Thursday, December 31, 2009

Sucesso!


Novo ano, novas metas, novas esperanças, novas idéias, novos ideais... novos fracassos, até! O que você quer de você neste novo ano? Saúde? Felicidade? Prosperidade? Afinal, o que significa tudo isso?

Pedir saúde talvez seja o maior desafio ao divino... do jeito que o povo fuma, bebe, come mal, dirige loucamente... não dá! Nesse quesito, camarada, melhor cada um por sí do que esperar a mãozinha do todo-poderoso!

Felicidade, segundo Aristóteles, é o bem maior a que todos almejamos. Tomás de Aquino complementou, dizendo que alcançamos a felicidade mesmo ao praticarmos o mal. De Hitler a madre Teresa, de Bush a Lula, de Bin Laden a Gandi, todos buscam, em tudo o que fazem, a própria felicidade. Isso é claro não institucionaliza o vale-tudo, moralmente falando.

Prosperidade então, todos querem, e para isso não apenas pedem ao divino, mas jogam na mega-sena acumulada de ano-novo! Até eu, que sou mais cético fiz uma "fézinha"! Mas de prosperidade mesmo, do estado do que é ou se torna próspero, pouco se pensa a respeito que não seja abundância, fartura, fortuna, riqueza, acúmulo de bens materiais... mas eu quero mais!

Eu quero luxo! Muito luxo... o luxo é único, e o único cativa cada vez mais numa sociedade em ascensão, afinal, o que determina o conceito do luxo é a escassez. E eu quero muito do escasso... muita SIMPLICIDADE, muita HUMILDADE e SOLIDARIEDADE, este, o sentimento mais nobre do homem, junto com a COMPAIXÃO, que eu também quero em grandes quantidades...

Saúde, como disse a Rita Lee nos anos 80, eu vou atrás. Dinheiro, ainda não preciso pedir para os outros, nem mesmo pra deus, e a prosperidade, pretendo colher da minha luxúria...

Feliz vinte-dez pra todos!!!

Thursday, December 24, 2009

É Hoje...


É amanhã, na verdade, mas começa hoje... a festança! Bebida pra cá e pra lá, comida pra lá e pra cá, "boas festas" acompanhado de um tapinha nas costas, mas poucos realmente falam da boca pra dentro. Aliás, a arte (?) de falar da boca pra fora é algo muito comum entre o bicho-homem - começando pela casta dirigente, que, reis da artimanha e da ardileza, transformam-se em paradigmas - causa e conseqüência do malogro da patuléia.

Mas se são de solidariedade os tempos, de compaixão e amor ao próximo, por que não damos justamente aquilo que pregamos? Por que ainda viramos as costas a um pedinte, pra depois sentirmos pena? Se não adianta dar esmolas, esmolar também não vai fazê-lo menos miserável, ele mesmo sabe disso, mas pode salvar o dia - seja para um prato de comida, seja para um trago de pinga... alguém aí vai julgar?!? Porque o que incomoda é a presença... ah, se pudéssemos simplesmente eliminá-los! Sim, a eliminação é possível, e de maneira humana! Sua arma, camarada, é a consciência - igualmente toda força e toda fraqueza do homem.

Por isso, enquanto estiver se empaturrando de perú e cerveja, não precisa pensar que tem gente remexendo o lixo e morrendo de fome não... seria muito hipócrita, e de hipocrisia a humanidade já está cheia. Quando estiver desejando boas festas, saúde e paz, prosperidade e harmonia, não precisa nem se esforçar em realmente desejar isso - eu sei, é difícil...

A fórmula é simples:
  1. Faça a sua parte
    a consciência é uma entidade individual. Opere-a por si mesmo
  2. Preste atenção no que faz
    um hábito ruim, embora sempre tenha sido feito, não está lá desde o início dos tempos, e pode ser mudado
  3. Pense bem
    a grande vantagem do ser-humano é sua capacidade de pensar, só que como tudo, requer treino... então TREINE MUITO, e fuja das coisas que não querem que você treine
  4. Espelhe-se
    se não quer pra você, não deseje para o outro
Fora isso, o resto você já sabe: feliz natal, próspero ano novo, muita paz, muita saúde, pra você e pra sua família, que o novo ano seja repleto de paz, amor e harmonia, que nossos políticos sejam mais honestos, que o lula tire o diploma do primeiro grau, que o obama plante grana aqui no quintal, que a educação se instaure magicamente no povo brasileiro, que a tv seja extingüida num futuro muito próximo, etc etc etc...

Tuesday, December 22, 2009

Inverno


Ontem foi o Solstício de Dezembro, o dia mais curto do ano lá nas Terras de Cima. Mais curto e provavelmente o mais frio... frio, que palavra boa! Claro que eu não gosto do frio frio, mas não gosto muito mais do calor calor. Este calor calor calor que está fazendo aqui, é de fritar. Ontem fui de trem e metrô, e te digo camaradinha... ninguém merece! Não a condução - vou de ônibus, trem, metro ou andando, numa boa... numa boa mesmo - mas o calor calor calor calor dentro da condução... não tem ventilador ou janela aberta que resolva! E isso te frita os miolos, quase que literalmente...

E frita mesmo: neguinho fica irado, nervoso, e acaba empurrando, não pede licença nem por favor, obrigado então, não existe no vocabulário limitado do dia-a-dia, onde a carranca faz as vezes, numa linguagem corporal inconfundível.

Ah, se desse pra trazer aquele friozinho pra cá...

Thursday, December 17, 2009

deu na Foia...


Deu na "Foia" ontem que o Lula está querendo dar um abatimento extra para famílias cadastradas no Bolsa Família... nos botijões de gás. Calculem comigo: R$30 (que é o preço do botijão) menos R$10 (o desconto) é igual a R$20 (com desconto). Cerca de R$ 1 bilhão a menos na arrecadação, é certo, mas isso está longe de ser "um agrado", como quer o editorial da "Foia".

R$10 é pouco mais de 2% do salário mínimo do país... pouco né? Pouco mais ajuda, principalmente àqueles que fazem parte do Bolsa Família. Mas a "Foia" quer fazer você acreditar que é uma medida eleitoreira, porque na cabeça da "Foia" político bom é aquele que não faz nada quando chega perto das eleições - nada mesmo; senta a bunda e cruza os braços.

Aliás, a "Foia" quer fazer você, camaradinha, acreditar em outras coisas igualmente absurdas e parciais, como por exemplo, que a crase não existe. Basta ler as manchetes... nesta Terça deram que "'Repúdio' do PMDB a proposta de Lula é só espuma para negociar melhor"... comeram a preposição - ou foi o artigo?
A Folha de São Paulo é como a CBN: se parar de ler/ouvir, você fica sem piada pra contar!

Monday, December 14, 2009

policiar-se


O trânsito em São Paulo não é famoso por seu fluxo fácil, nem pela sua tranqüilidade tampouco educação dos motoristas. Ao contrário, trânsito caótico, pior nas horas de rush, violência urbana e na direção, ruas esburacadas e a má educação dos motoristas são fatores que vêm à mente.

Lá no Norte do globo, aprende-se a respeitar o pedestre, os semáforos (independente da hora), e a boa educação e a gentileza para com o próximo faz parte do dia-a-dia dos motoristas. Tudo isso em ruas bem pavimentadas, num trânsito que não lhe toma mais de que 50% nas horas e lugares críticos...

Mas o ser-humano se adapta, e o ambiente contagia... tudo contagia. Dirigir em São Paulo me exige um policiamento extra - não para que não me envolva em acidentes, mas para que eu não me contagie... não me contagie com a violência, a falta de educação, a má-vontade, o nervosismo e o descaso com o próximo.

