Ah, eu me lembro do tempo em que as pessoas "davam" sua palavra... e só isso já era o suficiente para conquistar a confiança dos outros. Às vezes, par reforçar o comprometimento, chegava-se a falar, com certo exagero, "dou-lhe minha palavra de honra"! Um caso claro de pleonasmo, já que a palavra só pode ser dada em nome da honra: palavra de honra, a honra da palavra.
Pois é, bons tempos aqueles...
Na Idade Média a palavra empenhada era um dos fundamentos do próprio direito. Com a progressiva modernização do mundo, ela foi declinando, o respeito à palavra empenhada foi desaparecendo.
Consta que no Brasil do século retrasado - XIX - havia pessoas que seriamente entregavam como garantia de um negócio ou dívida, um fio de barba. O outro tomava o fio de barba, guardava num envelope e restituía na hora de receber a dívida. Ainda neste tempo a barba do homem era uma espécie de produção consciente de título de honra. E o fio de barba ia sem assinatura, mas era o amor do homem ao seu fio de barba que servia de garantia.
Hoje em dia, neste mundo informatizado de contratos, certificados digitais e assinaturas eletrônicas, tudo isso não passa de lembranças, e o que vale é o poder do dinheiro, nada mais. Aqui na Irlanda, por exemplo, o empréstimo da casa própria, num determinado momento (pós-crise do crédito), deixou de oferecer as condições fixas de juros atrelados à taxa do Banco Central Europeu, e passou a negociar só as taxas pré-fixadas, que embutem todos os riscos possíveis e impossíveis na orgia dos mercados. Ou como o Sarkozy, que depois de eleito pelo povo, quer mudar as regras da aposentadoria, empurrando a idade mínima de 65 para 67 - poço que o Lulinha-paz-e-amor também remexeu.
E assim vai, tantos outros causos em que começamos jogando paciência sozinhos, e terminamos numa rodade de pôquer rodeado de jogadores profissionais...
Vou fazer a barba!
outra mesma Pois é, bons tempos aqueles...
Na Idade Média a palavra empenhada era um dos fundamentos do próprio direito. Com a progressiva modernização do mundo, ela foi declinando, o respeito à palavra empenhada foi desaparecendo.
Consta que no Brasil do século retrasado - XIX - havia pessoas que seriamente entregavam como garantia de um negócio ou dívida, um fio de barba. O outro tomava o fio de barba, guardava num envelope e restituía na hora de receber a dívida. Ainda neste tempo a barba do homem era uma espécie de produção consciente de título de honra. E o fio de barba ia sem assinatura, mas era o amor do homem ao seu fio de barba que servia de garantia.
Hoje em dia, neste mundo informatizado de contratos, certificados digitais e assinaturas eletrônicas, tudo isso não passa de lembranças, e o que vale é o poder do dinheiro, nada mais. Aqui na Irlanda, por exemplo, o empréstimo da casa própria, num determinado momento (pós-crise do crédito), deixou de oferecer as condições fixas de juros atrelados à taxa do Banco Central Europeu, e passou a negociar só as taxas pré-fixadas, que embutem todos os riscos possíveis e impossíveis na orgia dos mercados. Ou como o Sarkozy, que depois de eleito pelo povo, quer mudar as regras da aposentadoria, empurrando a idade mínima de 65 para 67 - poço que o Lulinha-paz-e-amor também remexeu.
E assim vai, tantos outros causos em que começamos jogando paciência sozinhos, e terminamos numa rodade de pôquer rodeado de jogadores profissionais...
Vou fazer a barba!
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