Monday, August 31, 2009

kaffee ni mim



Pois é... muita gente achou que foi marmelada mas não foi... foi cafezada mesmo! Deu Edu na cabeça... e que cabeça!

É isso o que dá ajudar os outros... ganhei a rifa promovida pela Starbuck e funcionários pra ajudar a equipe do nossos amigos, a "Are We There Yet?", a levantar €2000 para o evento TRAILTREKKER 2009, uma trilha de 100 km a ser percorrida em no máximo 30 horas. E quer saber mais? Eu vou estar lá... não andando, mas na equipe de apoio... dando o maior apoio, claro!

Friday, August 28, 2009

Tempo de mudança

Assim como temos o tempo de amar e o tempo de odiar, o tempo de rir e o de chorar, o de fugir e o de enfrentar, de receber e de dar, o tempo de viver e o tempo de morrer, o tempo de vingar e o de ser vingado, o de caçar e o de ser caçado, de perdoar e de ser perdoado, o tempo de plantar e o tempo de colher o que foi plantado, o tempo de espalhar pedras e o de juntar pedras espalhadas, o de edificar e o de derrubar, de falar e de calar, temos o tempo de ficar e o de mudar... Hoje é tempo de mudar... De casa!

E mudar é uma coisa que a gente termina nunca - ainda bem! Incrível... mudança de hábito então, pelamordedeus! Andar pelo menos 45 minutos por dia, não comer carbo-hidratos à noite, comer mais fibras pela manhã, ficar longe da TV o maior tempo possível, mesmo que ela tente lhe pegar com algum "programa educativo" - cê sabe né, um programinha leva ao outro, e de repente você percebe que já são 2 da manhã e você perdeu 5 horas em frente a esta hiponotizante caixinha de alienação de pensamentos...

Mas como mudanças são sempre bem-vindas, mesmo que a princípio não gostemos delas, vou curtir muuuito esta: estaremos mais próximos do centro, pertíssimo da estação de trem, perto de todas as amenidades do dia-a-dia (inclusive um "local café" com jazz às sextas-feiras!

E já que hoje é sexta-feira... pro fim-de-semana, farei um grande esforço para 1) assistir ao menos um filme na telona e 2) ver alguma música ao vivo, que estou carente... ah, e tem o "'bora cumê lá em casa?" - a versão "tupiniquirish" do Come Dine With Me do Channel4.

Fui!

Thursday, August 27, 2009

Belchior

Nossa, o Belchior sumiu! Soube ontem, mas... desde quando?!?

Aprendi (ô anglicismo!!!) que saiu no "Fantástico" - deve ser sério, então! O jornal britânico "The Guardian" também deu a notícia - "Where is Belchior?" - mas deve ser pura especulação e sensacionalismo, né? Sério mesmo é o Fantástico!

Familiares dizem que não houvem dele há dois anos (nem os discos?!?), enquanto os repórteres rastrearam um atelier abandonado em São Paulo, de propriedade do cantor, com uma caixa postal cheia de correspondência!

Pura fantasia brasileira! Ficam falando um monte dele... o cara pode simplesmente ter a) sumido em busca de sossêgo; ou b) ficado pinel! Pode ser mais uma vítima de depressão, ou apenas esteja em refúgio espiritual para um novo álbum!

Onde está Belchior?

Criaram um site com esse nome, que chegou a atrair mais de 5.000 visitantes em poucos dias! Na linha de outros (semi) ilustres, o guitarrista do Manic Street Preachers, Ritchie Edwards, desapareceu em fevereiro de 1995, abandonando seu carro perto de uma estação de trem e nunca foi visto novamente. Não seria o primeiro nem o último a largar tudo, se picar! E agora buscam "dicas" em suas letras: Minha vida cigana me levou para longe de você, vou ter que viver aqui por um tempo, longe de você. No Twitter, tem uma campanha para que o comando "#Belchior" entre para a lista das palavras mais digitadas. Disseram no twitter que "Belchior não deve estar muito longe, pois ele tem medo de avião e, ao final das contas, é apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no banco"!

Mas deixando coisas sérias de lado, falemos das especulações: Belchior está morto? Forjou seu desaparecimento para impulsionar as vendas dos seus discos? Está fugindo de dívidas? Ou está numa praia do Nordeste, na paz, traduzindo o épico de Dante, a Divina Comédia, que contém mais de 14 mil linhas?