Manter a integridade... isso sim é um desafio e tanto!

Friday, December 11, 2009

De noite na cidade


E é de noite, nesta cidade, que as pessoas realmente pensam que as coisas vão melhorar... mas (eu) - e você - perguntamos: Melhorar do quê? Para quê? De onde? Para onde?

Nas paródias urbanas nos perdemos. Os acontecimentos passam pelos nossos olhos sem ao menos nos darmos conta de que aconteceram - muitos deles. Se me sento num restaurante, se este restaurante oferece pratos a R$5 ou a R$45, se tomo vinhos que custam R$5 ou R$150, se pego ônibus ou táxi para voltar para casa... nada disso faz a diferença, pois aquele que te aponta uma arma não sabe do que você veio, não sabe como você vai, não sabe o que você comeu ou bebeu, e nem sabe se você trabalha ou não... ele só quer que você passe a carteira, o celular, o relógio, o tênis... ele quer que você saia do carro, que você o acompanhe ao caixa eletrônico, ele nem ao menos quer saber se você é pai, marido, filho, irmão. Ele quer e ele quer já.

Melhor você estar preparado...

Thursday, December 10, 2009

violência... leva pra casa!


As imagens do fim-de-semana do futebol no Brasil foram dantescas... um grande espetáculo do que infelizmente é o futebol: evento supostamente esportivo que reúne pessoas sem o grau de educação e civilidade necessário para serem chamados de gente.

Já está mais do que na hora de acabar com esta palhaçada: nem o esporte é mais o mesmo, onde o amor à camisa deu lugar à paixão pelos euros, e boa parte do público só está interessado em baderna e violência - bandidagem pura!

Se acabar de vez com o esporte não é possível - embora soe bem sensato - poderiam sim passar a fazer os jogos em lugares fechados, com a presença da imprensa, e transmitir a peleja pela TV, assim os bandidos podem ficar em suas próprias casas, e se por acaso sentirem-se injustiçados e com vontade de extrapolar seus sentimentos, podem matar o próprio filho de porrada.

Wednesday, December 09, 2009

cheguei sim


Cheguei, sim... tarde mas cheguei! Vôo atrasado em Dublin, que conseqüentemente se transformou num vôo perdido em Paris e numa noite num hotel inesperado, trouxeram-me à Sampa 12h depois, mas cheguei...

Depois de dois anos longe de Pindorama, lá no fundo, no inconsciente, ainda é como se eu nunca tivesse partido, mas nas partes mais rasa do ser (o subconsciente e o consciente), sempre em constante diálogo, o questionamento é mais forte, mais resistente, e mais existencial: onde foi que me perdi? O desterro sempre fora pensado um plano temporário, e embora alguns desacreditem, o insulamento nunca fora o objetivo... mas onde foi mesmo que me perdi?

Andando pelas marginais não me achei, nos lugares de infância apenas uma lembrança, e mesmo os lugares mais recentes onde o espírito crítico mais se desenvolveu, não me vi... É, algo se perdeu em mim. Algo se perde em mim há anos... e algo se perdeu em mim nessa chegada. Talvez tenha ficado nalguma praça alemã, ou num parque inglês... numa viela portuguesa, quem sabe em Dublin, talvez naquele hotel de Paris... mas há tempos que não está em mim!

Tuesday, December 08, 2009

reencontro


Ela já tem 50 anos... quem diria? Nem mesmo eu nos meus 44 (quase) poderia dizer, mas sim, 50, e eu também sei que seus cabelos seriam um pouco grisalhos se ela não os pintasse, mas ela o faz, numa cor negra tão natural, e que vai suavizando o tom ao chegar perto das raízes, que dá um toque diferente que eu adoro, e já se tornou ela, e lhe faz muito bem!

Cheguei de Dublin num vôo conturbado, perdi a conexão em Paris, perdi a cirurgia - queria estar lá logo que ela acordasse - e tive que vê-la só no dia seguinte. Ao entrar no quarto ela estava na cama, com a camisola do hospital e agulhas no braço... era a primeia vez que eu a via nos últimos 20 dias, e é desnecessário dizer que ela estava mais linda do que nunca... para mim, ela sempre está mais linda do que nunca.

É sempre assim, a cada afastamento, o reencontro nos mostra uma beleza... não diria maior, mas sim mais significativa. E creio que isso se deva ao nosso envelhecimento; se há algo bom em envelhecer, é isso, nossa profundidade, nosso repositório de sentimentos passa a absorver mais e melhor tudo o que sentimos.

E talvez seja essa profundidade que me faz enxergar em seu rosto sua idade e sua juventude, harmoniosa e graciosamente dividindo o mesmo rosto, ambas devotas à jovem que ela foi e à mulher que ela se tornou, se impôs no tempo...

Sempre que nos reencontramos me emociono, mas acho que nunca me emocionei como hoje. Eu já estava mais descansado da viagem, mas o impacto do vôo, o fuso, os atrasos... algo ou tudo ainda causavam efeito sobre mim, sobre meus ombros... como uma densa e pesada ansiedade... ela sorri, eu me aproximo, seguro sua mão e a beijo. De alguma maneira sou remetido ao passado, sem saber exatamente onde, mas aquela densa ansiedade se transforma numa doce euforia, como se estivesse me apaixonando, naquele momento, novamente e pela primeira vez, pela mesma mulher que tantas vezes já me apaixonara...

Me deixo cair na poltrona ao lado da cama, e me deixo aliviar, exaurir... a sensação de chegar onde sempre quis estar, e este lugar não é um lugar... muito além do tempo e do espaço, este lugar é um alguém... um estado de espírito que estrapola a própria dialética da existência...

Saturday, December 05, 2009

Os Ninguéns

Alguém aí conhece o Zé? Sim, o Zé Ninguém, ele mesmo! Talvez você não conheça "o" Zé Ninguém, mas certamente conhece um monte de Zé Ninguém por aí, não é mesmo? Pois é... nada de errado em ser um Zé Ninguém - que praticamente quer dizer que você não é alguém importante ou de influência fora do seu círculo de amigos, familiares, trabalho... agora, se nem lá você faz alguma diferença, camaradinha, é preciso mudar, mudar é preciso! Mas não é do Zé que eu quero falar, mas do irmão dele, o Anônimo. Conhece? Provavelmente não...

O Sr. Anônimo Ninguém, diferentemente do seu irmão Zé, gosta de aparecer... vaidoso que só, está sempre aqui e ali, geralmente falando despautérios ou simplesmente o que não deve, só pra chamar a atenção, mas quando lhe "apertam a chincha", aí não dá as caras... some mesmo, como se não existisse!

Pior do que A Cultura do Amador é a cultura do anônimo. Sob a bandeira do anonimato, fulano fala o que quer sem a responsabilidade de colocar um nome (e mesmo a cara) à frente do que fala, e assim, qualquer irresponsabilidade sacode a poeira e os outros é que têm que dar a volta por cima.

Maior exemplo disso é o vergonhoso método de votação pelo qual os políticos brasileiros dão expediente: voto secreto para assuntos de interesse da nação?!? Mostra a cara, vagabundo, queremos ver quem é que paga pra pra você ser assim!

Friday, December 04, 2009

Eu vou... mas eu volto


Ser Sexta-feira já é em si um evento geralmente bem esperado... sair de férias então, um belo evento sempre muito esperado! Agora, um ano da TUDA... taí um evento surpreendente! Quem diria? Eu não!

