Tuesday, May 27, 2008

madrileñas V

A voz patrimoniada de Carlos Gardel

Pois é, "andando" por aí na net, ví no ElPaís.com que a voz de Carlos Gardel foi "tombada" como patrimônio histórico mundial pela UNESCO.
Eu sei que Carlos Gardel não é madrileño, tampouco espanhól. Ele pode até ser quase francês e quase uruguaio, segundo a wikipédia, mas ainda é considerado (argh!) argentino. Disculpame Mariano... sabes que es sólo un chiste, no?

El dia que me quieras, La cumparsita, La ultima copa, A media luz, Esta noche me emborracho, Por una cabeza, e muito mais...

Bom, Carlos Gardel à parte, estive no Museo Reina Sofía este fim de semana - de graça, é claro! Parece que todos os sábados e domingos o museo é de graça... ô povinho, né? O que mais me impressionou foram os Picassos. E dentre eles, El Guernica, quadro que retrata o bombardeio que a cidade de Guernica sofreu em 26 de abril de 1937 pelos alemães. Picasso pintou o quadro em 1937 para a Exposição Internacional de Paris. Mede 350 por 782 cm. Impressionante!

El Guernica...



... y sus detalles.



E também impressionante é esta representação 3-D do "El Guernica":

El Guernica de Picasso

Sunday, May 25, 2008

madrileñas IV

À Base de Avelã!

Convencido que o cara do Taberna de Conspiradores não quis me enganar, considerei dar outra chance à rede, e fui até a que fica na Calle Cava Baja. O garçon de lá era muito mais simpático do que o da Calle de Moratín - considerando o quanto um espanhol pode ser simpático, claro! Me ofereceu como uma tapita para picar, um jamón de bellota, bradando que era o melhor da Espanha... disse que tudo tinha que ser de bellota: jamón, salchichón, churizo... Realmente era um espetáculo! Aí papo vai, papo vem, falamos de vinhos extremeños - os que ele tinha não eram lá estas coisas - e da tal da bellota. A nossa avelã!

A história é a seguinte: o porco, criado em curral, só é alimentado à base de ração selecionada e avelã. Quando falta algumas semanas para o abate, sua ração passa a ser só avelã. Dizem que dá maior suavidade à carne, que fica mais tenra, etc.

A verdade é que o porco, ao começar receber só avelã, já sabe que seu fim está próximo...

* * *

Recebi um regalo hoje. Um "botijão" de 5 litros de azeite! Aceite de Picual. Picual é o tipo da azeitona. Tal como o vinho e o jamón, o azeite também é levado muito a sério por aqui. Este que ganhei é produto artesanal... outro espetáculo!

um livro para se consumir


Carta a D

Um livro para se ler, este Carta a D - História de Um Amor de André Gorz, publicado este ano numa co-edição da AnnaBlume e da Cosac-Naify. Fora as posições ideárias - André Gorz era um marxista - que não são relevantes ao livro, a projeção da felicidade na figura do outro, ao meu ver, representa um despego, um desinteresse tal de sí, que só pode causar tristeza e melancolia a simples idéia de não ter mais este alguém para se projetar.

Um sentimento ególatra, então? André precisava sofrer na figura da amada. André precisava do sofrimento de Dorine para dar certa vazão - e sentido - à sua produção intelectual, e A Carta fecha o ciclo com chave de ouro - o reconhecimento, e por conseguinte, o louvamento desesperado e o deixamento de seu ser em detrimento do outro. E embora me repute um praticante do bem, tambem acredito na quimera de que "só fazemos o bem porque nos faz bem".

Trecho:
Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.

...

Detesto a expressão "MEU LIVRO": vejo a essência da vaidade pela qual um sujeito se vangloria de qualidades que outros lhe conferem, uma vez que ele mesmo é um Outro. O livro não é mais o "MEU PENSAMENTO", uma vez que este se tornou um objeto no meio do mundo, algo que pertence aos outros e me escapa.

(PDF das primeiras páginas do livro)

Um pequeno parêntese sobre a propriedade do livro: é justamente isso que certos "poetinhas" ou "letreiros" não entendem. Escreveu? Tornou público? Não é masi seu! E depois que outros interpretam se posam de ofendidos, dizendo que não entenderam nada... Ora, escrevam melhor, pois!

Sobre o marxismo de André,
a meu ver, o ababelado regime - da qual simpatizo porém abomino pelo lado abolorecido - acabou desaguando em governos nóxios, num claro exemplo da dissensão de uma teoria supostamente justa e funcional sobre um modelo prático pravo e iníquo. Esqueceu-se, entre outras sabujices, que não se pode classificar de igual o que é mutável e inexato - o homem, dessemelhante dele mesmo!