Mas a melhor mesmo, foi da minha amigta aqui... Cadê você, Belchior?

Wednesday, August 26, 2009

A sabedoria futebolística


Fiquei sabendo pelo super-blog de um amigo meu (poesia-pau)que na primeira edição de O que é comunicação poética, de 1977, escrito por Décio Pignatari, consta uma epígrafe do craque de futebol Ademir da Guia dizendo que "Ninguém pode, em qualquer profissão, manter sempre o nível mais alto que consegue alcançar. Ninguém consegue isso, nem Pelé, nem Picasso, nem os melhores escritores, nem os melhores empregados ou patrões", sugerindo uma certa amargura sem saída para a inevitável resignação do físico, sabido de que a carreira de um jogador de futebol é muito curta, e começa a decair bem mais cedo do que o intelecto. O que fica do depoimento é a crítica à presunção de um verão eterno da criação de que só alguns eleitos se beneficiariam.

Assim como Caetano Veloso (vale à pena ler o blog...), Arnaldo Jabor também, ao meu ver, já começa a apresentar uma certa estagnação na sua linguagem. O comentarista e cineasta (seu último longa é de 1984!) apresentou seus primeiros sintomas de decadência ao se auto-plagiar (já comentado aqui), e agora andou defendendo (de novo?!?) a maconha... pode? Papinho careta!

Ô Jabor, vai plantar... maconha, vai!

Comentei lá no Auto-pensante. Passa lá!

Tuesday, August 25, 2009

A Carolina Ferraz é gostosa...

Ou o Zero-Cal é que é?

Gostosa ela até é, mas também foi vulgar, não? Ou é só "cultural" mesmo?

No comercial do adoçante dietético Zero-Cal, Carolina ferraz e o ator Wagner Moura dialogam sobre o adoçante ser o mais gostoso que existe. Tem um vídeo no Youtube com a versão televisiva do comercial, com a atriz Izabel Goulart também participando do diálogo. Na versão radiofônica, não tem a insinuação sobre as formas da atriz Izabel Goulart - que tampouco dialoga naquela vinheta - mas só a insinuação da gostosura da Carolina. Wagner Moura diz algo como "Por falar em gostoso, hem Carolina..." e ela responde, tão natural quanto uma atriz global da "histórica" Malhação poderia soar: "Ei, nos estamos falando que Zero-Cal é que é gostoso!"

Será isso normal e eu ando muito afastado dessa baixaria toda, dessa reiteração coisificada da mulher-objeto, paradigma de vitrine e meretriz, sempre exposta, num bairro da luz-vermelha interativo com a própria vida!

Aí tem aquele médico acusado de abusar sexualmente de mais de não sei quantas pacientes... e só agora as mulheres resolveram botar a boca no trombone! É muita submissão, não? Imposta, eu sei, por anos e anos de comportamento machista, sociedade machista, leis machistas, crime machista, mulher machista, tudo machista! E o feminismo da igualdade está confundindo tudo... Mulher não é igual a homem, nem aqui e nem na Estônia (ou Sibéria)! Mulher é mulher, ser único e que merece consideração especial pela sua própria natureza de hospedeira da vida. Homem não dá a luz, tampouco mulher fecunda óvulos. Papéis específicos de cada um, estipulado pela natureza, sem intervenção humana (ufa!). Mas quando passamos para o âmbito social, falar de papéis é "preconceito", é "machismo", é "retrógrado".

Enquanto não se entender que homens e mulheres são diferentes sim, e cada qual com seu papel social (e humano!), o mundo tende a se afundar cada vez mais nesta merda sem-fim da psicologia invertida, onde valores morais têm peso conservador; a chave que prega uma abertura ainda mais retrógrada que a própria fechadura que não consegue abrir.

Monday, August 24, 2009

Sem sotaque


Falar uma língua estrangeira pode parecer fácil. Falar com desenvoltura, um pouco mais difícil. Falar sem sotaque, praticamente impossível. Primeiro que não existe língua sem sotaque, já que o sotaque é justamente uma maneira particular de se pronunciar determinados fonemas numa língua qualquer. Pode variar por região, classe ou grupo social, etnia, sexo, idade ou indivíduo, em qualquer grupo linguístico, e pode-se caraterizar por alterações de ritmo, entonação, ênfase ou distinção fonêmica.