Pois é, tudo ao mesmo tempo agora... acabei de lançar a TUDA Dezembro, tô de mala pronta, e é Sexta-feira! Vamos pegar um carvery no The Grasshopper daqui a pouco, termino uns testes no z/OS (lovely, uh?) e é isso... tô de partida!

Pois é camaradinhas, aos amigos, leitores nônimos e leitores anônimos também: tem sido um prazer imenso. E eu te digo... as coisas só tendem a MELHORAR!!!

Fui, mas vou mesmo daqui a pouco!

Wednesday, December 02, 2009

o novo de novo


Pura barganha! Seria isso o resumo das nossas inquietações? Uma barganha, onde tentamos tirar proveito das melhores situações, empurrando as piores para depois? Acumulando coisas indesejáveis para um momento qualquer, indeterminado sim, mas isso não importa, desde que seja no futuro...

Mas o que não podemos esquecer é que o nosso futuro não será sempre futuro. Diferentemente do futuro conceitual, o nosso futuro virará presente - pode demorar mais para uns do que para outros, mas certamente chegará. Aos poucos ou numa pancada só, teremos que liqüidar essa balança!

Antes tarde do que nunca, lidar com nossos problemas é o caminho mais árduo porém infinitamente mais viável. O acúmulo de suas "dívidas" (sentimentais, sociais, econômicas, psicológicas) só piorará o seu "crédito" no mercado-de-você-mesmo...

Pense nisso... liqüide o que deve... "passe a régua" no que passou e comece do começo, um novo começo...

Monday, November 30, 2009

formiga ou cigarra?


Economizar, guardar... guardar para depois, guardar para amanhã, para o fim de semana, para as férias, para a aposentadoria... A maioria dos seres-humanos carregam em si o espírito da formiga em detrimento ao da cigarra. Guardar para usufruir no futuro, ao invés de gastar tudo agora e ter um futuro incerto.

Isso pode soar correto quando as economias são para um futuro mais tranqüilo, e o material economizado é (simplesmente) o chamado "vil metal", mas e se estivermos falando de tempo? Um banco onde se depositasse tempo para ser usufruído mais tarde? Só que, assim como o dinheiro, o tempo "economizado", só pode ser economizado se não for "gasto" - é claro! Assim, você vai estocando tempo para fazer coisas no futuro, coisas que na verdade você não quer - ou não pode - fazer agora.

Nessa metáfora, não existe tempo presente, tempo passado ou tempo futuro; apenas o tempo gasto e o tempo guardado. Você é quem escolhe: sentar e ler um bom livro, ou "guardar" este tempo para o bom livro para depois, e agora simplesmente "zapear" a TV...

E se não for o livro, vai ser aquele telefonema para um amigo que há muito não encontra, ou o bate-papo sem importância com o vizinho, uma visita nas casas dos avós... guarde, guarde para depois, um dia você "saca" tudo de uma vez. E leva consigo, em seu túmulo de ouro...

Friday, November 27, 2009

uma virada literária e tanto


Amanhã acontece a segunda edição do "Vira Cultura", prometendo 35h de literatura, cinema, música & performance. Os locais dos crimes serão as lojas da Livraria Cultura do COnjunto Nacional, na avenida Paulista, no Cine Bombril e na academia Bio Ritmo, ambos também no Conjunto Nacional

No cardápio, muitos autores dando autógtrafo, que não é uma atividade cultural, ao pé da letra... autor dando autógrafo tá preocupado com primeiro com o tamanho da fila: se é pequena, fica constrangido e saca da garrafa de whisky debaixo da mesa pra amenizar o vexame; se a fila é longa, quer mais é que tudo acabe logo pra poder tomar uma sossegado!

Há algumas palestras também, é verdade, mas os temas... se estivesse lá, não saberia qual palestra atender, se a que discursa sobre a atividade dos fãs-clubes das sagas do Harry Potter, do Senhor dos Anéis, ou de Star Wars!

Mas dá pra salvar o evento... tem coisa boa também, como a peça "Kafka in Off" que é um estudo profundo da psique kafkiana (vixe!). No cinema tem a exibição do documentário 'Contratempo', que retrata o projeto social Villa-Lobinhos, que ensina música erudita a jovens de comunidades carentes... e no gancho (musical), a Orquestra Villa-lobinhos também se apresenta na Virada, mais Ana Cañas (promete), e os músicos do Barbatuques (interessantíssimo!).

A programação completa esta aqui. Por 35 horas de "espetáculos", agora é só você escolher o que você você NÃO vai assistir...

Thursday, November 26, 2009

não dá pra ser patriota


Na mesma linha de ontem...

Apelar para o patriotismo, a meu ver, é desespero de causa. Patriota é aquele que ama a pátria, invariavelmente. É aquele apego fervoroso, de forma quase litúrgica, uma afetação ostensiva e simulada, que chega, nesse caso, a ser piedade mesmo!

Ao invés de implorar pela piedade alheia, seria melhor que o governo revisse suas próprias ações e prováveis erros. Que os fat cats não pagam impostos - ao menos não como o resto dos mortais - não se justifica mais. Abaixar o salário mínimo também não se sustenta É oportunista. É ação de lobby. Olhar para o saco dos impostos sim, seria razoável, como quase todos os outros países europeus.

Exemplo é os movimentos quase migratórios para o norte, em busca de bens de consumo de primeira e segunda necessidades. Alguns setores se movimentaram; os produto para bebês... soube ontem que uma lata de leite em pó enriquecido custava aqui na República, 14 euros. Lá no Norte, 7 pounds. Pouco mais da metade! O preço cá na República agora é 9 euros. 35% mais barato do que o preço orioginal, e seria muito ingênuo da nossa parte achar que o fulano não está tendo seu lucro vendendo a 9.

É isso camaradinha... enquanto tiver gente pagando 3.000,00 US$ em leilão por uma camisa suada de um artista da Brodway, não dá pra ser patriota!

Wednesday, November 25, 2009

vamos pagar mais caro?


Nepotismo não distingue raça, cor, nacionalidade, geografia... nem mesmo classe e posição social, embora geralmente ocorra entre os mais abastados.

Aqui em Dublin, ontem foi o dia da greve geral, em protesto às medidas que o governo pretende implementar: aumento de impostos e redução de despesas. E por redução de despesas leia-se de salários, de profissionais da área da saúde, educção e os burocratas.

Durante as manifestações, enquanto alguns protestam veementemente contra tais absurdos, sugerindo que os políticos comecem por cortar seus próprios salários (o que, convenhamos, não mudaria muita coisa - poucos ganham muito, e muitos ganham pouco), passem a cobrar impostos dos ricos (os chamados fat cats), e coisa e tal, há outros que não ligam muito pra isso, e aproveitam o dia para dar uma "esticadinha" até o norte (Irlanda do Norte), para uma "shopping trip".

Depois no rádio ouvimos mais protestos - agora do governo sobre os viajantes. Algo como "fazem greve para fazer compras no norte? Gastar o dinheiro lá, enquanto a economia aqui é que precisa de incentivo, dos impostos? Isso não é patriótico!"

Bem, te digo camaradinha... precisa de muito patriotismo pra deliberadamente escolher pagar mais caro em pról do país, principalmente quando os políticos carregam esta fama de mal administradores que embolsam uma fortuna em salários, benefícios e caixinhas (não é, Bertie?).

Monday, November 23, 2009

dá pra sair da internet...


... que eu estou trabalhando?

As previsões são apocalípticas: a Internet pode colapsar até 2014! Isso devido ao astronômico aumento nos acessos - seja por computador, seja por celulares, e pelo absurdo volume de informação que trafega diariamente pela redinha. E um dos principais "vilões" é o YouTube!

O YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos digitalmente. Fundado em Fevereiro de 2005, desde Outubro de 2006 pertence ao gigante americano (e candidato a "bigbrother") Google.

Então, camaradinha... desliga esse computador! Vai assistir TV e deixa o pessoal usar a Internet pra coisa mais séria... como blogar! ;)

Friday, November 20, 2009

negro até nos dentes


O cio das cores
é uma vontade diferente
de ser negro até nos dentes.

Éle Semog, in Demanda da Cor

Feriado em Sampa. Dia da Consciência Negra. Uma conquista? Não creio. E meus amigos negros vão discordar de mim... parece até que posso ver Arnaldo Xavier, na sua postura cangaceira desferindo palavras-peixeira, como sempre fazia quando o assunto era negritude. E eu adorava isso, pois Arnaldo, há muito, não discutia negritude com ninguém, muito menos com os negros do Movimento Negro, movimento que muitas vezes chamou de "oportunista" e "desfocado".

Sempre fui pró minorias - mesmo quando essas minorias são maiorias em volume - e contra qualquer tipo de discriminação e preconceito, e é por isso que penso que promover a diferença piora as relações de igualdade. Diferentemente das comemorações de categoria - Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Secretária, Dia dos Professores, etc, o chamado Dia da Consciência Negra (assim como o Dia da mulher, o Dia do Imigrante, etc) reforça a qualidade de minoria, já que agrupa e classifica baseado em classe, cor, raça, etc. Tal distinção, ao invés de promover, celebrar, acaba por colocar tal grupo em destaque como são: minorias. E se o objetivo maior desses grupos é a integração e o fim do preconceito, nada melhor para integrar do que passar a ser tratado igualmente. As maiorias não comemoram! Não existe Dia do Homem, Dia da Consciência Branca - porque homem e branco é um conceito social fortemente impregnado na cultura ocidental - por que não precisam se afirmar. Os negros e as mulheres precisam? Sim, mas não através da afirmação como minoria. O fim do preconceito sim, por medidas legais de crime inafiançável - como já temos.

Por ser feriado, a CBN está muito mais séria, transmitindo notícias e matérias realmente interessantes. Creio que seja porque os âncoras (ou seriam os show-men?) Heródoto Barbeiro e Milton Jung não estão trabalhando, e a rádio fica na mão do competentíssimo "segundo escalão" de apresentadores. E por ser mais séria aos feriados, dá mais gosto de ouvir... Hoje por exemplo, estão divulgando pequenas matérias radiofônicas sobre racismo. Basicamente pessoas negras fazendo compras - em lojas de roupas, concessionárias de carros... e em todos os casos o preconceito apareceu.

Comemora-se o Dia da Consciência Negra no dia da morte de Zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi (às vezes Zambi) significa, a grosso modo, "duende". No Brasil, Zumbi virou "fantasma" , e segundo a crença popular afro-brasileira vagueia pelas casas a altas horas da noite...

Hhuuuu....

Thursday, November 19, 2009

Eire x France

Vou te dizer uma coisa, camaradinha... nem de futebol eu gosto muito, mas um bom jogo eu até assisto. E foi isso mesmo que aconteceu em Irlanda x França - um jogaço!

O jogo acabou 1 x 1, desclassificando a Irlanda para a Copa de África do Sul. Uma pena, já que a Irlanda vinha jogando maravilhosamente bem. Bem melhor que a França, diga-se de passagem...

Mas gol com a MÃO, pode?

Pode! Não é uma técnica oficialmente aprovada no "Manual Oficial de Ludopédico", mas anda-se aplicando, cada vez mais. Lembremos de Maradona, que comandou a equipe argentina na vitória sobre a seleção ingleas, papando assim o bicampeonato na Copa de 1986.

A verdade é que o gol de mão, quando validado, fica sendo mais um mérito pela malícia e a malandragem do jogador. Não é "roubado", mas malandramente roubado. Como no truco, é esperado que os jogadores usem de malícia e malandragem... senão, pra q ue ter árbitro? Só que quando acontece com o SEU time, aí torna-se a coisa mais injusta do mundo, não?

Aqui vai uma compilação de gols de mão...

Wednesday, November 18, 2009

Another Tech Tip

Achei fantástico este desenho... "Mac OSX - porque é mais fácil deixar o Unix amigável do que resolver os problemas do Windows"

Logo terei que partir para um sistema Linux nativo, e "rodar" Windows em uma máquina virtual... No fundo, no fundo, estou adorando tudo isso!

Monday, November 16, 2009

livrovermelho


Para os aficcionados em z/OS - como eu - acaba de ser re-editado o volume 12 da coleção The ABCs of z/OS System Programming - O ABC do Z!

A coleção, que tem 13 volumes, dá uma introdução ao sistema operacional z/OS (também conhecido como MVS - Multiple Virtual Storage) e ao sua arquitetura de hardware. E sabe qual é o melhor de tudo? É de graça!!! Você pode baixar os PDFs aqui. Não só o ABC do Z, mas qualquer "livro vermelho" da IBM.

O conteúdo dos 13 volumes do ABC do Z:
Volume 1: Introduction to z/OS and storage concepts, TSO/E, ISPF, JCL, SDSF, and z/OS delivery and installation;

Volume 2: z/OS implementation and daily maintenance, defining subsystems, JES2 and JES3, LPA, LNKLST, authorized libraries, Language Environment, and SMP/E;

Volume 3: Introduction to DFSMS, data set basics, storage management hardware and software, VSAM, System-managed storage, catalogs, and DFSMStvs;

Volume 4: Communication Server, TCP/IP and VTAM;

Volume 5: Base and Parallel Sysplex, System Logger, Resource Recovery Services (RRS), global resource serialization (GRS), z/OS system operations, automatic restart management (ARM), Geographically dispersed Parallel Sysplex (GPDS);

Volume 6: Introduction to security, RACF, Digital certificates and PKI, Kerberos, cryptography and z990 integrated cryptography, zSeries firewall technologies, LDAP, Enterprise identity mapping (EIM), and firewall technologies;

Volume 7: Printing in a z/OS environment, Infoprint Server and Infoprint Central;

Volume 8: An introduction to z/OS problem diagnosis;

Volume 9: z/OS UNIX System Services;

Volume 10: Introduction to z/Architecture, zSeries processor design, zSeries connectivity, LPAR concepts, HCD, and HMC;

Volume 11: Capacity planning, performance management, RMF, and SMF;

Volume 12: WLM;

Volume 13: JES3.
O volume 13 já saiu, mas certamente você precisará de algum tempo para terminar os outros 12!

DIVIRTA-SE!

Sunday, November 15, 2009

Deu no The times... John Cheever


Li no "The Times" hoje a crítica de um livro sobre John Cheever chamado A Life e achei super-interessante. Diz o artigo que em 1979, três anos antes da morte de John Cheever, uma pesquisa constatou que ele estava em terceiro lugar (atrás de Saul Bellow e John Updike) entre escritores americanos vivos, cujo trabalho era esperado para "resistir e ser lido por gerações futuras". Essa fama, no entanto, não durou. Se tal pesquisa fposse conduzida hoje em dia, consta na biografia, provavelmente ele não apareceria na lista dos 20 mais lidos. Isso me intrigou... como um autor tão badalado num momento pode ter caído no esquecimento?

Bem, adianto que não comprei a biografia - não sou dado a biografias - mas comprei The Stories of John Cheever, livro que lhe deu o prêmio Pulitzer de 1978, e que ainda hoje é uma das melhores coletâneas de contos dos Estados Unidos.