Por bem, grandes cabeças pensam e concluem o inevitável: o comunismo não funcionou, e não vai funcionar - se é que ainda quer funcionar - enquanto não se mudar estruturas básicas em sua teórica, rever conceitos econômicos e classistas - como falar em burguesia x proletariado, lucro x mais-valia, num mundo onde diferenças gritantes se escancaram aos olhos e não se pasma diante delas? Como jogadores de futebol ganham num jogo o que médicos ganham num ano para salvar vidas? Como cantores ascendem socialmente pelo atalho do sucesso fabricado da Indústria Cultural e de Massa, enquanto professores - divulgadores da arte e do saber - ganham migalhas? Onde o elenco dos "reality shows" tipo BBB + a novela das 8 + a última tragédia são assuntos obrigatórios para ser considerado "conectado" com o mundo? Perguntemos, então: que porra de mundo é este?

E o Capital, então? Capitalismo é ditadura sim, só que não-instuticionalizada, mas é igualmente cruel, senão pior! Quando tem-se muito é porque em algum lugar está faltando bastante... é matemático, não tem mágica não! Agora, ruim mesmo é povo sem educação, sem civismo, sem valores. Isso é triste, e parece que ninguém em nenhum governo, seja de direita, de esquerda, do centro, ou da puta-que-o-pariu, quer mudar este quadro.

É isso... ufa!

No momento leio "40 Novello di Luigi Pirandello" - uma delícia despretenciosa! Em seguida pretendo ler "Continente Sombrio: a Europa no Século XX" de Mark Mazower, para entender um pouco mais as intrísecas culturais dos povos como conseqüência dos pós-guerras, e pretendo logo depois encarar "Reappraisals Reflections on the Forgotten Twentieth Century" de Tony Judt, que faz uma análise mais detalhada e moderna da Europa pós-Guerra Fria, com foco no Projeto Europeu. Antes mesmo de ser lançado - promete-se ainda para este mês - já causa um tremendo vavavá!

Agora, de volta às madrileñas... a série, é claro!

Fui.

Friday, May 23, 2008

madrileñas III

Consideraciones madrileñas en cuanto en ocio

Nada como o refúgio de um bar de jazz, sem música ao vivo (minha ética artística me obrigaria a direcionar toda a atenção aos músicos, em respeito à classe), pois sem artistas só resta a reflexão que a boa música evoca e proporciona. E foi nessas (e outras) que, entre um puro & um brandy & um cava que acordei comigo mesmo que, 1) o garçon do Taberna de Conspiradores, no fundo, não tentou me enganar, pois o vinho é um vinho "artesanal", por isso posto numa categoria "especial" - Reserva; 2) o garçon-dono/dono-garçon do café no centro pegou o selo do meu charuto numa tentaiva de ser gentil. Pronto, dois a menos para encontrar no Purgatório!

Outra coisa é que, quando se tem sua cara-você-mesmo e encontra-se alguém, e esse alguém, aos poucos, vai se tornando sua cara-1/4, depois sua cara-1/2 (cara-metade), cara-3/4, e finalmente cara-1/1 - ela toda! - meu amigo... pode esquecer as baladas e as escapadas, pois mesmo que tenhas a oportunidade, nada será como antes, e a tal da cara-1/1 faz uma falta tremenda, ao ponto de que você nem é capaz de curtir nada mais sozinho... "É o amooooor..."! para Te.


Outra reflexão: andando - e observando pessoas - por Madrid, deu-me a vontade de escrever um tratado sobre a decadência humana nos tempos modernos (pois é, mais um projeto para a minha lista de "intermináveis"). Os pontos a serem abordados seriam:
  • Tecnologia
    - Inteligência Artificial
    - Eletrônica & Bio-Eletrônica
    - A Internet Como Protocolo Humano

  • Consumo
    - A Produção de Bens de Consumo
    - Necessidade x Hábito
    - A Mitificação da Necessidade

  • Entretenimento
    - Coisificação do Intelecto
    - A Formação de Paradigmas
    - Valor Social x Valor Artístico

  • Mídia
    - O Universo Líquido
    - A Opinião Formada x A Formação da Opinião
    - A Realidade Inventada

  • Economia
    - Homo-Economicus
    - O Fim da Humanidade
    - Por Mecanismos de Troca Mais Eficientes

  • Nosso Século
    - A Monetarização do Ser-Humano
    - Da Idade da Pedra à Idade da Água
    - A Poeira Cósmica
Parece legal, né? Só falta o tal do TEMPO!

madrileñas II

¡Una Conspiración!

Se até o Jameson aqui é mais em conta que na Irlanda, imagina o resto... vinhos (bons e) baratos, conhaques (bons e) baratos, puros (charutos) a preço de (uma dúzia de) bananas... por bem (?!) não moro aqui!