Assim, não há fala sem sotaque. O que pode haver é o "sotaque padrão", considerado lingüisticamente oficial, e há, claro, o sotaque estrangeiro, ou seja, a maneira que um não-nativo fala determinada língua, geralmente com variações devido a limitações fonéticas inerentes de cada língua. Especialistas defendem que se você já deixou a infância, nunca mais terá uma pronúncia pura - se é que se pode dizer isso. É como diz o (velho) ditado: quanto mais velho, mais difícil de perder certos vícios...


A neurociência nos ensinou que existe uma área funcional para a linguagem no cérebro dedicada à oralidade que precisa ser estimulada. Quando nascemos, não sabemos em que país estamos, por isso falaremos a língua do nosso entorno. Até os seis meses de idade toda criança balbucia sons, mesmo os surdo-mudos. Até o primeiro ano de vida, o bebê ganha e perde sons da linguagem. Por exemplo, os orientais não falam os erres. Como o fonema não é utilizado na língua chinesa, os chineses acabam perdendo esse som antes mesmo de começarem a falar. Isso é tão sério e verdadeiro que na China há um tipo de cirurgia na língua que promete melhorar a pronúncia inglesa. A cirurgia consiste num pequeno corte na parte inferior da língua dos pacientes. Professores chineses de inglês são totalmente contra a prática, dizendo que é pura perda de tempo e dinheiro.

Estudos recentes mostram que a janela para aquisição de línguas se fecha aos sete anos de idade. Depois disso, tudo se torna mais difícil e cansativo. Você já será um falante estrangeiro do idioma. Você não irá aprender da mesma forma que você aprende sua língua materna. Irá precisar de toda uma artificialidade para aprender, como decorar regras e palavras. É por isso que um adulto estuda muito e, quando chega lá fora, muitas vezes, não consegue entender um nativo da língua.

Crianças que aprendem uma língua com menos de sete anos de idade irão falar sem sotaque. A partir dos três anos de idade, os lingüistas consideram uma criança que aprende outra língua como se fosse um nativo. Aos sete anos, as crianças já são consideradas como falantes estrangeiras, ou seja, elas irão carregar o sotaque de sua língua materna para sempre, em qualquer outra língua que falarem.

Friday, August 21, 2009

Um simples Dylan


Como pode haver tantas coisas ainda para serem descobertas numa simples canção de Bob Dylan? No momento, as que me chamaram a atenção foram If You Ever Go to Houston do Together Through Life, Mississippi, uma música 'lado B' não lançada no álbum Time Out Of Mind, e Born In Time, outro 'lado B' não lançado do Oh Mercy.

E sabe aquela gig que daríamos no fim do mês? Furou! O cara da festa achou "caro" quando o Fergus disse que seria €150 para cobrir despesas apenas... Oh, I didn't expect that much! Tenha dó, né? Mas acabou sendo bom para a banda - sem nome ainda! - e se tudo der certo, sairemos desta com uma boa lista de canções que realmente tenham algum sentido para todos nós, um nome, e uma linha de composição, para finalmente começarmos a compor!

De letra pra som... Ah, essa TUDA dá um trabalho! Mas eu não reclamo dela não, reclamo de mim, que facilmente me acostumo às faltas de tempo - aquela medida usada pra lembrar o quanto que você está distante de fazer tudo o que você queria fazer e ainda não fez, sabe? Pois é, ele sempre me prega uma peça... principalmente quando estou determinado a estudar irlandês... basta eu me enfiar numa regra gramatical qualquer que já deu meia-noite! Que saco!

Pois é, mas as coisas andam indo - nossa, que horrível essas construções inglesas aportuguesadas, não?!? - indo bem. E pra me complicar ainda mais com o Sr. Tempo, cismei de traduzir um poema euskara - a língua basca. Em progresso, já... mas não é nada fácil, te digo, mas ainda assim mais prazeroso do que o tupi-guarani (ainda retomo aquele projeto), que só falava do deus dos cristãos, já que os índios não escreviam, só os portugueses, o que se podia esperar, se o objetivo de aprender e normatizar a língua era a catequese?

Sexta-feira era dia de pastel lá na Granja (Julieta, onde era a Eletropaulo). Chegávamos de manhã, cada qual em seu (ônibus) fretado e nos encontrávamos na barraquinha de pastel. E não tinha caloria que me fizesse engordar! Eta tempinho bom!!!