Vamos ver se me animo em traduzir algo para alguma TUDA...

Saturday, November 14, 2009

sábado catorze


Sábado Catorze é um filme que satiriza Sexta-feira 13 - deu pra perceber? Nada de tão horrível pode acontecer num sábado 14... mas quando eu assisti, lançamento, no cimena, achei fan-tás-ti-co! Digamos que teve lá seus méritos...

Mas isso é só uma deixa, devido ao post de ontem... falando de cinema (!), fui assistir a dois filmes ontem: The Fourth Kind e Taking Woodstock. O primeiro de horror, o segundo sobre o festival de Woodstock - claro, né?

O primeiro trata de abduções alienígenas. Intrigante, já que tem jeito de documentário, e alega ser baseado numa história real acontecida na cidade de Nome, no Alaska. O cineasta diz que o filme foi uma reencenação documental - e realmente mistura "imagens reais" com imagens filmadas. Mas também parece ser - e funciona bem como - uma grande e agressiva campanha publicitária.

O segundo, uma história do festival de Woodstock, baseado no livro de uma das personagens, Elliot Tiber, Taking Woodstock: A True Story of a Riot, a Concert, and a Life. Uma comédia suave sobre os bastidores de como foi escolhido o lugar para o festival.

Friday, November 13, 2009

sexta-feira 13...

Primeiro os fatos: no calendário gregoriano, a sexta-feira 13 ocorre pelo menos uma vez por ano, e no máximo 3. Neste ano de 2009, Fevereiro, Março e Novembro foram agraciados com o dia, tido como de má-sorte. Isso só ocorrerá novamente em 2015. Dizem que não há ciência na adivinhação, mas mesmo nela pode haver - a interação química entre os vários elementos existentes entre o objeto de adivinhação e o adivinhador, até mesmo através do tempo - apenas mais um fator nesta grande equação... porém, quando se trata do imaginário do povo, as coisas tomam proporções imensas, e uma espécie de "cadeia de fatos" parece esclarecer tudo... digno da mais intrigante (teoria da) conspiração!

Existem duas lendas da mitologia nórdica que tentam provar a origem da fobia da sexta-feira 13. Uma conta que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, o espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa. À outra reza que a deusa do amor e da beleza, Friga (que deu origem à palavra friadagr mais tarde, fredag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa, e como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas mais o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. E pra aquecer ainda mais o caldeiraão do imaginário, mais recentemente na história, Jesus Cristo foi crucificado numa sexta-feira, e na sua última ceia, eram 13 as pessoas à mesa, ele mais 12 apóstolos...

Existem muitos estudos - e muitas polêmicas quanto ao método e quanto ao assunto estudado tambem - sobre os riscos de acidentes na chamada "black friday". E como tudo não passa de estatística, que embora seja um ramo da matemática, que é exata, trata da coleta, da análise, e da interpretação e apresentação de dados, e tudo que depende de interpretação, camaradinha, me obriga a desacreditar que o ideal humano da imparcialidade resista e prevaleça sobre os irrefreáveis instintos nepotistas, geralmente emanados do próprio umbigo...

E já que tudo não passa de estatística, juntemos a ela muita superstição e imaginário coletivo, que isso sim as pessoas têm de monte... imaginação! Tudo o que não se pode provar, imagina-se. Ora, afinal, onde já se viu?!? Alguém, em plena consciência, acreditar nestas besteiras que na sexta-feira treze alguém tem que morrer? Ora, para mim isso não passa de uma baita besteir...
AARRGGHH
hhhhhhhhhHh
hhhhhhhhhhhhn

APAGÃO!!!

Hahahaha... muito bem! Você teve "a luz" de procurar por um texto escondido... um texto "sub-liminar! Hahahaha... "TEXTO SUB-LIMINAR!"... entendeu?!?

Anyway, se você "pegou" o meu truque, me manda um email ou deixe um comentário com a palavra "gotcha"... aí eu saberei que você descobriu o truque e não deixou dica pra ninguém!






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Thursday, November 12, 2009

WHERE were you?

Tive que comparecer ao Consulado Brasileiro esta semana - fui de trem. Raramente uso o trem, mas quando uso, procuro dividir meu tempo entre a leitura e a paisagem; e foi pela janela lateral que algo me chamou a atenção - não, não, ninguém levava a minha bolsa desta vez (lembra?). Um cartaz enorme, perguntando Do you remember the last time you said I was there? Isso me fez pensar...


Eu estive lá... nas Diretas Já!, sem muito engajamento político ainda, mas no meio da bagunça - minha mãe nem imagina!


Estive também no RockInRio de 1985 e 1990!


Estava entre os caras-pintadas no impeachment do Collor - mas de cara lavada.


Estive até na Argentina, num panelaço promovido por funcionários públicos de Buenos Aires, além de presenciar uma manifestação das Mães da Praça de Maio em frente à Casa Rosada.


Sem contar os inúmeros shows de bandas e artistas que sempre sonhei assistir, cuja empreitada agora é bem mais viável...

Pois é, camaradinha: VOCÊ esteve lá?

A propósito, o cartaz terminava dizendo "Be there!", numa referência a algum lugar ou evento, mas esse there é um lugar que não me lembro... provavelmente não mereceu a movimentação organizada de meus neurônios a fim de reterem tal informação...

Tuesday, November 10, 2009

Alguém deu pra trás...


Depois de tanto aventar matéria fecal no aparelho provido de pás que, movendo-se, fazem agitar o ar, refrescando-o, a UniBan resolveu declinar da decisão de expelir a Geni (ops, Geisy) de seu corpo estudantil...

Consta que a menina teria levantado a saia para que os colegas pudessem ver melhor os produto, já que o vestido, ao contrário do que andam dizendo, era muito longo!

Oh, Geisy... levanta o vestido, vai?

Devia expulsar os babacas que acham que mulher que provoca merece ser comida... "quem mandou provocar?" No mínimo são os votantes daquele outro político, muito famoso pela famosa frase - "estupra, mas não mata!"

Pau nelas!!!

Monday, November 09, 2009

Geisy & o Zepelim


Estão querendo associar a letra do Chico Buarque ao bullying (intimidação, ameaça) sofrido pela estudante Geise Arruda, na UniBan semana passada... da qual eu discordo.

Bullying define-se por aquelas moléstias e intimidações que determinado grupo aplica a uma pessoa - geralmente por apresentar uma característica diferente do resto; por destacar-se no meio de um grupo - seja por cor, raça, nacionalidade, inteligência (os chamados nerds geralmente sofrem este tipo de tratamento). Geni não é sobre isso.

Geni é sobre hipocrisia - que também se aplica ao caso da estudante Geise. A hipocrisia de quem julga os outros, e depois muda seu julgamento (ou ameniza-o) em detrimento de interesses próprios. Isso é Geni...

Geise também foi apedrejada (figurativamente) por se expor, por provocar, mas no íntimo de cada um, provavelmente rolava outros sentimentos... nas mulheres, a inveja (aquela mescla de ódio e desgosto provocado pela prosperidade d'outrem, ou ainda aquele desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é possuído ou gozado por outrem) cai bem - Geise é bonita de corpo e rosto, e estava "vestida para matar", atraindo a atenção de TODOS os homens da faculdade. Nos homens, o sentimentos eram tesão e impotência - aquele mulherão, cheia de sí, inalcançavel...

Foi isso que aconteceu... não foi bullying não. Foi a tão conhecida e retrógrada inveja e impotência, acompanhadas de outras coisinhas mais!

Vai de Geni aí, vai.
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Sunday, November 08, 2009

uma palavrinha do nosso patrocinador...