E Madrid já ferve, ainda em plana primavera. Com o pôr-do-sol por volta das 22h, parece que ninguém começa a fazer nada enquanto não anoitece... aí já viu a que horas a noite vai terminar, né? Ontem, jueves, resolvi assistir a uma apresentação de flamenco no Casa Patas, uma casa - e conservatório! - de flamenco. Recomedação de um "madrileño da gema"! Local de locais, se é que você me entende... tanto que ao perguntar la dirección a uma chica, comentou-me "veo que aprecias...", o que eu preferi tomar como um elogio.

Chegando ao bar-restaurante-conservatório-teatro, achei que trintinha estava sendo muito, e à princípio me senti lesado, mas quando o show começou percebi que fora justa la plata: uma banda com influências monkianas (que fique claro que falo de Thelonious "Sphere" Monk, pianista e compositor de jazz americano, e não dos The Monkees, versão americana dos The Beatles!) que misturava flamenco com jazz, formada por piano, violão, bateria, baixo, dos cantantes, un bailador y una bailadora... ¡Fantástico!

Pero antes de do show, tentei jantar numa arroceria, também recomendação daquele "madrileño da gema", mas não deu... é que só fazem paella para no mínimo ¡dos personas! É mole? Aguada a minha paella tive que procurar alternativas, e resolvi ficar nas tapas, ou como dizem os madrileños, resolvi tapear.

Tapa vai, tapa vem, caí numa taberna bem legal, chamada Taberna de Conspiradores... que embora fosse muito legal me senti - literalmente e à moda brasileira - tapeado! Nada de errado com as Migas Extremeñas, a especialidad de la Casa e que é uma delícia, mas com o vinho... da região de extremadura - que particularmente não conheço. Pedi uma taça do Reserva Corte Real 2003, composto de 50% tempranillo, 50% cabernet sauvignon... nada mal para dois dinheiros e sessenta cêntimos, mas quando pedi o Reserva PQ, de Alvear (D.O. Ribera del Guadianao), cara me trouxe um vinho super jovem! Pedi para ver a garrafa, era consecha 2006! Questionei, no qual ele balbuciou que era um vinho muy rico y especial, no qual eu contestei que sin duda, pero no és un reserva.

¡Hijo de Puta!

Wednesday, May 21, 2008

madrileñas I

E num café no centro de Madrid...

Cena I: Ele com seu iPhone sofisticadíssimo sobre a mesa, operando o aparelho como se fosse uma criança com um brinquedinho novo. Ela põe o celular - modelito simplésimo - na mesa, folheia o caderninho de endereços à procura de um número. Techologic-a-holic x Boredom.

Cena II: Oyga, grito, chamando a atenção do dono-garçon. "¿Se puede fumar puros acá?", "Sí, como no, sientate en aquella cantonada que no molestas nadie... ¡yo mismo fumolos!", "¿Verdad? ¿Cual que gustate?", "Me gusta uno llamado King... King...", "¿King Edward?", "¡Esto, muy rico!". Nessa é que eu percebi que o cara não conhecia porra nenhuma... King Edward não passa de uma cigarrilha grossa, se é que você me entende...

Cena III: Depois de dois Cardenal Mendonzas, duas cañas e um puro, chamo o garçon-dono novamente: "¿Conoces este puro?" e mostro a ele o selo do "Hoyo de Monterrey" que acabara de fumar, e resolvera guardar para uma suposta coleção, quem sabe... "No, aún no...", "¡El flujo es fantástico!", "Ah.. vale, grácias, aún voy a fumárlo un día..." e levou o meu selo...

¡Hijo de Puta!

nome de mulher

O cara não podia ver um nome de mulher que logo associava a uma música. E começava a cantarolar: "Telma eu não sou gay...", Lígia, Lígia, eu nunca sonhei com você...", "Carolina, em seus olhos fundos...", "A Rita levou meu sorriso...", "Amélia é que era mulher de verdade...", e por aí vai. Ou melhor, por aí ia. Tamanho era o problema nos caixas dos supermercados, com as escriturárias nos bancos e com recepcionistas em geral, que ele teve que abster-se da prática que achava até muito salutar: cantarolar... passou então a assoviar!

Assoviar era muito mais discreto. A melodia podia vir logo à mente, mas as palavras da letra não estavam lá... dependia de cada um associá-las ou não. Mas nem todas eram assim, desligadas. Muitas ainda pescavam o silvo, e geralmente encaravam o fato, por ser mais discreto, como um galanteio. Certa vez ao assoviar "Telma eu não sou gay", a Telma em questão virou-se para ele com um sorriso maroto: "Ainda bem!". Sem graça e pego de surpresa, quis aproveitar a situaçao e emendou: "Você vem sempre aqui?", mas ao percebe a besteira que dissera a uma caixa de supermercado, calou... sorte que ela riu da palhaçada. Resultado: acabou comendo!