É isso...
- Não vou na pastelada hoje: vou rever um velho amigo que se mudou para Dubaiu, e está de passagem por Dublin.

- Pastelada?

- É, uma reunião com pastel é pastelada...

- Eu sei o que uma pastelada é, mas de que pastelada você está falando?

- Err... não te chamaram?

- Me chamaram para o quê?!?

- Olha... a gente se fala, tá? Eu preciso ir... o ônibus já vai sair, e...

- Mas você está de carro?

- ... eu detesto carne!

- ...

Tuesday, August 18, 2009

Óia!


Repassando...

Caros... para aqueles que ainda compram a VEJA, vale um registro do nosso tempo: em Veja de 29/07/2009, um livro de velhos artigos de Otávio Frias Filho, publicados no seu jornal Folha de São Paulo e editado por sua editora, é assim apontado:
É rara a versatilidade que o autor demonstra não só na escolha dos temas, mas sobretudo na maneira de abordá-los.
Menos de um mês depois, em 15/08/2009, vem o troco: Manuel da Costa Pinto baba sobre o novo livro de Mario Sabino, redator-chefe de Veja.

Depois ficam indignados com as críticas do jornalista Luís Nassif sobre o compadrio na grande imprensa e acham estranho que o Senado tem o perfil atual e Sarney é um monstro porque arrumou um emprego público para o namorado da neta. Sujeitos, ainda há memória: tenham vergonha na cara!

Monday, August 17, 2009

Vocabulario portuguez

Para quem gosta de línguas - no sentido lingüístico da palavra - eis uma boa dica: está disponível no site da USP o "Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... ". O nome é grafado assim mesmo, e com reticências!

Originalmente, os 8 volumes que compõem o dicionário foram publicados ao longo de 9 anos. Os volumes I e II em 1712, III e IV em 1713, volume V em 1716, volumes VI e VII em 1720 e o volume VIII em 1721. Aos 8 volumes juntaram-se outros dois de suplementos publicados entre 1727 e 1728, contendo mais de cinco mil vocábulos que não constavam nos volumes anteriores.

Referência completa: BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712 - 1728. 8 v.

Saturday, August 15, 2009

Embuste!


Recebi outro email de um amigo meu ressaltando alguns dados estatísticos. Ele lembra que no Rio de Janeiro morreram quase 3000 pessoas de dengue, doença que o Dr. Osvaldo Cruz já erradicara no início do século XIX. Não falaram em epidemia, ou se falaram não fizeram estardalhaço como a influenza-A. Depois de alarmar a população, oferecem a salvação - em troca do lucro!

Sugere também que a vacina para a influenza-A prometida para até o final do ano já deve estar em desenvolvimento há muito tempo. Por quê? Simples: se o maior benfeitor da humanidade, Dr. Albert Sabin, demorou mais de trinta anos para produzir sua vacina contra a Poliomelite, mesmo com todo conhecimento científico e tecnológico de hoje em dia, fazer tal vacina em tempo tão curto dá todo o aroma do embuste! Assim como também é embuste - e eu aqui concordo plenamente - a crise econômica, onde os bancos - grandes bordéis mundiais, e já peço perdão aos bordéis por tão infame comparação - pintaram o 7 (bilhões! trilhões!) com o dinheiro alheio, endossado por governos capciosos e corruptos que se beneficiaram de insultuosos esquemas de coisificação do lucro, aniquilando assim com a liqüidez no tão famigerado mercado. Agora alrdeiam este estardalhaço de crise para justificarem o cheque em branco, que os contribuintes terão que pagar.

É como pagar a conta de um baita banquete num restaurante super-luxuoso, só que sua participação no banquete foi ficar assintindo-o pela vitrine, feito cachorro em frente à assadeira de frangos da padaria.

Tá vendo como é difícil viver neste mundo sem desconfiar de ninguém?

Friday, August 14, 2009

enfim...


E já que é sexta-feira, o que fazer para o final de semana?

Tem um happy-hour com o pessoal do escritório hoje - incomum, já que estamos longe do centro. Será no pub Dicey Reillys, que fica dentro do Russell Court Hotel.

Está rolando o Guinness Storehouse 250 - Summer Festival(Guinness Storehouse - St James Gate, Dublin, Ireland)

Um ou dois filminhos no cinema... um jazz mais tarde... os amigos aqui e ali... e está feito de coisas...