Adoro rádio - notícia, matérias, discussões, entrevista... eventualmente música, em programas temáticos e específicos. Em criança (essa construção é antiga, hem?) ouvia O Pulo do Gato, com José Paulo de Andrade, e o utilíssimo Boca no Trombone. Isso porque mamãe ouvia, mas eu também gostava... agora, eu gosatava mesmo era de ouvir o repórter policial Gil Gomes (Naquela noite...), dramático! Recentemente no Brasil ouvia à CBN, na voz de Heródoto Barbeiro e também à Eldorado AM, na voz de Geraldo Nunes.

Aqui na Irlanda, me apeguei à RTE 1 (Morning Ireland) e à Newstalk (em geral). A RTE Lyric FM apresenta uma boa programação clássica, aventurando-se também no jazz e na world music. E até então venho me dando bem, mas semana passada...

Todo mundo sabe que rádio vive de patrocínio, mas espera-se limites e bom senso... No Morning Ireland de hoje, durante uma entrevista com um médico sobre um perigo de infecção, uma nova bactéria que pode se proliferar neste inverno, uma das âncoras, Aine Lawlor, simplesmente interrompeu - como de costume - o entrevistado, desta vez para chamar os comerciais do patrocinador! E a gente, do outro lado, com cara de tacho, sem saber direito da tal possível epidemia!

É um desserviço, não?

Thursday, November 05, 2009

Ladrões de Bicicleta


Tem um filme que me lembro bem, e que já assisti várias vezes... "Ladri di Biciclette" (Ladrões de Bicicleta) de Vittorio de Sica, o poeta do neorrealismo italiano, movimento artístico dos meados do século XX com ideologia marcada na esquerda marxista e que influenciou a literatura, a pintura e a música, mas teve no cinema o seu expoente máximo. E particularmente no cinema italiano.

Ladrões de Bicicleta faz uma relação entre o mercado negro - representado pelo mercado de bicicletas - e o desespero humano; até onde uma pessoa pode chegar, a degradação humana pela necessidade, em busca do banal, que no desespero não é banal, e sim vital, a exploração do ser-humano pelo próprio ser-humano; tudo com o toque sentimental inconfundível de De Sica.

Ladrões de Bicicleta mostra a triste realidade de uma época... mas ainda mais triste é a realidade real! É que nesta semana dois amigos tiveram suas bicicletas roubadas - um na porta de casa ("pô, mas eu moro numa rua sem saída!", reclamou indignado), e e a outra na estação de trem (nas estações existem umas vagas onde o pessoal pode parar - e trancar com corrente e cadeado - suas bicicletas).

Esta última nos ligou pedindo se poderíamos emprestar uma das nossas bicicletas, (temos 3) pois a usa para trabalhar. "Sem problemas", falei, e desci até a garagem do prédio onde tenho as bicicletas acorrentadas naquele mesmo tipo de vagas existentes nas estações de trem. E qual não foi a minha surprêsa! Haviam levado as 3 bicicletas! Cortaram os cabos de aço - que eu julgava serem "inquebráveis" e levaram as bicicletas... as três!!! Será que vivemos novamente aqueles tempos desesperados que De Sica retratou? Menos românticos, talvez...

Como consolo, deixaram os cadeados... super-resistentes!

Monday, November 02, 2009

the big big-brother

Quando tomei conhecimento que o corpo humano era constituído de trilhões de células fiquei fascinado. Estas células são quase como pequenos organismos - eles crescem, se reproduzem, consomem e respondem a estímulos assim como o próprio organismo. É como se o corpo humano fosse uma colônia, e não apenas um indivíduo.

Na verdade, se pensarmos nos primeiros agrupamentos sociais, podemos fazer uma analogia entre os organismos multicelulares - colônias de células - e os indivíduos; não passam de indivíduos que se mantiveram unidos e começaram gradualmente a evoluir também como grupo, e não apenas como indivíduos.

Isso me faz pensar... e se as colônias agissem como indivíduos numa escala maior? Se colonizassemos o universo, poderíamos nos tornar sociedades complexas o suficiente para desenvolvermos uma consciência própria dessa colônia como indivíduo? E poderíamos, como indivíduos, tornarmo-nos conscientes desta consciência (meta-consciência)? Supostamente (até por causa da velocidade da luz) tal consciência individual seria muito mais lenta do que a nossa coletiva, e as gerações vindouras nasceriam e morreriam ignorantes de tal consciência... e o tempo que levaria para um único pensamento atingir o nível superior dessa consciência, seria imensurável... No entanto, já que, ao contrário de nossas células, somos seres inteligentes, poderíamos ler os escritos deixados ao longo da história, por um semelhante... e tal semelhante seria tido como uma espécie de deus, num certo sentido, já que nos transcende em sabedoria e compreensão, mas ao mesmo tempo não seria onipotente, onisciente ou onipresente, e certamente não teria criado o universo...

Friday, October 30, 2009

Travessuras ou Gostosuras


É fim de semana de festa... a festa do Samhain, festa celta onde se comemorava a passagem do ano, e marcava o fim do ano velho e o começo do ano novo, que ocorria na véspera do Dia de Todos os Santos, conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve, que foi sendo simplificado no decorrer dos anos como Hallow Evening, Hallowe'en, e finalmente Halloween.

Veja mais aqui

Vou perder o Samhain esse ano... não verei as criancinhas pedirem guloseimas na porta de casa - primeiro porque não moro mais em casa, mas em apartamento, segundo porque vamos todos (ou quase todos) passar um fim de semana "bigbrodístico": 12 pessoas em dois bangalôs!

Mas o pior de tudo é que certos camaradas querem me convencer que ketchup (nem sei com se escreve isso!) é a melhor coisa do mundo... e querem me fazer comer strogonoff à base desse negócio ai...

Vai ser um verdadeiro dia das bruxas...

Eu não volto!

Ontem citei o paraibano José Américo de Almeida, professor universitário, advogado grande romancista, ensaísta, poeta, cronista, folclorista e sociólogo, além de e político. "Voltar é uma forma de renascer. Ninguém se perde na volta"

Mas eu, por eu mesmo, digamos assim, não volto...

Thursday, October 29, 2009

de altos & baixos


É isso, nuns dias você está em alta, noutros em baixa. Assim como tem o dia da caça, tem também o do caçador... o importante é manter a sua gentileza para com as coisas. O que vai, volta. E como já dizia José Américo de Almeida, ninguém se perde no caminho de volta:
"Rejubila-me a alma repatriada. A memória pode falhar, mas no coração não há nada esquecido. Volto. Voltar é uma forma de renascer. Ninguém se perde na volta".
E digo isso porque o tempo cá nas Terras do Norte (e Dublin nem é tão norte assim...) ontem estava uma "magavilha", porém hoje está uma "melda".

E pra não dizer que não falei das flores, ou melhor, pra não dizer que eu não trabalho, também lustro bits quando em vez... a novidade é que vou receber uma cópia do System z (também conhecido como z/OS, S/390, MVS) num hard-disk, prontinho para "rodar"! Excitante, não? Mas vem cá... ainda se diz "disco rígido" em Pindorama? Na Espanha dizem "disco duro". Em Portugal dirão disco-rígido, não duvido... os Europeu têm mania de traduzir tudo para a língua natal... eles nem sabem o quanto é bom ser província, e poder meter palavras em inglês no meio das frases em português... fica chic dá um certo style, mas eles nunca terão este feedback!! (OK, feedback não encaixou, but you know what I mean!.