Depois disso, achou que havia descoberto um filão de ouro! Aumentou o repertório, procurou músicas com nome de mulheres na internet e decorou suas letras e melodias, mas percebeu que não adiantava ele saber as músicas, e sim elas tinham que saber. Aí desistiu das pesquisas e passou a ouvir às rádios populares... passava horas do dia e da noite ligado na programação das rádios, de todas elas, num frenético vai-e-vem no daial.

A verdade é que depois daquela Telma não pintou mais nada. Nem Lígias, Carolinas, Amélias, tampouco outro nome qualquer. Um sorriso ou outro, sem graça pra dizer a verdade, nada mais. Dado por derrotado no que pensara ser a motivação de sua vida, voltou para a monotonia dos seus dias de professor de jazz para crianças de rua, ao grupo de teatro para a terceira idade, e ao trabalho voluntário no bairro...

Essa coisas sem graça nem importância...

Monday, May 19, 2008

a gente não quer só comida

Uma vez que o neo(sic)liberalismo já está morto e enterrado, é preciso mais que rápido encontrar outra coisa pra botar a culpa pelas desgraças do mundo. E devido à onda de protestos pela alta dos preços dos alimentos no (terceiro) mundo, vozes prontamente se levantaram à procura do bode-expiatório para lhe queimar no fogo a pele, a carne e o excremento (como ensina Levítico, 16:27). O escolhido - como não podia deixar de ser - foi aquele senhor de barbas e cabelos longos e brancos, sofisticadíssimo, com anéis de ouro e diamante em seus dedos longos e de unhas afiadas... o capital! Capital, também conhecido como Mercado, Neoliberalismo, Liberalismo, e vários outros nomes, fazendo-nos crer que no fundo, dinheiro é muito mais problema do que solução.

Bio-combustível? Subisídio agrícola? Ascenção das classes desprivilegiadas? Invasão de chineses e indianos no mercado? Tanto faz! A culpa, certamente, é do vão e vil metal, seja qual seja o nome que lhe derem agora. E no caso dos alimentos a coisa não é diferente, pois a falácia do mercado auto-regulador não colou, e a fórmula "aumento da demanda" + "aumento da produção" = "sucesso garantido" só tem emplacado insucessos. Uma chance ínfima seria adicionar no caldeirão o tempero dos "acordos multilaterais" e da "regulamentação". Que seria o "Modelo Europeu" - "Subsídios". Mais ou menos o que A Rodada de Doha tenta fazer desde 2001, mas os subsídios agrícolas são o principal tema de controvérsia nas negociações.

Inflação alta no mundo devido ao aumento do preço dos alimentos, que se justifica pelo aumento da demanda, mal tempo para plantio e a disparada do preço do barril do petróleo. Até o Lula, na sua simplicidade quase simples, ou em sua sabedoria quase sábia - esta merece! - singelamente se apressou em declarar que o Brasil não é culpado pela produção de etanol à partir do milho, mas os EUA sim, pois eles transformaram campos antes usados para comida em campos para combustível... mas o Brasil não! Ora companheiro, se falta alimento no mundo - e o mundo é um só - cadê a "responsabilidade"? Se todo mundo tirar o cú da reta, meu amigo, aí é que o barco afunda, e a merda passa do nariz mesmo! Além do quê, o Ziegler (Jean Ziegler, relator da ONU) nem estava falando do Brasil, estava? Mas é que Lula quer espantar todo e qualquer possível fantasma, já que o preço das terras no Brasil andam em alturas nunca dantes imaginadas, e tudo graças ao agronegócio, com a valorização dos grãos nos mercados externo e interno e a disputa por área entre biocombustíveis e alimentos.

Mas vale lembrar que quando se deve no cartório, é melhor sanar a dívida logo, ou o credor vem atrás. Se o Brasil quer se orgulhar pelo etanol politicamente correto, deve se preocupar com o que dizem as (não tão) más línguas sobre a soja brasileira: vilã causadora de desmatamento e contaminação dos rios, que proporciona a concentração de terras e ainda por cima é responsável pela exploração de trabalhadores no Cerrado e na Amazônia.

Friday, May 16, 2008

A CIA de esquerda

Acabo de ouvir uma notícia sobre a colaboração de Hugo Chavez às FARCs colombianas. A notícia é dada depois da análise dos computadores confiscados de Raul Reyes, guerrilheiro morto no Equador dia 1 de Março. Acredita-se que Chávez tenha maior influência na região com um eventual patrocínio da Venezuela ao terrorismo.

Jorginho Caminhador Arbusto descreveu a Venezuela como um país "anti-americano" que "forjou uma aliança com Cuba, colaborou com os terroristas das FARC e deu-lhes guarida".