Thursday, August 13, 2009

ligando o aquecedor


Começa a dar nos noticiários de todo o mundo que a crise já está acabando, que o mercado está aquecendo! E tudo graças a quê? Ao aumento do consumo! Menos na Irlanda, onde o governo vem criando novas taxas e certos setores têem a coragem de aumentar seus preços!

Exemplozinho bobo foi semana passada, quando fui ao cinema. Como sou membro do referido, pago uma mensalidade e tenho acesso livre a todo e qualquer filme. Muito me surpreendi ao querer assistir a um filme em 3-D, quando a bilheteira quis me cobrar 1,50 euros extras. Ao perguntar a ela o por que da taxa, disse que se tratava da "taxa 3-D"! Disse-lhe que isso para mim era novidade, pois ano passado assistira ao filme sobre o show do U2 também em 3-D e não me cobraram a tal taxa. Perante a cara de interrogação da coitada que está lá só pra vender ingresso, torcendo pra dar o horário de ela ir embora, não retruquei. Aí, camaradinha, fazer o quê? Não comprar, oras!

O consumidor é o termômetro da economia - ele tem o poder de ditar boas práticas boicotando abusos. Bastaria ele 1) organizar-se ou ao menos disciplinar-se, e realmente demonstrar sua opinião reclamando aos Serviçoes de Atendimento ao Cliente e, numa instância mais drástica, com o boicote; e 2) discernir entre o consumo compulsivo, muito em voga atualmente, e o consumo essencial.

Aqui ainda se peca e muuuuito em não prestar reclamação. Boicote neles!

Tuesday, August 11, 2009

A Pandemia do Lucro...

... ou mais uma Teoria da Conspiração

Tem um texto rolando na internet de um tal de Dr. Carlos Alberto Morales Paitán, supostamente médico pediatra no Hospital del Niño em Lima, no Peru, que pode te fazer pensar um pouquinho...

E digo um tal de, porque na internet, camaradinha... você sabe, nada é muito confiável e não dá pra saber se o cara realmente existe ou se é só o pseudônimo de algum lunático.

O texto começa com uma comparação interessante: 1154 pessoas tinham morrido de gripe suína no mundo (até 5/08/09) e todos já se desesperam e querem usar máscara. No entanto, são mais de 25 milhões de pessoas com AIDS no mundo, e poucos são aqueles que querem usar preservativo ao fazerem sexo esporádico. Ele acusa de ser esta pandemia nada mais do que a Pandemia do Lucro, o que soa muito sensato, mesmo que sensacionalista e alarmante ao mesmo tempo.

E usando a mais poderosa ferramenta do Windows - copiar e colar - colo aqui algumas partes do texto, por vezes modificadas...

No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vítimas da Malária, que pode ser prevenida com um simples mosquiteiro, 2 milhões de crianças com diarréia, que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos de dólar; sarampo, pneumonia e enfermidades curáveis com vacinas baratas provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano! E os noticiários mal falam disso... mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves, os noticiários mundiais inundaram-se de noticias da epidemia, "a mais perigosa de todas", uma Pandemia!

Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos, 25 mortos por ano. A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

[são tantos números, difícil saber se são reais. Mas mesmo que não sejam, o Dr. tem um bom argumento]

Agora é que entra a trama toda, quando o email diz [acusa] que a farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflu vendeu milhões de doses aos países asiáticos - o próprio governo britânico comprou 14 milhões de doses para, embora o Tamiflu fosse de eficácia duvidosa. Nessa, a Roche e a Relenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro. E agora é a vez dos porcos. Os noticiários do mundo só falam disso. Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo.

[Teoria da conspiração]

A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflu. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, secretário da defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque... [eu adoro essa parte!] Os acionistas das farmacêuticas Roche e Relenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas milionárias do duvidoso Tamiflu.

A verdadeira pandemia é dos enormes lucros dos mercenários da saúde. Não nego as necessárias medidas de precaução que estão a ser tomadas pelos países, mas se a gripe é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação, se a Organização Mundial de Saúde (conduzida pela chinesa Margaret Chan) se preocupa tanto com esta enfermidade, por que não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de
medicamentos genéricos para combatê-la?

[Este é um ponto justo - cadê os genéricos?!?]

