Lendo um artigo do Marcelo Coelho na "Foia" – confesso que fui atraído pelo título: até a mudança faz o elogio da mesmice! – me deparo com uma afirmação no mínimo controversa: "Muita gente ainda acha que homem nasce homem, mulher nasce mulher e ponto final – qualquer mudança nesse programa é invencionice, coisa de quem defende a "ideologia de gênero" e pretende "ensinar o homossexualismo"."
Geralmente acontece com quem escreve sobe vários assuntos... não dá pra estar sempre atualizado em tudo! Acontece comigo também! Vez ou outra posso falar uma besteira sem tamanho! Mas o bom é que ainda assim, não passa de opinião! E não sei se é coincidência, mas no mês passado saiu um estudo sobre genes e sexualidade. O estudo, como tantos outros do passado, reivindica ter finalmente "achado o gene gay".
Imaginem o que uma matéria com o título "Estudo encontra o Gene Gay" é capaz de fazer com as vendas de um jornal? Manda lá pra lua! É claro que se colocarmos todo o sensacionalismo de lado, e formos um pouco além das manchetes – ou seja, ler os artigos – encontraremos afirmações mais sérias e menos sensasionalistas, como o próprio pesquisador enfatizando que assuntos complexos como sexualidade dependem de múltiplos fatores, tanto genéticos como ambientais, e mesmo que genes específicos tenham sido identificados, eles sozinhos têm pouca influência no resultado final. O mesmo já foi concluído em estudos sobre os "genes da inteligência", diz ele.
Ou seja, nada de novo no reino do DNA... Ainda bem, não? Imagine ainda no útero você ser "condenado" a ser burro? Ou a ser "macho"? Acabam com suas opções antes mesmo de você se dar por gente!
Agora, falando de comportamento, Marcelo também fala sobre aquela coisa de vestir irmãos gêmeos com roupas iguais. Confesso nunca ter pensado nisso, mas tendo a concordar que é mais perigoso do que bonitinho, e os pais deveriam se esforçar em diferenciar ao máximo os gêmeos/gêmeas, ao invés de alinhá-los/las na igualdade, afinal, como geralmente acontece, as crianças podem ser parecidas fisicamente, mas as personalidades são diferentes. E ao contrário da onda, agora tem uma nova moda que é mãe se vestir igual à filha! Tem loja vendendo conjunto mãe/filha - roupa igual igualzinha! Desde biquini a vestidinho longo!
Para mim, que não acompanho muito o que vai lá em Pindorama, esse fenômeno é novo, mas aquele das mães que parecem irmãs das filhas, esse já conheço há tempos! Eu chamo de crise da busca do tempo perdido! Está cada vez mais notório, mães nos seus 30+, 40+ se vestindo como adolescentes de 15-17 anos. E o inverso, então? Meninas de 11-15 anos cada vez mais aparentando 18-20, e se vestindo como se tivessem 25?
A princípio pode parecer bom, mulheres de 30+ terem aparência jovem, crianças terem aparência madura... mas por trás disso tem o aspecto psicológico e comportamental, que não pode ser ignorado, e certamente precisa de mais estudos.
Acabar com as diferenças de vestimenta entre quem tem 13 ou 30 anos pode estrapolar para numa ideologia excessivamente igualitária, onde mães e filhas passem a demandar igualdade de poder, direitos e autoridade – que aliás já acontece! E é uma via de duas mãos, onde as mães também querem resgatar os privilégios de uma vida sem compromissos (aversão à responsabilidade de mãe, síndrome do casamento precoce, poucos namorados, sensação de que não aproveitou a vida), e soltar um "não enche, vou sair e voltar tarde, se vira!" para filhos, filhas e maridos! Eu até tenho uma amiga que está (estava?) passando por essa fase... É notável! A filha pequena escessivamente exposta nas mídias sociais, maquiada e com roupinha de mocinha, e ela na crise do tempo perdido!
Eu, particularmente, acho que as mídias sociais (sim, elas novamente!) podem colaborar muito para isso... mas como já disse meu amigo Luther,
o Facebook não é o problema!
'braço forte!