Ora, a mim me parece que os eua andam provando do próprio veneno...

Thursday, May 15, 2008

da junção e da disjunção

Quando comento com pessoas sobre artigo que lí certa vez no periódico espanhol El País sobre a união de Portugal e Espanha num único país, as pessoas me olham desconfiadas e comentam algo sem-graça, com caras de piedade... "Não estou louco não!!!" Ou ao menos não estou louco sozinho... José Saramago já anda, há anos, distribuindo profecias sobre a absorção de Portugal pela Espanha.

Enquanto isso, no reino do hamburguer, Jorginho Arbusto tenta impressionar antes de chegar a hora de sair pela porta dos fundos... Diz querer novo acordo de paz com palestinos, mas para tanto visita Israel no "aniversário" de 60 anos do Estado israelense! Ô bichino burro, hem?

O Estado de Israel é uma república democrática parlamentar fundada em 14 de Maio de 1948, e ontem fez 60 anos. Boa oportunidade para lembrarmos que a repressão israelense é uma das formas mais perversas de "apartheid". Cerca de 700 mil pessoas deixaram suas casa e vilas em 1948, fugindo da violência das milícias judaicas que conquistavam terras para a formação de Israel. Eles se tornaram "refugiados", e segundo determinou a ONU, seus descendentes também.

Se acusar este massacre é ser anti-semita, não entendo mais nada! Aliás, O Estado de Israel deveria ser em algum lugar nos Estados Unidos, não?

Wednesday, May 14, 2008

crônica de uma morte anunciada

O ex-ministro da Fazenda do governo Sarney, Luiz Carlos Bresser-Pereira, decretou o "fim da onda neoliberal" em artigo na Folha de São Paulo do dia 21 de Abril passado. Clóvis Rossi, jornalista, colunista e membro do conselho editorial do jornal tentou nos mostrar no dia seguinte, que não há morte sem defunto, querendo crer que o neoliberalismo continua hígido (sic) como sempre. Quem estaria certo?

NINGUÉM!!!

Desde o começo dessa onda, a patuléia não entendeu direito o que leu... ou se entendeu, resolveu mudar a história talvez para deixar a coisa mais interessante... mais atraente - coisa de marketeiro! Nem o "elegante" Terceira Via" pegou tanto quanto o famigerado "Neoliberal".

Como ensinou Paul Hugon na sua "História das Doutrinas Econômicas", neoliberalismo, na verdade, é aquela doutrina que prega a prática de um Estado interventor e regulador, justamente o oposto desta praticada pelo hegemônico sistema dos ianques do norte (os estadosunidenses, mas com culpa também no cartório da humanidade aqueles outros mais ao leste, chamados reinos-unidenses), e por conseguinte seguida por todo o mundis novus, e assim também adotada pelo país das terras brasilis - também conhecido como pindorama, terra do brasil, ou só brasil minúsculo, já que exime respeito.

De volta à tal doutrina, a tal ideologia reacionária que visava reformar o capitalismo global para fazê-lo voltar aos tempos do capitalismo liberal do século XIX deveria chamar-se sim Liberalismo de Mercado - se muito. Não passa (ou passou) de uma releitura (nada se perde, tudo se transforma) do chamado Liberalismo Clássico, doutrina do pensamento econômico que teve seu auge em meados do século XVIII, nas idéias de Hume, Smith e Kant.

Nos tempos de pós-graduação em Comunicação Social, costumávamos brigar muito pelas má-interpretações da história. Por fim elas ganharam popularidade mesmo, pois de tanto se bater na tecla - simplesmente trocaram os nomes das coisas! - o que sempre fora preto passou a chamar-se branco, e o que sempre fora branco passou a chamar-se preto.

Longe da discussão se o neoliberalismo - ou como quer que se chame esta doutrina econômica - morreu ou não, temos José Saramago, em seu recluso retiro na Ilhas de Lanzarote, chorando noutro enterro que deveríamos nos preocupar muito mais: o da Justiça, que já anda falecida há muito.

E não só a Justiça, clama ele, que já sabemos morta há tempos, mas também a Democracia, esta milenária senhora sofisticadíssima que anda tão em baixa, ingenuamente criada por uns atenienses mais ingênuos ainda, sob o lema do povo, pelo povo, para o povo... puro dislate!

E se sabemos exercer a democracia, sim, é através do voto direto, partícula mínima de soberania que nos reconhece como participantes ao elegermos nossos representantes no governo. É exatamente aí que a representação da nossa democracia começa, mas também é aonde ela acaba... Podemos por e tirar presidentes, mas nosso voto nunca terá nenhum efeito, mínimo que seja, na verdadeira máquina de poder do mundo, e conseqüentemente, nenhum efeito no meu ou no seu país, nem em nossas cidades, talvez nem em você mesmo: a tal da máquina do poder econômico!