Prescindir das patentes da Roche e Relenza e distribuir medicamentos genéricos gratuitos a todos os países, especialmente os pobres. Essa seria a melhor solução.

E ele termina pedindo para divulgarmos a informação... todos sabem que os meios de comunicação nada mais são do que empresas, e como empresas devem satisfação lucratica aos acionistas, e naturalmente só divulgam o que interessa a eles e aos patrocinadores, nunca o que interessa aos ouvintes e leitores.

Monday, August 10, 2009

Sixto Rodriguez

Alguém aí já ouviu falar em Sixto Rodriguez? Não? E em Bob Dylan? Esse já, né? Pois é, essas coisas acontecem... No final dos anos 60, começo dos 70, Sixto chegou a ser aclamado como o novo Bob Dylan, ou Latin Bob Dylan, devido a sua origem mexicana, embora cantasse em bom e fluente inglês.

Sixto Diaz Rodriguez (também conhecido simplesmente como Rodriguez ou Jesus Rodriguez) nasceu em Detroit, EUA, em 10/7/1942. 'Sixto' foi um apelido de criança - era o sexto filho da família. Os pais de Sixto eram imigrantes mexicanos que vieram tentar a sorte na América dos anos 20. Suas músicas refletem preocupações politicas e a cruel realidade dos degradados centros urbanos.

Sob o nome de Rod Riguez, lançou o compacto "I'll Slip Away" em 1967, por um pequeno selo local, Impact, e sumiu pelos 3 anos seguintes, voltando em 1970 apenas como Rodriguez, com o LP Cold Fact, pela gravadora Sussex. Coming from Reality veio em 1971, mas como ambos os álbuns não venderam o esperado, e ele foi dispensado pela gravadora, que viria a fechar em 1975.

Apesar do fracasso comercial na América, as canções de Sixto eram de altíssima qualidade artística, um folk psicodélico - uma mistura de Bob Dylan e Jefferson Airplane. Depois do fracasso comercial, Sixto desistiu da carreira artística, embora nunca tenha abandonado a música. Prova desta qualidade foi o status de cult que Sixto obteve em países como África do Sul, Zimbabwe, Nova Zelândia e Austrália. Cópias importadas dos LPs da Sussex rapidamente se esgotaram e o selo autraliano Blue Goose Music comprou os direitos australianos para o seu catálogo.

Devido à obscuridade pública de Sixto, muito se especulou sobre sua morte, até que um documentário sobre sua turnê "Dead Men Don't Tour: Rodriguez in South Africa 1998 foi transmitida pela SABC (South African Broadcasting Corporation) em 2001.

Mas a boa notícia é que Sixto continua na ativa. Recentemente voltou para a Austrália para tocar no East Coast Blues and Roots Festival (2007). Sua canção Sugar Man faz parte da trilha sonora do filme Candy, com Heath Ledger. Há também um filme sobre sua vida - Looking for Jesus. Em 2008, para comemorar o relançamento de Cold Fact, Rodriguez fez várias apresentações em diversos países, e vai se apresentar no The Green Man Festival 2009, Glanusk Park, Usk Valley, Powys, Wales. O festval vai de sexta, 21/08 até domingo, 23/08.

"Daremos o melhor de sí pra estarmos presente!!!"

Ouça um pouco de Sixto aqui.

Sunday, August 09, 2009

Revolução dos Bichos?


A tecnologia dos últimos anos cumpriu seu presságio: permitir que tarefas que antes demoravam horas ou dias, passassem a ser executadas em minutos; tarefas que envolviam duas ou mais pessoas, serem executadas por apenas uma; a não-necessidade da presença física no escritório; a propagação da informação ao nível mundial em minutos. A revolução tecnológica causou - e ainda está causando - impacto comparado à Revolução Industrial iniciada no século XVIII, onde - como agora - uma classe privilegiada pela ascenção social e pelo dinheiro, que controla os meios de produção, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias em detrimento do capital humano. E a história se repete.