Sarcasmo às favas, minha máquina pediu arrego... também, em plena era da digitalidade, um hard-disk (provinciano!) de 100MB não dá pra nada, né? Agora lá vou eu de novo, um tanto de saco-cheio, fazendo backup (provinciano! É "cópia de segurança", ou "bécapi"!) de coisas que nem sei se um dia usarei.

C'est la vie!

Tuesday, October 27, 2009

José Paulo Paes

Na preparação para a próxima TUDA, pretenciosamente vou publicar uma (talvez duas) traduções minhas, do grego para o português. E já que é do grego que quero traduzir - aproveitando uma estadia em Atenas, e conseqüentemente uma aproximação cultural - nada mais justo do que saber de outros aventureiros, como José Paulo Paes.

A princípio, queria traduzir algo inédito em português, mas após uma rápida pesquisa, vi que Paes já publicou vários volumes de poesia grega, incluindo Giorgos Seferis e Constantino Cavafy, os dois poetas da qual eu selecionara os poemas.

Isso não torna a tarefa menos árdua, mas sim menos compensatória, já que não seria uma exclusividade mais, como aconteceu com outros poemas traduzidos em TUDA; do basco, do irlandês, do lituano, do romeno, do russo, do turco, do polonês...


E é claro, ao pesquisar sobre José Paulo Paes, acabei por me deparar com alguma produção livremente publicada na internet, que queria dividir...
Canção do Exílio

Um dia segui viagem
sem olhar sobre o meu ombro.
Não vi terras de passagem
Não vi glórias nem escombros.
Guardei no fundo da mala
um raminho de alecrim.
Apaguei a luz da sala
que ainda brilhava por mim.
Fechei a porta da rua
a chave joguei ao mar.
Andei tanto nesta rua
que já não sei mais voltar.

Tuesday, October 20, 2009

impressões helênicas III

ou "uma vela para o santo, outra para o diabo"


Tá bom... fui ingênuo, mas só quem me conhece acredita...

À toa pelas vielas de Atenas, fui abordado por um figura pedindo as horas. Papo vai, papo vem, o cara trabalhou nos portos de Belfast, e segundo ele, agora trabalhava num bar, onde trabalhava também uma menina portuguesa. "Inclusive, a gente pode ir lá e tomamos uma cerveja juntos!"

Acreditei!

Anda, anda, vira aqui, vira ali... em meio a tanta conversa furada, nem percebi a mudança de ares dos arredores - não estávamos mais nas movimentadas vielas turísticas, mas em obscuros e tortuosos becos. Quando questionei se estávamos longe - já achando que algo cheirava mal nessa história toda - chegamos ao "bar" onde ele (e a menina portuguesa) trabalhava: "Love Pub".

Não só a menina portuguesa trabalhava lá, mas a menina russa, a menina chinesa, a menina coreana, a menina lituana, a menina polonesa, a menina africana, e vááárias outras meninas de vários outros lugares... e ele, concluí, era "o captator".

Uma vez na armadilha, o próximo passo era arrumar um jeito de sair dela causando o menor estrago possível para ambas as partes. Veio a cerveja, o "captador" rapidamente arrumou uma desculpa mais esfarrapada que as histórias que me contara até então e vazou, e logo veio a menina - russa - despretenciosamente bater um papinho!

"Я не говорю по-русски!" (Ya ni gavaru pa Ruski! / eu não falo russo!), avisei logo de cara, mas o que ela queria mesmo era um drink, que logo deixei bem claro que não pagaria. Desistiu.

Antes de acabar minha cerveja, ainda veio a menina coreana, e em meio aos costumeiros papos-furados, ela falava japonês...

"日本語話せません。" (Nihongo Wakarimasen / eu não falo japonês!), não pago drink, e ela também desistiu... Foi a vez do barman:
- Sir, these girls work here!
- I've noticed...
- They are alone, you are alone, you know...
- Yeah, yeah... I know, but I really gotta go...
- Sir, you pay one drink, the house pays you one beer!
- So the house can give my beer to her!
E fui... mas que eles eram convincentes, isso eles eram!

posted by email

Sunday, October 18, 2009

impressões helênicas II


Vou dizer uma coisa... eu não tenho nada a ver com restaurante, mas criticar é uma coisa que eu sei fazer bem...

Lá fui eu tomar o meu desjejum. Já que me neguei a pagar €20 no hotel, dá-lhe caminhada atrás de algo razoável. E quando digo razoável, não é só pelo preço, mas pelo tratamento. Todo mundo sabe que restaurante - assim como bar, loja, café, sorveteria, lanchonete, banheiro público - em centros turísticos estão muito mais para armadilhas interativas do que ao que se propõem por seus títulos. Sendo assim, parei num café que me pareceu razoavelmente agradável e bem freqüentado, do ladinho da Acrópolis, com mesinhas na calçada, decoração bem suave... mas já que é pra criticar, comecemos pela mesa bamba - odeio mesa bamba que você tem que colocar um guardanapo dobrado debaixo de uma das pernas em busca de estabilidade. Fiquei quase dez minutos olhando pra moça do caixa, que me lançava olhares esporádicos de enfado, até que resolvi levantar e pedir-lhe o menu.

Meus planos de breakfast foram por água abaixo ao notar que só serviam o desjejum até o meio-dia (num domingo, em pleno centro turístico?), pois já passava da uma da tarde. Pedi um misto-quente e uma xícara dupla de café grego. O café chegou em 5 minutos - morno - e o misto-quente em 20. E com o pão "mal-passado".

Mas a minha redenção não estava longe... Louco por outro café, resolvi não dar este prazer à casa e pedi a conta... €7. Saquei uma de 50 e o garçon, com cara de saco-cheio, perguntou se eu não tinha uma nota menor, e logo se distraiu com um colega que lhe gritava algo. Disse-lhe que não e ele preparou o troco meio a contra-gosto, jogos €43 na mesa e saiu, sem pegar a nota de 50.

Recolhi o dinheiro, guardei o troco e deixei a nota de 50 na mesa, terminei de ler um artigo no jornal e chamei o garçon novamente, que com uma cara de "o que ele quer agora?" se aproximou... ao notar a nota (!) de 50 na minha mão, sua expressão mudou para "que cagada eu fiz!". Dei-lhe a nota, um tapinha no ombro e disse - "I've saved your day, uh?, no que ele respondeu "ευχαριστώ πολύ κύριος" (muito obrigado senhor).

Saturday, October 17, 2009

impressões helênicas I

Sobre pombos comendo resto de comida deixado por turistas desavisados...
Centros urbanos: todos iguais. Depredados por turistas-gafanhotos que consomem o que podem, e o que não podem atiram ao acaso... pobre eu que me incomodo com erros, falhas e excessos; pobre cidades, que morrem aos poucos; pobres pombos, que vão criando uma nova geração carnívora!

Friday, October 16, 2009

all you need is love


Difícil encarar a realidade? Falta força pra enfrentar o dia? Quer abraçar o mundo mas não consegue descruzar os braços? Surpreenda-se: tudo o quer você precisa é amor. Amor, carinho, atenção... seja na forma de um amigo, um namorado, parente... até um colega, que se proponha a ouvir, considerar, dar atenção.

Lennon & McCartney já diziam,
There's nothing you can do that can't be done.
Nothing you can sing that can't be sung.
Nothing you can say but you can learn how to play the game
It's easy.
There's nothing you can make that can't be made.
No one you can save that can't be saved.
Nothing you can do but you can learn how to be you
in time - It's easy.
All you need is love, love is all you need.