E à morte da Democracia devemos chorar, então! Sem Democracia estamos impossibilitados de toda e qualquer outra ação. Mesmo que a Justiça estivesse viva, nada poderíamos contra o poder econômico e suas estratégias de domínio que nada têm que ver com aquele bem comum que a Democracia aspira. É deste ponto-de-vista que Bresser Pereira está certo e Clóvis Rossi equivocado. Os fatos ocorridos nas últimas semanas que, segundo Bresser Pereira, marcam o fim inglório do neoliberalismo, não são as primeiras - socorro a bancos e revoltas populares pelo aumento dos preços - nem serão as últimas, preconizando o fim inglório do coisa-ruim.

E mesmo assim, a contradição dos avanços políticos e institucionais que transformaram o Estado democrático e social da segunda metade do século 20, ainda sucumbe-se perante o poderio econômico, a discutir-se a morte ou não do neoliberalismo! Ora, tanto faz! Apocalípticos e Integrados teriam seus próprios argumentos: estes bradariam "morreu para você, que é ingrato"; enquanto aqueles diriam que "não morreu porque simplesmente nunca existiu".

Eu fico aqui de trás, observando e aplaudindo o burlesco, chorando num misto de dor e pena, a gastar horas insanas neste debruçar quase corcunda de inutilidade da palavra... Um minuto de silêncio, pois o sino vai tocar mais uma vez, anunciando outra morte de ninguém... Ouçamo-lo, por favor.

Para ler Saramago sobre a morte da Justiça e da Democracia, clique aqui.

Para ler artigo de Clovis Rossi e Bresser Pereira publicados na Folha de São Paulo, veja abaixo os dois primeiros comentários deste post.

erramos...

Inaugurando o "label" erramos, na minha postagem anterior - A Rádio Eldorado e a Inteligência Atraída - equivocadamente digitei "... as inteligências NÃO SÃO potenciais que poderão ser ou não ativadas..." quando deveria digitar "... as inteligências SÃO potenciais que poderão ser ou não ativadas...". O texto já foi corrigido.

thanks to jj

A Rádio Eldorado e a Inteligência Atraída

Se assumirmos as mais recentes descobertas na tentativa de explicar a inteligência humana, a teoria das Inteligências Múltiplas é bem aceita no meio científico e educacional. Embora alguns chamem as inteligências de potenciais, no fundo tudo não passa de diferentes nomes para a mesma coisa, já que seu próprio criador, o psicólogo Howard Gardner explica que "... as inteligências são potenciais que poderão ser ou não ativadas, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos.

Aí entra a Rádio Eldorado com um anúncio onde alguém vai consultar uma cartomante que "lê" nas cartas que ele tem café da manhã com o Arnaldo Jabor, depois um encontro com o Carlos Heitor Cony e o Artur Xexéu, depois um bate-papo com a Miriam Leitão, etc. No final, a pérola: inteligência atrai inteligência... Difícil é saber que inteligência ela se refere. Aposto que é uma tal de Inteligência Existencial ou Espiritual, um suposto nono tipo de inteligência que ainda carece de comprovação científica...

Eu, hem! Melhor girar o daial...

A propósito, as oito inteligências - ou potenciais - são Lógico-matemática, Linguística, Espacial, Musical, Físico-cinestésica, Intrapessoal, Interpessoal e Naturalista.

E por falar em inteligência...

Segundo "The Daffodil Principle" - "O Princípio Narciso" - não se deve esperar para ser feliz, e o melhor momento para isto é agora mesmo... Pregam um poeminha que diz:
Happiness is a journey, not a destination.
So work like you don't need money.
Love like you've never been hurt, and,
Dance like no one's watching
e que eu livremente traduzi para:
Felicidade é uma viagem, não um destino.
Então trabalhe como se não precisasse de dinheiro
Ame como se nunca tivesse sido magoado, e
Dance como se ninguém estivesse olhando
Venho há algum tempo buscando estas metas, e tenho as alcançado, mas ainda falta uma...

Tuesday, May 13, 2008

de radicais e radical

A palavra RADICAL pode ter 3 sentidos gerais:
  1. relativo à raiz, origem, ao fundamento; fundamental, básico; que existe intrinsecamente num indivíduo.

  2. afastamento do que é tradicional/usual; extremado; relativo a drásticas reformas apoiadas em opiniões extremadas; tendente a introduzir alterações profundas em hábitos, condições, pontos de vista correntes.

  3. brusco, difícil, que exige destreza, coragem; moderno, esportivo, vibrante ou juvenil.
Os outros sentidos são específicos das ciências humanas e exatas...