Quando o peixe foi-nos vendido, prometeram "tempo livre" para o ócio e o lazer, mais empregos para todos, mais qualidade de vida, e toda a balela de blá, blá, blás que se possa imaginar. A realidade, porém, se revelou tão cruel quanto aquela do final do século XVIII: exclusão e exploração, desigualdade e banalização do ser-humano. O "tempo livre" proporcionado pela alta tecnologia foi creditado no bolso dos "donos do poder", na forma de mais produção, mais capital, mais lucros, maior competitividade, e ao operário - operário é aquele que opera, seja uma prensa seja um telefone celular para comprar ou vender ações - ao explorado, creditou-se na forma de carga horária extendida, comprometimentos extra-oficiais, postura pró-ativa, doação da sua vida familiar e social.

Domenico de Massi, aquele sociólogo italiano badaladíssimo em Pindorama e nem tanto na Itália, em seu livro O Ócio Criativo sonhou a utopia do mundo ideal, onde todos pudessem juntar trabalho, lazer e estudo na mesma atividade. Não sendo possível, o que deveria prevalecer é o balanceamento - muito em moda no norte Europeu.

Sorte dos que podem - por enquanto - desfrutar desse balanço...

Saturday, August 08, 2009

zindows...


Que tal se ao invés dos computadores emitirem aquelas mensagens de erro que não te dizem nada, "captassem" o mais alto espírito humano, trocando as costumeiras, inúteis e impessoais mensagens de erro por haicais! Isso, haicais, aquela forma de poesia minúscula, baseada em séculos de sabedoria oriental!

Alguns exemplos das novas mensagens seriam:

Arquivo muito grande?
Talvez seja útil
mas não agora.

O site que você busca
não pode ser encontrado.
Existem milhões de outros.

Reina o Caos.
Reflita. Resmungue. Reboot.
A Ordem se estabelecerá.

Operação cancelada:
Feche todos os programas
não pergunte mais nada.

Imóvel e mudo.
A tela de milhões de pixels
apaga-se graciosamente.

A pesquisa e ceticismo,
sensação de vazio...
"Arquivo não encontrado".

O Tao que você vê
não é o verdadeiro:
hora de trocar o toner.

Falha Geral no sistema.
A Tela Azul da Morte
Nada ouve, nada vê.

Erro sério
caminhos inacessíveis
Mente e disco: ambos vazios.

Friday, August 07, 2009

Brasil, um país de todos


Esse negócio de que corrupção só acontece no Brasil é puro papo furado. Ela está em todos os países! Sem excessão, seja na propinagem direta, seja na cobertura de investigações - vide Suiça, onde o anonimato, garantido e amplamente divulgado, é o chamariz para o dinheiro sujo do mundo.

É claro, o que muda é o discaramento no tamanho da mordida. Como bem ilustra aquela piadinha, em que um governante que precisava fazer uma obra, abre concorrência pública. Três empreiteiras se candidataram:
- Faço por 3 milhões - disse a empreiteira japonesa. Um milhão pela mão-de-obra, 1 milhão pelo material e o outro milhão é o meu lucro.
- Faço por 6 milhões - propôs a empreiteira americana. Dois milhões pela mão-de-obra, 2 milhões pelo material e os outros 2 milhões para mim... mas o serviço é de primeira!
- Faço por 9 milhões - disse o brazuca.
- Nove paus? Espantou-se o governante. É muito dinheiro! Por que tanto?
- Três milhões para mim, 3 milhões para você e 3 milhões para os japonêses fazerem a obra.
- Negócio fechado.

É... até que enfim é Sexta-feira!

Thursday, August 06, 2009

e amanhã...


O Zé Sarnento está mais atolado do que vaca atolada! Desde que sofreu acusações de nepotismo, com gravações dele distribuindo cargos, familiares recebendo propinas, e outras coisinhas mais, vem se embaraçando cada vez que abre a boca.

E como não quer renunciar - uma saída digna, pois assim que saísse parariam de falar dele, mas por outro lado estaria assumindo a culpa - alguma dúvida de sua culpa? Ele anda alegando que não conhece os envolvidos... o próprio afilhado! Ô padrinho ingrato!

Com suas palavras praticamente grampeadas, já que tudo que ele diz é usado contra ele, só lhe resta a palavra escrita... e sua coluna na Folha de São Paulo ainda não foi confiscada! Semana passada, entre tantas baboseiras históricas sobre os primórdios da Política e da Democracia, Sarnento acertou no finalzinho, ao dizer:
Conclusão: saímos todos certos de que acabou a privacidade e os direitos individuais estão condenados a serem dinossauros de letras nas Constituições.
O que será que ele escreverá amanhã?