Tuesday, March 30, 2010

a droga da droga

O assassinato de Glauco Vilas-Boas despertou um debate na sociedade sobre o uso de drogas. De novo? É, de novo... parece que o assunto nunca se esgota, pois sempre terão mais e mais pessoas virando usuárias, e ao passarem para a categoria de consumidores, provavelmente sofrerão as consequências da utilização de um produto ilegal, sofrerão o desconforto de se sentirem à margem da lei, e eventualmente questionarão a legalidade da coisa. Nada de mais nisso. Se fosse legal e vendesse na farmácia, ora, fique à vontade para consumir o seu fuminho, assim como outros consumem o seu álcool... mas não é assim.

Glauco era membro da seita Santo Daime, cujo sacramento principal se baseia no consumo da ayahuasca (nome quíchua de origem inca, para a bebida produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica, e significa "cipó dos espíritos"), substância que eles classificam como enteógena, mas que os cientistas consideram alucinógena, classificada como uma droga classe A (Classe A são as que causam maior dano, e fazem parte ácido lisérgico, a heroína, cocaína e crack. A Classe B abrange drogas como as anfetaminas e a Classe C inclui a maconha).

Pois é, a ayahuasca chegou a ser proibida no país em 1985, sendo liberada dois anos depois, e ocorreu uma nova tentativa de proibição nos anos 1990. Atualmente não havia impedimento para o uso do chá em cerimônias religiosas, porém não existiam orientações para o seu uso em conformidade com o direito. Em janeiro de 2010 o governo brasileiro formalizou legalmente o uso religioso do chá ayahuasca.

 
Na mesma linha, usuários e simpatizantes da maconha querem fazer a sociedade acreditar que a erva não faz mal! Ao contrário do que se divulga por aí, estudos do Instituto Nacional de Consumo de Drogas afirmam que o uso contínuo da maconha provoca ou potencializa graves distúrbios psiquiatricos, como a esquizofrenia e a bipolaridade. Vira e mexe vem um louco - chapado mesmo - dizendo que o álcool e o tabaco causam mais danos à saúde do que algumas drogas ilegais como a maconha, o LSD e o ecstasy. Dizer que fumar maconha cria um risco “relativamente pequeno” de doença mental comparado aos riscos dos fumantes de contrair um câncer no pulmão é no mínimo irresponsável!

Digamos que o assassíno do Glauco tivesse fumado 10 maços de cigarro, e que estivesse nas últimas, quase para bater as botas devido a um câncer no pulmão - e outro na garganta, outro no esôfago, e na língua também! Será que ele alucinaria e, na sua loucura mataria alguém?

São os preços a serem pagos...

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