Algumas pessoas costumam me chamar de radical, aqui ou ali... Eu particularmente gosto. Tal palavra floresce muito mais um sentido positivo do que o pejorativismo negativo que alguns querem dar-la. Faz-me lembrar que minhas raízes, opiniõres formadas em anos de crítica, estudo e observação do mundo, o fundamental, valores bem embasados. Sugere-me também que estou aberto para o novo, que procuro ter um olhar distante do usual a fim de obter um outro ponto-de-vista.

Do lado pejorativo da palavra associa o indivíduo à não-moderação e inflexibilidade. E o ponto de ebulição para que tal classificação ocorra baseia-se numa das partes, geralmente desgastada de argumentos, decide que não há nada a acrescentar porque a outra parte é não muda sua opinião. Em química, radical é o termo que designa o grupo de átomos combinados numa molécula capaz de manter sua individualidade numa reação e passível de ser substituído integralmente por um elemento ou outro radical num composto. Destaco o "manter sua individualidade" e o "passível de ser substituído integralmente"...

Cabe esclarecer que mudar de opinião não é como mudar de roupa. Pessoas mudam de opinião quando vêm que suas posições estão equivocadas. Não é simplesmente porque duas pessoas discordam e discutem que uma delas precisa concordar com a outra. Opiniões são formadas no capital intelectual de cada um. Ou ao menos é assim que deveria ser. Não é porque alguém lhe diz que 2+2=4 que você precisa concordar. Na política brasileira, por exemplo, não é...

Mas comecei a falar de radical porque quero presentar o blog de um amigo meu - blog que ajudei a criar. Neste blog eu espero ler as coisas que ele vem escrevendo nos últimos tempos, e principalmente as futuras...

Ele também um radical, no bom (e único!) sentido da palavra! Quimicamente falando...

Acesse e confira: Blog do Johnson

Enjoy!

Thursday, May 08, 2008

o novo do mesmo ovo

Não sei porque, mas o saída do Bertie não me convenceu... Parece que ele saiu mas ao mesmo tempo continua. A única coisa que caracteriza a "mudança" é que, mal sentou na cadeira, Brian Cowen mudou quase todo o ministério. Não exatamente com gente nova, mas mexeu nas cadeiras. Isto faz chegar a duas conclusões, não necessariamente exclusivas: O gabinete de Bertie não vinha agradando, e com sua saída aproveita-se para mudar tudo, e/ou Mr. Brian Cowen anda "pagando" algumas promessas, também conhecidas como dívidas de campanha - porque todos os Tánaistí estavam descaradamente em campanha desde que Bertie começou a enfiar o pé na merda.

Mas agora as coisas vão melhorar, afinal, temos um novo ovo para o povo, se é que isto quer dizer alguma coisa...

Tuesday, May 06, 2008

o dólar furado


O Banco Central do Zimbabwe acaba de lançar as novas notas de 100 milhões e 250 milhões de dólares... zimbabuense! Pura conveniência para o setor corporativo, dizem. Quer dizer, não bastaram as notas de 50 milhões lançada ano passado, em Abril, logo depois das notas de 10 milhões, lançada em Janeiro.

A medida de introdução de notas de alto valor se deve à inflação do país, que bateu 165.000% (!!!) em Fevereiro último, e que consome rapidamente o poder das notas. Com uma inflação dessas, as listas de preços e cardápios em geral devem ser digitais, mudando suas dezenas e centenas a cada minuto!

Zimbabwe também tem notas de 250.000, 500.000 e 750.000; o câmbio oficial do país cota o dólar americano a 30.000 dólares zimbabuenses, congelado desde Setembro de 2007, mas no mercado negro pode-se pagar até 100 milhões pelas verdinhas do tio Sam.

As novas notas entraram em circulação hoje.

Deu saudades do tempo do cruzeiro, deu?

Gozado, não?


Consta que cientistas sul-africanos filmaram uma foca tentando manter relações sexuais com um pingüim. Dizem ser um caso pouco comum de tentativa de acasalamento entre duas espécies distintas... Eu diria que eles estão enganados!

Longe do caráter científico da coisa, o imaginário popular pindorâmico oferece vários exemplos de "experiementos inter-raciais", todos envolvendo o homem ou a mulher em um dos lados; seja homem + galinha, homem + cabrita, homem + vaca, ou no caso da mulher, temos mulher + cão, mulher + cavalo e, para as mais ousadas, mulher + jegue.

E para extrapolar até mesmo as barreiras do mundo animal, quem não conhece o "famoso" filme, clássico da chanchada brasileira, "Contos Eróticos", onde no quarto conto, Vereda Tropical, um professor tem como objeto de prazer uma melancia, através da qual atinge a plenitude de seus desejos...

É, camaradinha... os pindorameiros são criativos... e inovativos. Deixa a ciência baixar por lá pra ver a revolução que vai causar, embora certo seja que não se trata de relações acasaladoras, pois não se tem notícia que algum os ajuntamentos acima descritos tenha durado mais que uma gozada!