E Freddie Mercury assinou em baixo,
When youre feelin down and your resistance is low
Light another cigarette and let yourself go
This is your life
Dont play hard to get
Its a free world
All you have to do is fall in love
Play the game evryone play the game of love

Coincidência ouvir as duas músicas a caminho do trabalho... e em estações diferentes!

Longe de ser piegas, este amor extrapola o próprio sentido da palavra amor, que eu mesmo costumava dizer que não é um sentimento, mas sim um grupo de vários outros sentimentos reunidos. Este extrapolar se deve a um desapego! Não importa se este amor é de amigo(a) namorado(a), com ou sem conotação sexual - complemento vital para certas modalidades de amor - mas o desapego é fundamental para que o compremetimento aconteça, e o envolvimento com respeito, carinho e dedicação, podem mover um mundo... acreditem!

E como é sexta-feira, dia de cinema, jazz, vinho e diversão, proponho um brinde - uma homenagem a Dionísio, deus grego das festas, do vinho, do lazer e do prazer. É o equivalente ao romano Baco, imitação das festas dionísicas, e de onde, aliás, provém a palavra bacanal, que significa festa em honra a Baco, lugar onde se reúnem as mulheres que celebram os mistérios de Baco, mas que por extensão de sentido, nos tempos modernos virou festa no sentido licencioso, com participação de várias pessoas... devassidão, orgia, suruba!

Quem é partidário, boa surubada... quem não é - ou não pode - divirta-se! Mesmo que sozinho, vale a pena...

Thursday, October 15, 2009

Vam Cumê Lá In Casa


A versão pindorâmica do Come Dine With Me do Channel 4, o já "famosíssimo" "Vam Cumê Lá In Casa?", na sua edição "eduresa" (cruzamento vocabular de Eduardo e Teresa), foi um sucesso! Pelo menos é o que dizem as boas línguas...

Sem câmeras fotográficas para registrar o evento, o que ficaram foram os sabores e as memórias... além deste post, que alguém pode querer dizer que não conta, já que eu sou um dos interessados...

A recepção começou com um frizzante, J.P. Chenet, blanc du blanc, com uma seleção de queijos europeus - o inglês Stilton, o francês Camembert, a italiana Mozzarella di Buffala, e o holandês Edam.

Quando resolvemos comer, abrimos com Jamón & Melón, seguido de Arroz Calypso com Bananas ao Curry de primeiro prato, Carneiro Tangine com Ameixas de segundo, e Pêssegos ao Vinho de sobremesa. O detalhe doce em todos os pratos combinaram bem com os vinhos - primeiro um belo Tibério Ribera Del Duero, depois um Finca Sobreño D.O. Toro, e por fim, com a sobremesa, um Moscatel de Valencia. Tudo muito bem pensado, modéstia às favas...

A próxima edição já começa a ser organizada, e há rumores nos bastidores de que se chamará "Alone Anglad"... mas ainda é preciso investigar por que! O que se sabe é que devido a "baixarias" causadas por uns e outros (só üm, na verdade!), o crime terá que ser transferido para o ano que vem - Janeiro 2010.

Ainda bem que é antes da Copa do Mundo, senão eu teria que dar W.O.!

Bon Appetit!

Friday, October 09, 2009

Uéldoni, Baraqui!


E não é que o Barack mordeu Prêmio Nobel da Paz? "Pelos esforços diplomáticos internacionais e cooperação entre povos", disseram. Os esforços de Barack por um mundo sem armas nucleares e sua diplomacia foram elogiados na ocasião...

Não deve ser fácil ser presidente de um país que por pregar a liberdade de expressão, paradoxalmente permite que rádios e outros meios de comunicação de extrema-direita, convoquem, a altos brados, que alguém mate Barack Obama. São a chamada Supremacia Branca, o Poder Branco.

Obama chegou à presidência em Janeiro... num país com tantos desajustados seriais e ódio racial, ainda estar vivo é a verdadeira vitória! Uéldoni, Baraqui!

Thursday, October 08, 2009

o boi da bolsa


Sempre aprendendo, esse é o meu lema. Até ontem, bull, para mim, não passava de touro - em inglês. Ledo engano... O famoso mamífero, artiodáctilo, ruminante, bovídeo, de chifres ocos, não ramificados, permanentes, e que incluem-se no gênero as raças domésticas largamente utilizadas pelo homem - inclusive para os jogos de azar, onde é representado pelo número 21, no 21º grupo, que abrange as dezenas 81, 82, 83 e 84 - além de touro per se, também significa macho de grandes animais (como elefante, baleia e até do homem, quando forte!), policial, e mesmo a bula papal - ou a forma daquele documento, lacrado com pequeno selo ("bulla" em latim) geralmente de cera. Em inglês, também é o centro de um alvo - que em Pindorama chamamos de mosca - "acertou na mosca"!

Mas fora todas estas enfadonhas explicações do que um touro pode ser, o que mais me chamou a atenção foi este significado: cause or attempt to cause prices to rise - causar ou tentar causar a subida dos preços. Gentem... só agora eu fui entender o boi de ouro em Wall Street...

Wednesday, October 07, 2009

afinal, tamanho É documento!


Tinha um cara que trabalhava comigo há algum tempo atrás que era... baixinho. Pouco passava de metro e meio o rapaz - gente fina, até - mas não se continha dentro de sua pequenez: era brabo o menino! E se falasse de tamanho então? Chamava pra briga, fosse quem fosse, estivesse onde estivesse! Depois foi-se saber que tal valentia era pura fachada, e como diz o velho ditado, cachorro que ladra não morde - o pequeno fazia jus ao seu tamanho, e sua coragem também era proporcional, mas não deixava de parecer valente o pequeno... assim como o red hot chilli pepper!

É que ontem, enquanto cozinhava um belo calypso rice with curried bananas, após ter descascado um red chilli pepper - conhecido por ser bem hot - meti acidentalmente a mão na boca! Quando me dei conta, me preparei para o pior: ardência, perda de paladar, boca inchada... mas nada disso aconteceu!

Versão reduzida do pimentão na aparência, o red hot chilli pepper - nosso "dedo de moça" - mostrou-se como aquele meu ex-colega de trabalho: muita fama para pouca eficiência... o que no final foi bom, pois o prato ficou na "temperatura" certa!

Tuesday, October 06, 2009

recado...


Muito bom o site do Diário do Comércio, o MUCO - Museu da Corrupção. O Diário do Comércio criou o MUCO para dar uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder do país... e é ÓTIMO! Lá você vai encontrar "sessões" como o Hall de Casos, a Sala dos Escândalos, as Operações da PF, os Cartões Postais da Corrupção, a Sala das CPIs, entre outos achados. É tanta sacanagem e falcatrua, que só nos resta um recadinho a eles: Vão à merda!

O problema é a religião - como sempre: Lula é tão devoto, mas tão devoto de Padre Vieira, que levou ao pé-da-letra trecho final do "Sermão do Bom-Ladrão", que diz que JC em pessoa morreu entre ladrões, e assim se sente inspirado a protegê-los também... eis o trecho:
Rei dos reis e Senhor dos senhores, que morrestes entre ladrões para pagar o furto do primeiro ladrão, e o primeiro a quem prometestes o Paraíso foi outro ladrão, para que os ladrões e os reis se salvem, ensinai com vosso exemplo, e inspirai com vossa graça a todos os reis, que, não elegendo, nem dissimulando, nem consentindo, nem aumentando ladrões, de tal maneira impidam os furtos futuros, e façam restituir os passados, que em lugar de os ladrões os levarem consigo, como levam, ao inferno, levem eles consigo os ladrões ao Paraíso, como vós fizestes hoje: Hodie mecum eris in Paradiso.
O Lula... alivia, vai?