísticas e testes infindáveis... mas não reclamo. Sinto falta de um pouquinho de tempo entre les heures de travail, é verdade, mas não reclamo não. A coisa está muito mais prazerosa!
Durante a semana, queria ter falado do Dia Mundial da Camada de Ozônio. Melhor, queria ter deixado o carro em casa, abrido mão dos 30 minutos dirigindo e aderido aos 90 minutos do trem e do ônibus, com algumas quadras de caminhada e alguns minutos de espera já incluídos no pacote.
Queria ter falado do Arthur's Day, que comemora o aniversário da fábrica da Guinness, e não o aniversário de Arthur Guinness, como muitos acreditam. Não participei do Arthur's Day - mas foi porque não quis mesmo. Só a idéia de um monte de gente levantando um copo em homenagem a uma marca já me arrepia! E como pub vazio é coisa que não existe, nunca existiu e nunca vai existir na Irlanda, imaginem quantos copos não foram levantados e quantos hurray não foram gritados, exatamente às 17:59 de ontem. Mesmo sendo isso uma óbvia manifestação de imbecilidade coletiva!
Queria ter falado do Michael O'Leary, que parece ser pago só pra fazer polêmica, atraindo assim os holofotes midiáticos para si e para a Ryanair. Depois dos vôos em pé e da taxa para uso do toilete, a nova bomba marketeira de Mr. O'Leary é que o segundo piloto pode fazer algo mais enquanto não estiver ocupado, como por exemplo dar instruções de segurança ou mesmo passar o carrinho das guloseimas...
Queria ter falado da oposição, que é igual em qualquer lugar. Aqui, por exemplo, só porque o Taoiseach Brian Cowen semana passada, numa ressaca braba, deu uma entrevista para o programa matinal Morning Ireland, a oposição não fala de outra coisa... O negócio é que o país está afundado devido ao modêlo econômico adotado nos últimos 20 anos, mas o Brian Cowen tem lá seu respeito na comunidade Européia. Tanto que a gafe já foi há muito esquecida - menos pela oposição, que insiste em bater numa tecla que não marca letra alguma!
E queria também ter falado do Irish Times, o jornal que se diz o mais circulado na Irlanda, mas que só circula de segunda a sábado. Até aí, tudo bem, mas querer vender a edição de sábado como "Weekend Edition", é chamar o leitor de trouxa, não? Em protesto, compro oThe Guardian no sábado, e o The Sunday Times no domingo, ambos em suas edições irlandesas.
É isso. Falei, falei, e só falei mal... mas como dizia o meu saudoso amigo Arnaldo Xavier (que deus o tenha) ao nos reunirmos para os bate-papos literários, geralmente regados a cachaças & conhaques & cervejas... "Vamos falar mal de quem?"
Afinal, essa é a graça, não?!?
Durante a semana, queria ter falado do Dia Mundial da Camada de Ozônio. Melhor, queria ter deixado o carro em casa, abrido mão dos 30 minutos dirigindo e aderido aos 90 minutos do trem e do ônibus, com algumas quadras de caminhada e alguns minutos de espera já incluídos no pacote.
Queria ter falado do Arthur's Day, que comemora o aniversário da fábrica da Guinness, e não o aniversário de Arthur Guinness, como muitos acreditam. Não participei do Arthur's Day - mas foi porque não quis mesmo. Só a idéia de um monte de gente levantando um copo em homenagem a uma marca já me arrepia! E como pub vazio é coisa que não existe, nunca existiu e nunca vai existir na Irlanda, imaginem quantos copos não foram levantados e quantos hurray não foram gritados, exatamente às 17:59 de ontem. Mesmo sendo isso uma óbvia manifestação de imbecilidade coletiva!
Queria ter falado do Michael O'Leary, que parece ser pago só pra fazer polêmica, atraindo assim os holofotes midiáticos para si e para a Ryanair. Depois dos vôos em pé e da taxa para uso do toilete, a nova bomba marketeira de Mr. O'Leary é que o segundo piloto pode fazer algo mais enquanto não estiver ocupado, como por exemplo dar instruções de segurança ou mesmo passar o carrinho das guloseimas...
Queria ter falado da oposição, que é igual em qualquer lugar. Aqui, por exemplo, só porque o Taoiseach Brian Cowen semana passada, numa ressaca braba, deu uma entrevista para o programa matinal Morning Ireland, a oposição não fala de outra coisa... O negócio é que o país está afundado devido ao modêlo econômico adotado nos últimos 20 anos, mas o Brian Cowen tem lá seu respeito na comunidade Européia. Tanto que a gafe já foi há muito esquecida - menos pela oposição, que insiste em bater numa tecla que não marca letra alguma!
E queria também ter falado do Irish Times, o jornal que se diz o mais circulado na Irlanda, mas que só circula de segunda a sábado. Até aí, tudo bem, mas querer vender a edição de sábado como "Weekend Edition", é chamar o leitor de trouxa, não? Em protesto, compro oThe Guardian no sábado, e o The Sunday Times no domingo, ambos em suas edições irlandesas.
É isso. Falei, falei, e só falei mal... mas como dizia o meu saudoso amigo Arnaldo Xavier (que deus o tenha) ao nos reunirmos para os bate-papos literários, geralmente regados a cachaças & conhaques & cervejas... "Vamos falar mal de quem?"
Afinal, essa é a graça, não?!?
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