Friday, May 02, 2008

Brasilianas IX

ou "El Baño del Papa""

Um belo filme este O Banheiro do Papa. Assisti em São Paulo, no Espaço Frei Caneca. Baseado em notícias reais, o filme conta a visita do papa João Paulo II à cidade uruguaia de Melo, próxima à fronteira brasileira, em 1988. Na época, os moradores de Melo previram que 50.000 pessoas viriam para o evento. Acreditava-se que os brasileiros, em melhores condições econômicas que os uruguaios, viriam aos montes. Assim, os moradores de Melo entreviram uma oportunidade única de ganhar dinheiro com o evento, vendendo comida e bebida aos fiéis. Para isso, endividaram-se, hipotecaram suas casas, emprestaram dinheiro com agiotas, fizeram o possível e o impossível pensando em lucrar com os visitantes. Nesta linha de pensamento, Beto, um pequeno contrabandista que vive de pequenas cargas de um lado para o outro da fronteira em sua bicicleta, decide construir um banheiro num puxadinho em frente à sua casa, e alugar o serviço. E para tal, tem que enfrentar dificultades tragicômicas. No final (ninguém vai assistir, vai?), como pode facilmente ser deduzido, apenas 8.000 fiéis atendem ao evento a empreitada mostra-se um verdadeiro fracasso da fé. Fé no dinheiro, que fique bem claro... e ninguém vende nada.

Assista ao trailer e veja o site oficial do filme.


Cinema à parte, o famigerado "mercado" anda se preparando para receber perto de 1 trilhão de dólares por ano (!) até 2012, segundo pesquisa da revista Exame. Haja bilhão pra chegar no trilhão, hem? O estudo meio que simploriamente acredita que os 190 milhões de habitantes se dividem - ou se dividirão - em 5 categorias segundo algumas tendências e transformações sociais:
Tendência 1: o avanço das mulheres no mercado
Tendência 2: mais casais sem filhos
Tendência 3: cresce o número de pessoas que moram sozinhas
Tendência 4: há mais consumidores de meia-idade
Tendência 5: promessa de uma vida mais longa e melhor
E essa nova onda de consumo anda tão na onda - onda na onda é ótimo! - que dá até medo! Certamente, com tanta comida, tanta fartura, e tanta bonança, a "coisa" precisa de um escape, precisa sair por algum lugar. E aqueles mais "apocalípticos" já andam se preparando e pondo a mão na massa, pensando em lucros reais, tocando a construção do que ja está sendo chamado de "O Banheiro do Lula"!

Thursday, May 01, 2008

Brasilianas VIII

ou "de lições aprendidas e de matérias engolidas"

Costuma ser simples assim: quando se erra, o mínimo que podes fazer é aprender com o erro ou de nada adianta ter errado, e a coisa pode suceder novamente. Também é verdade que alguns erros são mais fáceis do que os outros, tanto para percebermos os erros como para aprender com eles, mas outros não... e acabamos por aprender a duras penas!

das lições aprendidas
A decepção é um dos mais cruéis dos sentimentos humanos, principalmente quando se manifesta em relação a alguém que você ama e que age de maneira inesperada. E por mais que conte-se com a fraqueza e imperfeição humanas, ainda assim aquele ato machuca e incomoda.
Pessoas sábias falam sobre idéias; pessoas comuns falam sobre coisas; pessoas medíocres falam sobre pessoas.
Detesto citações, principalmente as simplórias, como esta... mas é tão atual e verdadeira que chega a dar medo de quão verdadeira ela é.

Como já disse anteriormente, a vaidade é uma merda! Nêgo acha que é o que não chega nem a parecer, mas continua cheirando àquilo... por isso que digo que mulher bonita só fica elegante e interessante depois que envelhece um pouco. Como dizia Lupicínio, "Essas moças, pobres moças...". Já quanto aos homens, só dependem da maturidade das mulheres, ou estarão fadados a ficarem na mão!

Outra boa: tem gente que insiste em considerar o inconsiderável. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, com um subalterno, não pode ser uma boa pessoa. Não acredito em dois caráteres. Como exemplo lembro de um ex-chefe que, pelo que me consta não preciso nem citar o nome, era- dizem - um cara bacana fora do escritório... mas um FILHO-DA-PUTA - embora eu queira deixar bem claro que a senhora sua mãe nada tem a ver com isso - como chefe.

das matérias engolidas

Além do apressado comer cru, come mais. É que se comida pouca, seu pirão primeiro. E o pior é que depois de encher o rabo, fica com cara de peixe-morto, querendo voltar pro aquário...

É... a ágora paulistana não é mais a mesma. Simplesmente deixou de ser... agora mesmo!