Pior do que ser mal-compreendido, é ouvir o Arnaldo Jabor falar das "pobrezinhas" que usam Burca. Lá do alto da sua americanidade - é, Jabor é americaníssimo, sobrinho predileto do Tio Sam. Com toda a sua desorientação de ponte-aérea Rio-São Paulo, Jabor discorre sobre o horror da Burca, sem a menor vergonha de sua desinformação do que ela possa ser na cultura onde está inserida.
Com olhos pequenos Jabor acha que o que o choca deve também chocar aos outros. A burca ofende o olhar ocidental, sim, mas julgá-la não se pode. Não com nossos parâmetros ocidentais, ou cometeríamos o mesmo erro dos americanos, que creem piamente que a democracia é o melhor dos regimes, e assim a impõe mundo afora, à força e goela abaixo!
Da mesma maneira como o véu ofendeu a moral dos franceses, que proibiram as garotas muçulmanas de usarem nas escolas, a Burca ofenderá nossos olhos também, isso se olharmos com aqueles olhos pequenos do Jabor. E veja que não quero aqui defender o uso do véu ou da burca, mas sou contra esse julgamento de quem acha que os seus valores e seus paradigmas deveriam reger o mundo. Antes de julgarmos o que não conhecemos, deveríamos prestar atenção aos crimes contra a humanidade, cometidos não só em países que adotam a burca ou o véu, mas também nas Américas e na Europa, ditos berços da democracia e dos direitos humanos, da globalização... essa mesma globalização que quer o aniquilamento de outras culturas e a imposição do seu padrão, desde que ele seja branco, ocidental e cristão.
Um dia a casa cai
À propósito do post de ontem sobre os papéis sociais. Recebi comentários - a maioria criticando... Desculpem, mas não entenderam... e para elucidar, vou inverter o argumento. Digamos que num dado momento qualquer da história, os homens, cansados de terem que trabalhar, resolveram reivindicar direitos iguais com as mulheres: o direito de ficarem em casa, cuidando da arrumação e da organização da casa e da educação dos filhos... suprimiu-se assim o papel do caçador e duplicou-se o papel do coletor. Com o tempo, sem muita caça, o papel do coletor acaba sendo prejudicado também, pois não há muito o que coletar - reunir, ajuntar, organizar.
Da mesma maneira que no post anterior, não estou dizendo que o homem deveria ter ficado em seu papel antigo, e que "lá é o seu lugar", mas apenas que ambos os papéis devem ser cumpridos... se um caça, o outro coleta. Dividir? Claro, mas ainda, quando um caça, o outro coleta! Não se pode simplesmente abandonar um deles... o alicerce vai balançar, e perigará cair!
Com olhos pequenos Jabor acha que o que o choca deve também chocar aos outros. A burca ofende o olhar ocidental, sim, mas julgá-la não se pode. Não com nossos parâmetros ocidentais, ou cometeríamos o mesmo erro dos americanos, que creem piamente que a democracia é o melhor dos regimes, e assim a impõe mundo afora, à força e goela abaixo!
Da mesma maneira como o véu ofendeu a moral dos franceses, que proibiram as garotas muçulmanas de usarem nas escolas, a Burca ofenderá nossos olhos também, isso se olharmos com aqueles olhos pequenos do Jabor. E veja que não quero aqui defender o uso do véu ou da burca, mas sou contra esse julgamento de quem acha que os seus valores e seus paradigmas deveriam reger o mundo. Antes de julgarmos o que não conhecemos, deveríamos prestar atenção aos crimes contra a humanidade, cometidos não só em países que adotam a burca ou o véu, mas também nas Américas e na Europa, ditos berços da democracia e dos direitos humanos, da globalização... essa mesma globalização que quer o aniquilamento de outras culturas e a imposição do seu padrão, desde que ele seja branco, ocidental e cristão.
Um dia a casa cai
À propósito do post de ontem sobre os papéis sociais. Recebi comentários - a maioria criticando... Desculpem, mas não entenderam... e para elucidar, vou inverter o argumento. Digamos que num dado momento qualquer da história, os homens, cansados de terem que trabalhar, resolveram reivindicar direitos iguais com as mulheres: o direito de ficarem em casa, cuidando da arrumação e da organização da casa e da educação dos filhos... suprimiu-se assim o papel do caçador e duplicou-se o papel do coletor. Com o tempo, sem muita caça, o papel do coletor acaba sendo prejudicado também, pois não há muito o que coletar - reunir, ajuntar, organizar.
Da mesma maneira que no post anterior, não estou dizendo que o homem deveria ter ficado em seu papel antigo, e que "lá é o seu lugar", mas apenas que ambos os papéis devem ser cumpridos... se um caça, o outro coleta. Dividir? Claro, mas ainda, quando um caça, o outro coleta! Não se pode simplesmente abandonar um deles... o alicerce vai balançar, e perigará cair!
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