Sunday, March 21, 2010

Vamos ser éticos?

Por onde começar? O governo parece saber bem por onde, já que em suas campanhas são bem acertivos: não sonegue impostos! As campanhas são dirigidas principalmente aos consumidores de produtos piratas, e fazem um apelo para que você não compre CDs piratas, seja de música ou de software; que você não compre filmes piratas, nem baixe música/filmes/software. Não compre produtos falsificados...

Muito bem, só que não funciona. No chamado inconsciente brasileiro, reina a cultura da vantagem. Por que pagar mais caro quando se tem "quase" o mesmo produto bem mais barato? Pois é, o problema não é o "quase", mas o "bem mais barato". Um DVD lançamento a R$70, contra o primo pobre a R$10? Não dá para comparar. Quando o produto é CD de música, a relação cai um pouco, R$30 x R$5. Mas softwares, sobe de novo para algo em torno de R$500 x R$10 (Windows). Tem algo muito errado no ar...

Lobão, em 1998/99, lançou-se numa campanha contra as gravadoras. Na época, ele acusou as grandes gravadoras de fazerem parte de um esquema desumano com os artistas. Talvez nem todos, mas Lobão abriu os seus números: Depois de pagar estúdio e músicos, ele embolsava 1 centavo por capa. E o CD era vendido a R$20. E assim é a indústria de DVD, de Software... muito ganho para pouca produtividade!

Na mesma linha ética é o caso do dinheiro falsificado... a pessoa que receber uma nota falsa, quando se dá conta de que é falsa deveria entregá-la ao banco, e literalmente perder dinheiro, já que não será reembolsado por isso (leia aqui).

A coisa no Brasil anda tão ruim, é tanta urucubaca, que na falta de galinha preta, neguinho faz despacho com caldo knorr! Não dá para exigir ética de miserável... ele vai sempre dar prioridade para o pão que ele tem que pôr na mesa todos os dias.

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